fevereiro 15, 2015
S im, qual foi o maior perdão de todos tempos? E, afinal, o que é o perdão? Você já perdoou alguém pelo mal que este lhe fez? E se perdoou, ...
Sim, qual foi o maior perdão de todos tempos? E, afinal, o que é o perdão? Você já perdoou alguém pelo mal que este lhe fez? E se perdoou, bateu com os pés dizendo: perdoo, mas não esqueço. Aqui para nós, valeu esse perdão?
Lembremos que perdoar é esquecer, limpando a alma de qualquer resquício de mágoa. Jesus ensinou-nos que deveremos nos conciliar com o nosso adversário enquanto estivermos a caminho com ele. Sim, porque depois ele desaparece de nossa vida, a oportunidade se perde e a conciliação torna-se impossível.
Para a nossa paz interior, não é nenhuma vantagem conservar mágoas, ressentimentos, que valem como espinhos. Perdoar e esquecer, eis a grande fórmula.
O grande Gandhi disse aos seus discípulos que nunca havia perdoado na vida. Estes ficaram horrorizados... Mas o Mestre, imediatamente, esclareceu melhor o que dizia: “Nunca perdoei porque nunca me senti ofendido. ”
Mas, qual teria sido o maior perdão de todos os tempos? Continuemos pensando. Cá entre nós, não é nada fácil perdoar. Fácil é vingar-se...
Voltando a Jesus, disse Ele que deveríamos perdoar não sete vezes, mas setenta vezes sete. Que o leitor faça as contas, pois a crônica precisa continuar.
Afinal, você costuma orar o Pai Nosso, a oração que Jesus ensinou aos seus apóstolos? Pois, tenha muito cuidado quando afirma: “Perdoai nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Você perdoa aos seus devedores? “Pense bem na responsabilidade no que está afirmando”. Cuidado com a oração do Pai Nosso”.
O extraordinário Chico Xavier confessou que a virtude mais difícil de ser praticada é a do perdão. Dizia ele que o perdoar exige um esforço de auto-superação muito grande.
E lembremos que Chico, certa vez, disse: “Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste, se fosse eu o ofensor. Magoar alguém é terrível”.
A verdade é a seguinte: cometido o mal, vem, impreterivelmente, o arrependimento. O arrependimento, como o próprio nome indica, é um movimento para trás. Mas antes há o remorso, que é um verdadeiro fogo, fogo da consciência culpada.
Por fim vem o desejo de reparação, que significa desfazer o mal que se praticou. Como preleciona o livro “O céu e o inferno”, de Allan Kardec: “O sofrimento é ligado à imperfeição, como a alegria à perfeição”.
Perdoar! Eis a virtude máxima. Perdoar e esquecer. E como aludi no começo da crônica, qual foi, então, o maior perdão de todos os tempos? Será que você está lembrado? Foi o de Jesus! Crucificado, o rosto sangrando, sentindo a dor das chibatadas, dos cravos perfurando seu corpo, a dor dos insultos, assim mesmo abriu a boca, ainda com gosto do vinagre que lhe deram, e rogou ao Pai: “Perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem”...
fevereiro 15, 2015
fevereiro 08, 2015
F eliz daquele que atende a uma vocação para o exercício de uma profissão. Houve tempo em que os pais é que escolhiam a carreira do filho. D...
Feliz daquele que atende a uma vocação para o exercício de uma profissão. Houve tempo em que os pais é que escolhiam a carreira do filho. Daí as frustrações que disso decorriam, e, ainda hoje, ocorrem com aquele que escolhe mal a sua profissão.
Estou me lembrando disso ao ler algumas informações do ecologista paraibano Heretiano Zenaide, pai do jornalista e escritor Hélio Zenaide, que muita falta faz a este matutino, no qual publicou inúmeras crônicas em uma coluna que era um verdadeiro manancial de ensinamentos espíritas e cristãos.
Heretiano, pai de Hélio, não seguiu a carreira política por vocação, mas por escolha paterna, que, como já disse, era muito natural naquele tempo.
Nascido em Alagoa Grande, ele passou por todos os escalões da vida pública. Teve de frequentar as câmaras e assembléias, mas o que ele desejava mesmo era ser botânico. Tanto é assim que, muitas vezes, deixava a Câmara Federal, para dar um pulinho até o Jardim Botânico, onde ficava horas e horas contemplando as árvores, estudando a flora e esquecendo os prosaicos projetos parlamentares. A Natureza era o seu verdadeiro templo. Dela ele foi seu apóstolo.
Heretiano Zenaide, eis um nome que não deve ficar esquecido da nova geração. Seus livros, inclusive “Aves da Paraíba”, devem ser reeditados. Está aí uma sugestão ao novo Secretário de Cultura, Lau Siqueira. E estou me lembrando também de outro livro ecológico maravilhoso: “Escola Pitoresca”, do nosso imortal Carlos Dias Fernandes.
Voltando a Heretiano, ele foi um pioneiro da ecologia, da defesa do meio ambiente, assunto tão importante e urgente hoje em dia. Estudou as ciências naturais, aprofundou seus conhecimentos no campo da botânica, da zoologia, da ornitologia. Seu nome figura no volume VI da série “Vultos da Zoologia Brasileira”, do PHD em História Natural, Dr. Hitoshi Nomura. Chegou a empreender estudos profundos na Biblioteca do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e na Biblioteca do Jardim Botânico.
Heretiano também lançou o “Livrinho dos nossos animais”, fruto de suas pacientes pesquisas. Fico a imaginar seus livros sendo reeditados com bela e moderna ilustração.
Estou, aqui, com “Aves da Paraíba”, editado por uma editora de Mossoró, e fico a pensar como foi possível o autor botar na cabeça tão variadas espécies de aves, sem esquecer o meu querido bem-te-vi, que me acorda todas as manhãs, aqui no Cabo Branco. Quanta variedade deles.
E já que estamos falando de aves termino com esta referência a um grande trabalhador da limpeza pública que é o urubu: “Feio, deselegante, mau cheiroso, metediço, tudo pode ser atribuído a esse príncipe, um dos mais privilegiados planadores do nosso lindo céu azul.” Além de ser muito astuto, segundo a interessante observação do nosso Carlos D. Fernandes a seu respeito: “É o único carnívoro coerente, pois espera que a carne apodreça para melhor digeri-la”.
fevereiro 08, 2015
fevereiro 06, 2015
É o que diz o ditado: “Boa romaria faz quem em casa está em paz. Sair de casa deixa você exposto a muitos imprevistos desagradáveis, desde ...
É o que diz o ditado: “Boa romaria faz quem em casa está em paz. Sair de casa deixa você exposto a muitos imprevistos desagradáveis, desde um engarrafamento, um assalto, a um acidente, de que o mundo está cheio. Portanto, mais tempo em casa, menos tempo na rua.
Sabemos que na rua está a distração. E a distração é uma beleza para quem não gosta de levar a vida a sério. Para quem não gosta da reflexão, de conversar consigo próprio.
A rua de ontem era outra coisa. Crianças brincavam de rodas, as mulheres botavam cadeiras nas calçadas, as janelas eram abertas para a rua, sem grades, sem cercas elétricas, emoldurando o semblante das pessoas, nada de zoada, a não ser o grito suave dos pregões: “Chora menino para comprar pitomba”.
Hoje, a rua é um perigo. De minuto a minuto, um assalto. Às vezes seguido de homicídio. De minuto a minuto, um estrondo, um barulho, como se nossos ouvidos fossem de bronze. É a triste poluição sonora.
Mesmo assim, hoje, a casa, o apartamento, ficam vazios e seus habitantes insistem em sair para a rua. Refeição boa é fora, com os seus restaurantes cada vez mais sofisticados e entupidos de gente. É necessário cada vez mais se mostrar, se exibir. Sair de casa, quase sempre é uma necessidade, para que a gente possa ser vista E que a casa ou o apartamento fiquem lá trancados, no seu sossego, no seu silêncio.
E haja a rua cheia, com seus assaltantes, com os seus carros buzinando, engarrafados e sem saírem do lugar. Ah, os congestionamentos, que tortura! Dentro dos seus carros, todo mundo morrendo de ansiedade, que é preciso sair de casa para se exibir, mostrar o que se comprou, mostrar o carro novo, a bolsa nova, graças ao consumismo. E a paz lá no aconchego de casa, do lar. Espaços tão bons para ler, para ouvir música, meditar, relaxar, para pensar um pouco sobre o sentido da vida. Lá fora o barulho insistente das buzinas, dos carros de som, de propaganda. Todos gritando suas frustrações, suas inquietações. E não vai faltar o palavreado vulgar, a música de má qualidade.
Só a televisão fica em casa. E quando é ligada, fica dizendo aos seus telespectadores que saiam de casa para comprar mais... E haja gente na rua.
fevereiro 06, 2015
janeiro 30, 2015
U ns chegando, outros saindo, e assim é a vida. Uns nascendo, outros morrendo, uns viajando, outros ficando, e cada um com suas opções. Viva...
Uns chegando, outros saindo, e assim é a vida. Uns nascendo, outros morrendo, uns viajando, outros ficando, e cada um com suas opções. Viva a diversidade. Viajar é bom, mas não viajar, também é bom, pois diz o ditado que boa romaria faz quem em casa fica em paz. E é a mais pura verdade.
E também é bom, vez por outra, ficar sozinho, conversando consigo mesmo, coisa que poucos fazem. Muita gente ainda não se conhece. Muita gente vive fugindo de si mesma. Daí o medo de ficar só. Mas, às vezes, é tão bom, tão terapêutico, ficar frente a frente consigo mesmo.
Há os que adoram barulho. O barulho faz com que se esqueçam de si mesmo. Barulho, bebida alcoólica, conversa alta são a preferência de muitos, hoje em dia.
Mas, viajar, mudar de clima, ver outros povos, outras culturas, também é recomendável. Uma amiga nossa, vibrando de contentamento, disse que ia passar o carnaval fora. Vai para Camboja e Tailândia. Camboja ou uma ilha deserta? Cada qual com seu gosto. E lembrar que a colunista Goretti Zenaide, quando entrevista uma pessoa, um dos itens de seu questionário, é: Quem você mandaria para uma ilha deserta?” Honra-me ter sido um de seus entrevistados. Não me lembro do que eu disse. Mas, uma ilha deserta é uma maravilha, com o seu silêncio, a sua paz, pois é na paz que a gente conversa com Deus. Então, para lá, eu só mandaria alguém de quem gosto muito.
Outro lugar bom de a gente fugir da vida lá fora é a biblioteca. Quando viajo levo muita saudade dos meus livros, da paz de meu gabinete, onde os eles falam em silêncio. E percebo que meus amigos, os livros, também ficam com saudade de mim.
Viajar é bom, chegar de viagem também é ótimo. E viva a vida com suas opções, de idas em vindas. É preciso saber dosar a rotina com a aventura. E viva o ditado que diz: tudo demais é veneno.
E sabem um lugar para o quql eu gostaria de ir, durante o carnaval? Portugal, que não tem carnaval, mas bacalhau. Quem sabe?...
Fechemos a crônica, como diz o título: uns chegando, outros saindo. Que este é o ritmo da vida.
janeiro 30, 2015
janeiro 24, 2015
Vez por outra, o cinema e a literatura fazem um grande estrago à natureza, principalmente quando, em suas obras, demonizam alguns animais,...
Vez por outra, o cinema e a literatura fazem um grande estrago à natureza, principalmente quando, em suas obras, demonizam alguns animais, fazendo com que se crie no imaginário popular um certo temor e repulsa a uma determinada espécie.
janeiro 24, 2015
janeiro 24, 2015
S im, há tantas coisas na vida de que eu gosto e não gosto. Que fazer? Usar o bom humor e a sabedoria, naquilo que não me apraz. Aliás, o bo...
Sim, há tantas coisas na vida de que eu gosto e não gosto. Que fazer? Usar o bom humor e a sabedoria, naquilo que não me apraz. Aliás, o bom humor é o sorriso da sabedoria. Duvido que um selvagem tenha humor. Ele não tem nem humor, nem amor.
Ah, Voltaire, Bernardo Shaw e o nosso Machado de Assis! Como souberam rir de muitas coisas de nossa vida.
Mas vamos ao gosto. Não gosto, para não dizer que detesto, das longas esperas nas salas de consultório médico, nas consultas por “ordem de chegada”. E o pior é aquela TV lá no alto, vomitando besteiras...
Não gosto de gente que fala mal dos outros, usando a tal da maledicência. E há muitos maledicentes que se dizem religiosos.
Gosto das pessoas que sabem cumprimentar, sobretudo quando entram num elevador ou numa sala onde há outras pessoas.
Não gosto de pessimismo. Tem pessoas que parecem que estão num sanitário mal cuidado... A vida para elas está exalando mau cheiro. No entanto, há tanta coisa para nos alegrar a vida... Um bom passeio à beira-mar. Um sorriso. E nisso as crianças educadas são adoráveis. Não foi sem motivo que Jesus disse que o Reino do Céu era delas... Criança como símbolo de alegria, pureza, entusiasmo, encantamento diante da vida.
Reclamações constantes são outras coisas insuportáveis. Há gente que reclama de tudo e todos a toda hora.
Bem, vivemos a época da boa imagem. Vejam os outdoors, a TV, as colunas sociais, tudo com aparência bem cuidada – E viva a boa imagem de um sorriso.
Não gosto de quem fala alto. Outro dia, numa livraria, um sujeito gritava ao celular, incomodando a todos com seu exibicionismo bobo. E que dizer das crianças mal comportadas. correndo e gritando, perturbando o ambiente, não por sua culpa, mas culpa dos pais?...
Não gosto de fanatismo. A moderação e o bom senso são tudo. Não esqueçamos esta verdade: com o nosso exemplo, somos professores de muitas coisas, positivas ou negativas. Afinal, o importante não é só o viver, e, sim, o conviver.
Portanto estejamos alertas, quanto aos nossos pensamentos e sentimentos. Alertas quanto à palavra, quanto ao exemplo. Jesus disse: “que o teu falar seja sim, sim, não, não. Seja do gosto, e não do desgosto.
janeiro 24, 2015
janeiro 24, 2015
E la, a Federação Espírita Paraibana, está completando um século de existência, e que começou a divulgar a Doutrina Espírita, num prédio sit...
Ela, a Federação Espírita Paraibana, está completando um século de existência, e que começou a divulgar a Doutrina Espírita, num prédio situado na rua Treze de Maio. Um prédio de uma porta e duas janelas.
O seu primeiro presidente foi meu pai, José Augusto Romero, um homem que se iniciou seminarista e terminou espírita. E o que o levou a aceitar a Doutrina foram dois acontecimentos: uma sessão mediúnica, lá em Alagoa Nova, quando se manifestou irrefutavelmente o espírito de uma prima, muito querida, e a leitura do livro “O problema do ser do destino e da dor”, de Léon Denis. A leitura deste livro o empolgou tanto, que ele teve vontade de sair gritando pela rua, como fez Arquimedes, quando descobriu a lei da hidrostática. Ele também achara a verdade que buscava. Daí em diante não queria outra coisa na vida: pregar a Doutrina dos Espíritos.
Eu, adolescente, sempre o acompanhava nesse trabalho de divulgação. O prédio da Federação era pequeno. Logo à entrada, havia uma mesa com revistas e jornais espíritas. Lá no alto da parede, onde se encontrava a mesa diretora, uma grande inscrição com os seguintes dizeres: “Deus, Cristo e Caridade”.
Havia uma farmácia homeopática muito bem dirigida por José Pereira da Silva, “Seu Zuza”, funcionário da Alfândega e de uma postura admirável.
A Federação mantinha aulas de catecismo para criança e o livro adotado era de autoria de Leon Denis. Fui um de seus alunos. Mas, o bonito mesmo era ver a enorme fila de pessoas necessitadas, que iam receber roupas, pelo Natal.
O tempo foi passando e eis que apareceu um senhor, chamado Arthur Lins de Vasconcelos, comerciante de madeiras do Paraná, espírita e amigo de José Augusto Romero, que doou um terreno onde se ergueu, logo depois, um moderno prédio, no Parque Sólon de Lucena. Lembrar que Sólon de Lucena, que foi presidente do nosso Estado, era espírita e chegou até a publicar uma revista denominada “O Além”.
Grandes oradores espíritas nos visitaram, desde Pietro Ulbadi a Divaldo Franco, a quem José Augusto Romero admirava e hospedava, quando vinha a esta capital.
E a vida de José Augusto Romero passou a transcorrer entre a nova Federação e a DNOCS, de que era funcionário.
Então aconteceu um fato imprevisível. O famoso Antônio Silvino, cangaceiro tão temido quanto Lampião, depois que foi libertado da prisão no Recife, certamente levado por alguém, foi assistir a uma reunião na Federação. Esse fato eu presenciei. E uma garotinha chegou a beijar-lhe. Ele afastou-a, delicadamente, e disse: “Minha filha, não beije um criminoso”...
E o movimento espírita foi crescendo. O prédio da Lagoa já era pequeno. Daí surgiu o jovem José Raimundo de Lima, hoje Procurador, a quem coube a iniciativa de dar uma nova sede para a Federação, justamente no local onde funcionou, por muito tempo, o “Lar da Criança”, dirigido por Laurindo Cavalcanti e sua esposa, Déa.
Hoje a Federação está nas mãos de um jovem dinâmico, o nosso Marco Lima, que, com sua serenidade, vai dirigindo muito bem a Casa Máter do Espiritismo na Paraíba. Orador dos melhores, Marco também é bom na voz e violão. Recentemente, ele promoveu concorrida conferência de Divaldo Franco, em que se viam, lado a lado, o Arcebispo Dom Aldo Pagoto e o Pastor Estevam Fernandes, lá no auditório da Federação, dando uma bela e comovente lição de ecumenismo.
janeiro 24, 2015
janeiro 18, 2015
S im, que seria de nós sem este instrumento de evolução?: o nosso corpo. Já se disse que o corpo humano é um santuário. Se é santuário, mere...
Sim, que seria de nós sem este instrumento de evolução?: o nosso corpo. Já se disse que o corpo humano é um santuário. Se é santuário, merece o nosso maior respeito. Houve ainda quem o qualificasse de uma das “maravilhas do mundo”, seja do mundo antigo, seja do mundo moderno. Nosso corpo é tão belo como os Jardins Suspensos da Babilônia, as pirâmides do Egito, mais modernamente, a Torre Eiffel. Que o homem invente o computador, a Internet, o smartphone, iPod, iPad, está muito bem. Mas, um corpo humano, jamais nenhum cientista ou inventor criará. Nem mesmo o mosquito da Dengue. E vocês já viram esse mosquito? Lindo! Uma verdadeira obra de escultura e design. Por que Deus teria criado tal mosquito? Deve haver um motivo que a gente ignora. Talvez, um dia, quem sabe, nele esteja a cura do câncer, pois o ditado popular diz que Deus escreve certo por linhas tortas. O que, na verdade, significa “aparentemente tortas”...
Mas deixemos o mosquito e subamos os olhos para olhar o céu à noite, cheio de estrelas, outra maravilha. Todavia, contemplemos outro universo que se chama o corpo humano, tão maltratado pelo homem inconsequente.
Não devemos esquecer de que a vida terrena, uma caminhada do berço ao túmulo, é também um instrumento para a nossa evolução espritual.
O espírito Emmanuel, guia do grande Chico Xavier – “O maior brasileiro de todos os tempos”, eleito em pesquisa nacional –, qualifica o nosso corpo como um santuário. E chega a dizer: “A benção de um corpo, na Terra, ainda que mutilado ou disforme, é como uma preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer”. Escreve, ainda, Emmanuel que “o espírito tem o corpo que merece e de que necessita”. Já Francisco de Assis e Chico Xavier apelidaram o nosso corpo de jumentinho. É ele que nos carrega para todo canto.
Lembremos de que há milhares de quilômetros de artérias, veias e vasos dariam para dar duas vezes a volta da Terra.
E você já parou pre pensar em como é que estamos usando esse santuário? Que qualidade de alimento estamos lhe dando? E que dizer dos venenos que lhe damos: álcool, fumo, drogas. Sem esquecer a ociosidade, o sedentarismo que são outro veneno. O corpo precisa de ação, movimento, caminhada, de respiração e de uma boa alimentação, que é tão importante ao ponto de Hipócrates, considerado o “Pai da Medicina”, ter-nos ensinado: “Que o teu alimento seja o teu remédio”.
Todo homem precisa conhecer o seu corpo, tanto quanto um médico. Com esse conhecimento evitaríamos muitas enfermidades.
E a beleza dos nossos olhos? imagine-se sem eles. A beleza das nossas mãos, seja do pianista ou violinista. A beleza dos nossos pés... E agora chegou a vez de citar um alimento invisível e gratuito: o oxigênio que respiramos e que nunca nos lembramos dele.
A verdade é que vivemos rodeados de maravilhas. Somos dotados de muita riqueza que ignoramos.
Nosso corpo! Como necessitamos de cuidar dele, com muito amor e responsabilidade.
Nunca esqueça: Ele é o nosso instrumento de trabalho e de evolução. O santuário divino a que se referiu Emmanuel.
janeiro 18, 2015
janeiro 17, 2015
H á quem diga que o coração é o órgão do sentimento, contrariando a frase do físico e filósofo Pascal: “O coração tem razões que a própria r...
Há quem diga que o coração é o órgão do sentimento, contrariando a frase do físico e filósofo Pascal: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
A verdade é que este cronista tem pelo coração um grande amor. Gosto de ouvi-lo batendo, levando o sangue para todo o nosso organismo, e um grande medo de que ele pare.
Em grego, coração quer dizer “kardia”. Daí a palavra taquicardia. Uma curiosidade: o coração aparece 958 vezes na Bíblia e nada de citar o cérebro.
Tenho, cá pra nós, uma grande simpatia pelos cardiologistas E se eu fosse estudar medicina, não escolheria outra especialidade. E voltando ao coração, tenho muito medo que ele pare. Ah se eu pudesse beijá-lo... E eu devo muito a esse órgão. Foi ele que me alertou para deixar o fumo, devido a uma forte taquicardia. Pena que não pude beijá-lo.
Chegou a vez de confessar uma coisa: Às vezes, sinto o coração coçando. E já disse isto a muitos especialistas do coração, que só fizeram sorrir. Um deles foi o jovem Fernando Lianza Dias, filho do meu grande amigo, também cardiologista, Antônio Dias, com quem muito conversei, no meu tempo de secretário da Faculdade de Medicina.
Antônio Dias era um homem simples, sempre vestido de linho branco e, sobretudo, muito educado. E seu filho, o jovem Fernando Lianza, que além de médico cardiologista, escreve neste jornal e é cronista da conceituada revista A Semana, muito me comoveu, quando o vi numa foto, aqui no Correio, ao lado do filho, que acaba de passar no vestibular de Medicina. Segundo diz a nota do jornal, o menino, Otácio Lianza, tem apenas 18 anos! E vá ver que o jovem vai seguir a especialidade do pai e do avô, Antônio Dias. E pus-me a imaginar como seu avô, que já não está mais neste mundo, deve estar vibrando de emoção com a vitória do neto.
São essas alegrias que dão sentido à vida. Sou pai de um arquiteto, Germano, e de um Físico, que tem meu nome, ambos realizados na profissão que escolheram.
Termino a crônica parabenizando Fernando Lianza por essa vitória de Otácio, certo de que quem também não cabe em si de contente é o velho Dias, meu mestre e amigo.
E as minhas coceiras do coração, vez por outra? Esqueça. Antes coceiras do que dores... Continuarei gostando muito do coração. Amando-o como ninguém. Pena que não possa ajudá-lo...
janeiro 17, 2015
janeiro 10, 2015
T udo eu esperava, menos que alguém comparasse a nossa mente a um escritório, com todos os seus departamentos. A mente, como se sabe, fica l...
Tudo eu esperava, menos que alguém comparasse a nossa mente a um escritório, com todos os seus departamentos.
A mente, como se sabe, fica lá no alto de nosso corpo, numa posição privilegiada. É lá que estão nossos pensamentos. O pensador Emmanuel assim a definiu. Mais ainda. Disse que a mente é como um diamante. Se coberto de terra, não brilha. Só depois de limpo é que ele se ilumina. Disse mais, o evangelizador: que a mente também pode ser comparada a um espelho. Espelho sujo nada reflete. Mente suja de maus pensamentos é um desastre.
Portanto, muito cuidado com o que pensamos e com o que sentimos. Estamos a todo momento em contato com o outro. Isto é sintonia. Nós nos afeiçoamos com aqueles com quem sintonizamos. E muito bem diz o provérbio: junta-te aos bons e serás um deles.
Mas, a mente, além de espelho, além de diamante, pode ser comparada a um escritório. Aí a coisa se complicou. Por que a um escritório? Ora, porque um escritório compreende vários departamentos, cada qual com sua função específica. Vejamos essas seções específicas: departamento da inteligência, departamento da memória, departamento do desejo, da imaginação e, por fim o departamento da vontade, que funciona como uma espécie de gerente. Sim, é a vontade que faz todos os departamentos funcionarem. E, aqui para nós, o que seria de nós sem a vontade? É ela quem movimenta, que faz o escritório funcionar. Somos a nossa vontade. Somos o que queremos, o que desejamos. Ser sem vontade, é ser morto.
Vamos, ligeiramente, aos outros departamentos. Está aqui o Departamento do Desejo. Quem não deseja na vida? Quem não sonha em obter as coisas deste mundo. Riqueza, dinheiro, poder? Outro departamento: o da memória. É nela que mora a saudade. Toda a nossa vida, a de hoje, como a de ontem, estão registradas nas lembranças. Somos o que fomos.
E o departamento da inteligência? Temos inteligência, e temos instinto, que predomina nos animais. A inteligência implica em reflexão, o que não ocorre com o instinto, segundo leciona o Codificador da Doutrina Espirita, na obra “A Gênese”. No nascimento, o instinto predomina no homem. Acentua Kardec um fato interessante: o instinto nunca se engana, o que não ocorre com a inteligência. Dir-se-ia, e aqui vai uma intromissão do cronista, que o instinto foi a inteligência que Deus deu aos animais.
Continuemos nas nossas digressões. Falemos da Imaginação. A ela devemos as obras-primas da Literatura, da Música, da Arte. O homem é um ser que imagina, que sonha, que idealiza. O que não ocorre com nossos irmãos irracionais, embora dissesse um escritor francês que o seu cachorro, às vezes, parecia sonhar e pensar.
A verdade é que nada seríamos sem a vontade, que é o gerente do “escritório mental”. A vontade é o impacto determinante. Pessoa sem vontade, pessoa morta, passiva, nada consegue na vida. E a vontade está aliada à fé. A fé, prelecionou Jesus, mesmo que seja do tamanho do grão de mostarda, pode mover uma montanha.
Viram como a mente é importante em nossa vida? Portanto, cuidado com os pensamentos, com os sentimentos. Você é o que pensa. E pensamento é força, força elétrica e magnética. O pensamento é tão importante que o mestre Descartes lecionou: “Penso, logo existo”. E não devemos esquecer que dos pensamentos, surgem os sentimentos e os atos.
janeiro 10, 2015
janeiro 10, 2015
M al comecei a ouvir o Concerto nº 1 de Tchaikovsky, para piano e orquestra, e os bem-te-vis começaram a cantar, lá fora, na rua, indiferent...
Mal comecei a ouvir o Concerto nº 1 de Tchaikovsky, para piano e orquestra, e os bem-te-vis começaram a cantar, lá fora, na rua, indiferentes ao trânsito. Será que eles desejavam competir com o pianista do concerto, o talentoso chinês, Lang Lang?
Bem te vi! Eis aí uma ave alegre e otimista. Mas o sol também está otimista com o seu canto de luz. E estamos dando os primeiros passos, no ano que acabou de nascer. Afinal, adeus ao que era doce, a festa, as compras, as bebidas, as comidas, as gargalhadas, a confraternização, os abraços, as fofocas, as exibições.
Misturaram Jesus com Papai Noel, e restou a ressaca. Restou o amargo da vida... Mas, como diz o poema de Drummond, depois da festa, a pergunta é: “E agora, José?” Sim, a vida é uma festa. E na festa, a gente esquece muita coisa. Ah, o uísque escorrendo pela goela, o champagne trazendo euforia, tentando afogar mágoas e recalques. Não esquecer que na distração a gente esquece também a reflexão. E a reflexão é tudo na vida.
O concerto de Tchaikovsky está terminando e os bem-te-vis agora parecem calados. Apenas saudaram a manhã. Mas, o que você quer mais, cronista?
Um ano envelheceu e outro morreu. É a dança da vida. Outros dias virão – disse o poeta. Outras festas virão, a começar pelo Carnaval. Depois do Carnaval, a Semana Santa, que os peixes detestam, tanto quanto os perus odeiam o Natal. Eis a razão por que eles não são católicos.
Mas a vida é assim, cheia de altos e baixos. Lembrar que o Ano Novo começou tornando Paris amedrontada, traumatizada com o terrorismo dos fanáticos. E tudo por causa de Alá. Agora, por enquanto, não se pode dizer que Paris é uma festa, como definiu Hemingway. Paris, por enquanto, é uma guerra. A cidade virou um campo de tensões.
Acontece que a vida é mesmo uma incógnita. Ninguém sabe o que pode vem por aí. Mas não percamos a fé. A fé é tudo. Foi pela fé que Jesus levantou paralíticos, deu vista aos cegos, limpou leprosos, expulsou maus, espíritos, multiplicou peixes e pães, conversou com os chamados mortos, aplacou tempestades, transformou água em vinho e, descendo da cruz, conversou com uma ex-pecadora.
Que os passarinhos continuem saudando as manhãs, que Paris volte a ser a Cidade Luz, e que a Vida, todos os dias, morra nos crepúsculos e renasça nas alvoradas e no canto dos bem-te-vis.
janeiro 10, 2015
janeiro 03, 2015
A gora que a Federação Espírita Paraibana completa 100 anos de existência, que tal lembrar José Augusto Romero, seu presidente, que dirigiu ...
Agora que a Federação Espírita Paraibana completa 100 anos de existência, que tal lembrar José Augusto Romero, seu presidente, que dirigiu aquela casa por mais de 44 anos?
Quando completei 4 anos, meu pai, José Augusto Romero, a quem tanto amei, admirei e a quem muito devo, já era espírita. Agricultor, plantador de café, casou-se com uma viúva bonita, de chamar a atenção, Pia de Luna Freire, na intimidade Piinha. Adolescente, seu pai Agostinho, tratou logo de cuidar de sua educação religiosa, internando-o no Seminário desta Capital, que ficava ao lado da Igreja de São Francisco. Mas o menino não manifestava nenhuma inclinação para a religião católica. Diante disso, o pai tratou logo de tirá-lo do Seminário, e ele, que era bom no Português e no Latim, preferiu ser professor em Alagoa Nova, onde abriu um curso destinado aos jovens que desejavam ingressar no tradicional Lyceu Paraibano.
E eis que se deu o que ele não esperava: tornar-se espírita. Tudo por conta de uma reunião mediúnica a que assistiu e onde conversou com uma prima muito querida, falecida há tempo. Diante do fato, José Augusto Romero tornou-se espírita, cuja crença foi reforçada com a leitura do livro “O problema do ser, do destino e da dor”, de Léon Denis, lido com muito entusiasmo. E não ficou nisso. Tratou logo de fundar um Centro Espírita em Alagoa Nova, para desespero do padre daquela localidade.
Depois, chegou a vez de se mudar para a Capital, onde comprou um sítio, na Lagoa, hoje Parque Sólon de Lucena. Seus moradores o chamavam de Zé. Até o padre Zé Coutinho, o extraordinário missionário, foi seu colega de Seminário. Certa vez, encontrando-se com o seu colega, e sabedor de sua nova crença, indagou, sorrindo: “Zé, como vai teu Espiritismo?”
O tempo foi passando, e José Augusto terminou burocrata, exercendo a função de Secretário do Departamento Nacional de Obras contra a Seca. E começou a frequentar a Federação Espirita Paraibana, então localizada na Rua Treze de Maio e cujo prédio foi ampliado depois. Da rua Treze de Maio, a Federação foi parar no Parque Sólon Lucena.
Espírita até os ossos, dedicou grande parte de sua vida à Federação. Sereno, responsável, boníssimo, o ex-plantador de café não quis mais outra coisa na vida. Lembro-me que ele me levava, todos os domingos, à Federação, para o catecismo, e o livro adotado era o de autoria de Léon Denis.
Na primeira vez que Divaldo Franco veio a João Pessoa, hospedou-se em nossa casa. E papai o tratou como filho. Dedicou-se ao Espiritismo de corpo e alma. Fazia palestras, dava passes, conversava com os espíritos, nas reuniões mediúnicas e ainda mantinha coluna espírita no jornal A União e um programa, na Rádio Tabajara, sob o título “Neblina Espiritual”
Quem o sucedeu foi Laurindo Cavalcanti, grande amigo e admirador. Quem também testemunhou o trabalho de Zé Augusto foi outro Zé, José Raimundo de Lima, também presidente da Federação e a quem tive a honra de ser seu professor, na UFPB.
Em homenagem a José Augusto Romero foi publicado, depois de seu desencarne, o livro “Lições da Vida Maior”, uma coletânea de crônicas.
E não esquecer seus abnegados e primeiros auxiliares: Jandira Matos Vieira, secretária e seu Zuza, José Pereira da Silva, administrador da homeopatia.
E quem muito admirou, e admira José Augusto Romero é o atual presidente da Federação, o jovem Marcos Lima.
janeiro 03, 2015
janeiro 03, 2015
E eis que atingimos o topo da montanha. Agora é contemplar o que está pela frente e o que ficou para trás. É um momento de reflexão sobre o...
E eis que atingimos o topo da montanha. Agora é contemplar o que está pela frente e o que ficou para trás. É um momento de reflexão sobre o que fizemos, sobre o que passou. Mas será que o passado passou? Não. Ele continua na nossa memória como uma constante advertência. O futuro é a incógnita. Mas a vida segue. “Nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre”, disse o mestre Kardec.
Chegamos ao mundo sem nada e dele sairemos de mãos vazias. Diz o ditado popular: “Da vida nada se leva”. Mas, discordo, pois levaremos a nossa consciência. É ela que vai nos dar o céu ou o inferno.
E como devemos viver? Um grande iluminado deu a seguinte receita: vivamos no mundo, tudo possuindo e nada tendo, com todos e sem ninguém. E qual seria a senha para uma vida de muita paz? Não vejo outra, seão o amor.
Disse outro iluminado que “O amor é Deus dentro de nós”. Completaríamos dizendo: ”O próximo dentro de nós”. Difícil, hein? Mas você queria que um lugar no Paraíso fosse fácil?
Voltando à montanha, infelizmente temos que descer. E muito cuidado nessa descida. A vida nos espera lá embaixo. A montanha é símbolo de transcendência. Foi por essa razão que Jesus escolheu uma elevação de terra para tribuna, pronunciando o sermão mais belo do mundo, o Sermão da Montanha.
E vivamos a vida com muito amor, com mais sorriso, mais amigos, mais fé, sem esquecer de olhar com mais compreensão. Lembrar que tudo é a maneira de olhar. Somos o nosso olhar. Jesus convidou-nos a olhar os lírios, as criançinhas, a olhar os enfermos, a olhar com amor. Na cruz, com o sangue escorrendo pelo rosto , ainda perdoou os desvairados….
Novo ano de vida. Novo ano de oportunidades. Será que você fez um balanço do que passou? Fez novos amigos? Esqueceu as inimizades? Cultivar inimizades é uma droga. Cultivar ressentimentos é cultivar espinhos na alma.
E ao descer a montanha, contemplemos a paisagem ao redor. Não sejamos indiferente às belezas da vida. Vez por outra, façamos o exercício da transcendência. Jamais olhemos o firmamento de relance, e sim, contemplando-o. De relance, você não verá as estrelas, como disse meu mestre Emmanuel.
Lembremo-nos de Drummond. “Um ano se foi, mas outros anos virão”.
janeiro 03, 2015
dezembro 31, 2014
Desculpem o clichê típico dessa época de final de ano, mas vou registrar, aqui, 5 metas a serem cumpridas ao longo de 2015, na tentativa d...
Desculpem o clichê típico dessa época de final de ano, mas vou registrar, aqui, 5 metas a serem cumpridas ao longo de 2015, na tentativa de subir alguns degraus no aprimoramento físico, mental e espiritual.
dezembro 31, 2014
dezembro 28, 2014
O tempo... A gente só ouve as pessoas dizendo: “vou ver se tenho tempo”; “no meu tempo era assim...”; “não tenho tempo para nada”; “o tempo...
O tempo... A gente só ouve as pessoas dizendo: “vou ver se tenho tempo”; “no meu tempo era assim...”; “não tenho tempo para nada”; “o tempo urge”; “quanto tempo leva isso?”. O tempo é a nossa grande preocupação na vida. O meu filho cosmólogo, PhD em Física, me disse que só há tempo, por que há movimento. Portanto, na imobilidade não há tempo. O tempo é invisível, assim como o espírito (a não ser para os médiuns videntes), assim como nosso pensamento.
Os passadistas se comprazem em monologar: “No meu tempo não era assim”. Evidente que tudo passa, mas o tempo para semear é este que estamos vivendo. E muito cuidado com o tempo vazio. Já disse alguém que tempo é como solo. Nada de deixá-lo vazio. Quem nada planta, nada colhe. Quando a gente morrer, sabe a interrogação que vamos encontrar à nossa frente? Esta: “Que fizeste de tua vida?” Mas, dizia o poeta pernambucano Ascenso Ferreira: “Hora de dormir, dormir, hora de comer, comer, hora de trabalhar, pernas pro ar, que ninguém é de ferro”. O poema é mais ou menos assim... Mas, cuidado pra não segui-lo.
Jesus advertiu que devemos nos conciliar com o adversário enquanto estivermos a caminho com ele. Portanto, nada de perdermos a oportunidade de fazer o bem.
Ensinou-nos Paulo de Tarso que aquele que faz caso do tempo, para o Senhor o faz.
Carlos Drummond de Andrade disse num poema, a propósito da passagem de mais um ano, que o tempo passa, mas outros dias virão.
Jesus só dispôs de três anos para implantar a sua Doutrina neste mundo. A Doutrina consoladora, cuja maior mensagem é esta: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Sim, ele amou e deu o exemplo. Veio trazer a luz, e os homens lhe deram a cruz. E esta cruz continua em muitas paredes e em muitos pescoços...
Nunca procure matar o tempo. Não cometa um “tempocídio”, que é pior do que o homicídio. É horrível este lamento: “Eu não tenho mais tempo...” Já se disse que tempo é ouro. Quem na vida empregou bem o tempo, morre e parte com a consciência tranqüila.
Conselho do cronista: olhe mais para o relógio do que para o seu celular. E cuidado com o esbanjamento e desperdício do tempo. Aproveite bem a sua vida, valorizando as oportunidades do tempo. Não se esqueça de uma coisa: abundância de tempo significa mais responsabilidade, e “a quem muito foi dado, muito será pedido”...
Tenho muita pena daquelas pessoas angustiadas, suadas, inquietas, e que a todo momento estão estressadas, sem tempo, e que assim se expressam no rosto, no andar, no falar...
Mas entoemos, aqui, um hino em louvor ao tempo, que é silencioso, que é invisível, e finalizemos lembrando que o momento propício para analisarmos o tempo em nós, é só fazer um balanço do que fizemos durante o dia. Quando foi que o dispersamos. Tempo de sono, tempo de refeição, tempo de distração, tempo de estudo, tempo de meditação, tempo de conversa, tempo dedicado ao outro, tempo de amor, tempo de exercício físico, tempo de leitura...
Ah, as horas gastas na futilidade!...
dezembro 28, 2014
dezembro 26, 2014
S e eu passei bem o Natal? Muito bem, obrigado. E não foi apenas com os familiares, mas, sobretudo com aqueles que não são amigos do sangue,...
Se eu passei bem o Natal? Muito bem, obrigado. E não foi apenas com os familiares, mas, sobretudo com aqueles que não são amigos do sangue, mas são do coração, que é o que importa.
E haja abraços, beijos, sorrisos, gracejos, e muito carinho, que a vida não é um cemitério, e, sim, um jardim de muito amor e de muita paz. O negócio é saber ver e saber viver. Mais ainda: o negócio é saber conviver!
Passamos o Natal na casa de Maria Antério, mãe do nosso Davi, a mulher do sorriso mais bonito do mundo, de um coração imenso, que já não está mais neste mundo. Não está, cronista? E o seu espírito? Sai pra lá, com teu materialismo, pois ela estava lá, sim, abençoando a todos e vendo as filhas prepararem a gostosa comida, hoje, sob o comando da caçula, Djane, que administra o agradável espaço gastronômico, já chamado de “Carinho de Mãe”.
E o gostoso eram os abraços. Todos de sorriso aberto, que a festa era em homenagem a Jesus, que mandou que amássemos ao próximo como a nós mesmos. Que lição difícil, meu Deus do céu... Mas, tem que ser. O que é bom, é caro, já dizia o arquiteto Amaro Muniz de Castro, o braço que encaminhou meu filho Germano à prática da Arquitetura.
Voltemos ao Natal em família, na casa de Maria Antério, onde nos reunimos há mais de uma década. Jesus, na parede, parecia sorrir de alegria. Só faltou o violino da minha Alaurinda. O discurso em homenagem à significativa data coube a mim. E lembrei, na ocasião, que a grande lição da manjedoura era a da humildade. A humildade daquele menino que uma estrela iluminou e que, mais adiante, haveria de iluminar o nosso mundo.
E, lá na parede, quem sorria era Maria. A ex-proprietária daquela casa, que continua bem cuidada com o mesmo zelo e carinho cujos filhos estavam, ali, felizes da vida.
É preciso nunca esquecer que o que une mesmo o mundo, é o amor, que começa na família. A família é a primeira escola de convivência com o próximo, a nossa primeira prova de tolerância, compreensão, de amor e paz, haverá coisa mais bela na vida? E foi esta, justamente, a mensagem do Arcebispo Dom Aldo, que leio no jornal, desejando paz e amor a todos os homens de boa vontade.
Natal! Festa dos amigos do sangue e do coração!
dezembro 26, 2014