A vida muda rápido. A vida muda num instante. Você se senta para jantar e a vida como você conhece termina. Ontem, em meio a uma tarde ...

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A vida muda rápido. A vida muda num instante. Você se senta para jantar e a vida como você conhece termina.

Ontem, em meio a uma tarde fria e nublada pelas cenas de uma guerra insana, lembrei das frases com que Joan Didion inicia o romance “O Ano do Pensamento Mágico”, no qual a escritora narra a morte do marido, John Gregory Dunne, e a doença fatal da única filha.

A escritora, ensaísta e pensadora inglesa Virginia Woolf viu a guerra de perto. Viveu no início do século XX e perdeu seu irmão em um dos...

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A escritora, ensaísta e pensadora inglesa Virginia Woolf viu a guerra de perto. Viveu no início do século XX e perdeu seu irmão em um dos conflitos mundiais. Perda essa que, posteriormente, serviu de referência para criar o personagem Septimus, em seu romance Mrs. Dalloway. Mas não é só.

O Shopping Centro Terceirão – como ostenta (ou, pelo menos, ostentava) a fachada na Av. General Osório, no coração de João Pessoa – é um ó...

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O Shopping Centro Terceirão – como ostenta (ou, pelo menos, ostentava) a fachada na Av. General Osório, no coração de João Pessoa – é um ótimo termômetro de mercado. Vi ali a explosão do consumo de DVDs piratas, em uma época pré-Netflix e outros serviços de streaming, da mesma forma que o vi definhar, até sumir dali, assim como de praticamente de toda capital paraibana.

O casamento deles andava morno. Os dois fingiam não reconhecer isso, mas chegou um momento em que não dava mais para disfarçar. Foi então ...

O casamento deles andava morno. Os dois fingiam não reconhecer isso, mas chegou um momento em que não dava mais para disfarçar. Foi então que uma noite, depois de jantarem, Clodoaldo falou meio sem jeito para Tâmara:

– Acho que devemos dar um tempo.

– Concordo – disse ela prontamente.

– Amanhã vou dar entrada nos papéis.

Foi simples assim. Um certo dia, não faz muito tempo, dei-me conta, demo-nos conta - os pessoenses, os turistas, os moradores do bairro - ...

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Foi simples assim. Um certo dia, não faz muito tempo, dei-me conta, demo-nos conta - os pessoenses, os turistas, os moradores do bairro - de que simplesmente o mar do Cabo Branco tinha sumido. E o mais estranho é que sabíamos todos que ele estava lá, no lugar de sempre, mas não o víamos, não conseguíamos vê-lo. Fantasia? Pesadelo? Não. Apenas a velha e sempre surpreendente realidade brasileira.

Paraíba, 13 de março de 2022

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Paraíba, 13 de março de 2022

Da solidão de não pertencer à quarta dimensão - de Daniela Della Torre (Editora Nankin, 2009) – Qual seria a melhor imagem de Clarice,...

Da solidão de não pertencer à quarta dimensão - de Daniela Della Torre (Editora Nankin, 2009)

– Qual seria a melhor imagem de Clarice, após essa leitura?

– A da fotomontagem de Wanda Wuls, Moi+Chat, de 1925, que aqui em seguida está.

– Alguma surpresa, no livro da Della Torre.?

Quem conhece bem João Pessoa sabe da história que vou contar. É a história do “frade sem cabeça” que aparecia, altas horas da noite, sain...

Quem conhece bem João Pessoa sabe da história que vou contar. É a história do “frade sem cabeça” que aparecia, altas horas da noite, saindo clandestinamente do Convento dos Franciscanos e indo para a “Fonte dos Milagres” (hoje completamente destruída), no sopé da ladeira de São Francisco.

Durante sete anos (de 1965 a 1972), ocorreram, no Brasil, diversos festivais de música popular, que marcaram de tal forma o ambiente cult...

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Durante sete anos (de 1965 a 1972), ocorreram, no Brasil, diversos festivais de música popular, que marcaram de tal forma o ambiente cultural do país que o período ficou conhecido como a “Era dos Festivais” (título de um alentado livro sobre o assunto escrito pelo crítico musical Zuza Homem de Mello). Os eventos premiavam, por meio de um júri qualificado, as melhores composições inéditas que eram apresentadas. Os festivais realizados nesses anos tiveram ampla cobertura da mídia em geral e revelaram uma brilhante geração de autores, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Milton Nascimento.

Como saldo da “Era dos Festivais” ficaram músicas imortais do nosso cancioneiro popular, a exemplo de “Arrastão” (Edu Lobo/Vinícius de Moraes – 1965), “A Banda” (Chico Buarque – 1966), “Disparada” (Geraldo Vandré/Théo de Barros – 1966),

Para Silvana Romani, que perdeu Sinhá O atento leitor e a cautelosa leitora já devem estar se perguntando: Quem será esse déspota que e...

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Para Silvana Romani, que perdeu Sinhá

O atento leitor e a cautelosa leitora já devem estar se perguntando: Quem será esse déspota que está sendo chamado de adorável? Existiria alguém, algum ditador, que poderia ser agraciado com tão mimoso adjetivo?

Poderia, não! Pode! Vou contar quem é. O nome dele é Fred. Fred do quê? De onde? Irão me perguntar. Vou ter que contar. Fred é para mim apenas Fred, um cão que compartilha o mesmo endereço que eu. Assim, já está respondido, o “do quê” e o “de onde”. Vamos então, às demais considerações.

Temos muito a dizer dessa coletânea de perfis dirigidos à história literária da Paraíba. Simplesmente dizer, sem consequência crítica ...

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Temos muito a dizer dessa coletânea de perfis dirigidos à história literária da Paraíba. Simplesmente dizer, sem consequência crítica e sem ir muito longe do estado de espírito que me abriu a natureza para esse gênero de coisas:

“Para onde fores, pai, para onde fores Irei também trilhando as mesmas ruas Tu para amenizar as dores tuas Eu para amenizar as minhas dores”.

O poeta Linaldo Guedes disse ter acordado cheio de perguntas. Despertou assaltado por questionamentos sobre a validade da classificação “...

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O poeta Linaldo Guedes disse ter acordado cheio de perguntas. Despertou assaltado por questionamentos sobre a validade da classificação “literatura paraibana” e “literatura regionalista”. Considero sua inquietação válida e, sobretudo, preciosa, porque nos auxilia na busca de entendimento do problema, que, diga-se de passagem, está longe de ser resolvido ou de ter uma resposta a contento.

Há muito tempo, o materialismo, o niilismo, o ateísmo, interpõem-se como resistente bloqueio de união entre Ciência e Religião. Os materia...

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Há muito tempo, o materialismo, o niilismo, o ateísmo, interpõem-se como resistente bloqueio de união entre Ciência e Religião. Os materialistas refutam qualquer entendimento entre as duas correntes, e os espiritualistas nunca viram com bons olhos tais conflitos.

A História registra lamentáveis episódios entre pensamento científico e vertentes religiosas que chegaram a se confrontar com resquícios de violência. Galileu foi obrigado pela religião dominante a desdizer revelações que depois se confirmaram pela Ciência. Joanna D’Arc foi presa, queimada,

DA ROSA Orvalho e sombra, na rosa amarela. Brilho e lágrima, tão próprios dela. É, decerto, o espinho que a mantém

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DA ROSA
Orvalho e sombra, na rosa amarela. Brilho e lágrima, tão próprios dela. É, decerto, o espinho que a mantém

Fez, mesmo, acredite. E é bem possível que também tenha levado sua avó às lágrimas. Na verdade, o moço, em seus bons tempos, abalou o cora...

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Fez, mesmo, acredite. E é bem possível que também tenha levado sua avó às lágrimas. Na verdade, o moço, em seus bons tempos, abalou o coração de tudo o que era mãe e avó neste País de dimensões continentais.

Muitos macacos viviam perto de uma aldeia. Um dia um comerciante chegou lá para comprar os macacos. Anunciou q...

Muitos macacos viviam perto de uma aldeia. Um dia um comerciante chegou lá para comprar os macacos. Anunciou que compraria cada macaco por cem reais. Os moradores da aldeia achavam que o homem estava louco. Eles pensaram; como alguém pode comprar simples macacos a cem reais cada? Ainda assim, algumas pessoas saíram à procura de macacos e os entregaram ao comerciante, que realmente cumpriu o prometido e pagou cem reais por cada um deles.