Jornais eletrônicos e de papel e tinta anunciam o segundo eclipse antes que outubro se vá. O primeiro foi o do sol, dia 14 passado. ...
Quero a lua dos poetas
No Dia das Crianças, meu pensamento voltou-se ao tempo quando morava no sítio Taquio, santuário de minha infância,...
Cantigas para os netos
“As coisas que contribuem para a longevidade saudável são as mesmas que fazem a vida valer à pena.” Fala do filme ... E " Os Seg...
''Como viver até os 100''...
... E "Os Segredos das zonas azuis”. Esse é o título de um delicioso documentário, viajando pelo mundo com o escritor Dan Buettner e descobrindo cinco comunidades únicas, onde as pessoas têm vidas muito longas e felizes e tem saúde até o fim da vida. Nada de novo no front! Ou do que já sabemos. Mas, outra coisa é ver tudo registrado. Entrevistas; lugares lindos e as suas longevas pessoas.
Okinaya, no Japão; Sardenha, na Itália; Ikaria, na Grécia; Nicoya na Cosa Rica; e Loma Linda, na California-EUA, foram os lugares escolhidos, ou melhor observados que tinham algo em comum, para que se vivesse tanto e com tanta qualidade de vida. De quebra ainda teve matéria em Singapura e numa pesquisa aplicada especial na pequena comunidade de Albert Lea, nos EUA, e o resultado em um ano foi o aumento da expectativa de vida de seus habitantes, o que pode indicar que seus resultados puderam, de algum modo, ser comprovados.
Claro que a comida (vegetais, raízes, mel ao invés do açúcar), outros ingredientes são vitais. As pessoas trabalham muito e por menos tempo, para que sobre tempo para o lazer. Andam muito. Fazem coisas com as mãos, como jardinagem. Tem um plano de vida, um propósito que os alimentam ao acordar. Rituais sagrados diários para aliviar o stress, as inflamações, e evitar a diabetes e o câncer. Pensar em deixar algo para a posteridade, conversar com amigos, a religiosidade, a fé. Tudo no pacote. Bebem, mas fazem o seu próprio vinho. Em Costa Rica colhem o seu feijão, o milho e o jerimum. Em Loma Linda, tem muito voluntariado. Estar em paz, cochilar, preocupação de pertencimento à uma comunidade de fé; fazer happy hours. Tem até um vocabulário específico para denominar a razão que os fazem levantar pela manhã. Seus gostos não funcionam todos os dias. Alimentos integrais e naturais. E os carboidratos, contém substancias outras, e se juntam ao milho, batata doce, verdes, castanhas, chás. E comem pouco, até 80% da saciedade.
Atitude, outra coisa importante. Comer com a família, cuidar dos idosos, comem devagar, e comida plantada por eles; e com moderação, conversam. Como se conectar? Priorizam a família. Parceria, amor, cuidar e amar. Círculo de amigos – investem a vida toda. Ter os amigos certos! Para fazer as coisas certas!
Singapura é um país inteiro de longevidade saudável. Expectativa de vida mais alta do mundo. E até outro dia era uma Vila de pescadores. Trabalhar duro, ser honesto, ser humilde. Quem joga tênis, vive mais (viu Teca e Anthony?). Políticas públicas que melhora a vida das pessoas. Interações ocasionais com porteiros e pessoais em geral. Proporcionam pequenos povoados artificiais para idosos. Com centro médico, praça de alimentação, e promovem encontros. A solidão existe como função do nosso ambiente. Sair para interagir com pessoas , um remédio que se opõe ao sentar e assistir TV. Não se consegue viver sozinho. Criar moradias de proximidade, pais e filhos, o que se opõe veementemente às Casas de Repousos, impessoais e tristes. O investimento econômico de adesão gera mais saúde e se constitui num benefício humano.
Setembro foi o mês Amarelo/Saúde Mental, e vejo ao meu redor muita gente com depressão, ansiedade, e outras doenças da alma. Nesse filme, e a vida nesses lugares, todos os espaços do corpo e do espírito são preenchidos com sabedoria. Comida, descanso, pausa, tempo, diversão, comunhão, compartilhamento, olhar ao outro, sono, trabalho, propósito, destino, ritmo lento, e amor.
Eu que já estou quase dobrando outro cabo da esperança, vivo a pensar na vida. Nas realizações, nas faltas, nas conquistas, no tempo do dia, nos prazeres, nos amigos, no social que falta, no que sobra, nas recusas, nos filhos, e no bem estar deles, nas minhas responsabilidades, ou nas ausências, mas principalmente no amor, aquilo que nos define aqui e lá. Jovem ou velho. Nesta ou em qualquer outra vida.
O filme é fantástico. Conhecer esses mundos, esses povos e as suas vidas, nos mostra o que temos ou deixamos de ter. Sem reclamar, sem ser rabugento, sem amarguras, azedumes, mágoas ou recalques. Isso sim, nos faz adoecer e viver pouco e ruim. Viva as zonas azuis!
A mitologia da Grécia Antiga era transmitida oralmente e registrada pela escrita e manifestada por meio da arte para compreender o Univ...
Intolerância e autodestruição
Eusébio tinha obsessão pela língua portuguesa. Desde moço lia Eça, Rui, Camilo, que para ele eram os expoentes do idioma. A leitura dos...
Traição
Para Eusébio uma silabada, uma concordância malfeita, um pronome mal colocado eram crimes de lesa-pátria. Certa vez recusou-se a assinar um documento
Stefan Zweig tinha predileção por eles. Aos vitoriosos, preferia os perdedores, maiores e menores, não importava. Por isso, biografou...
Fascínio pelos perdedores
Na próxima quinta-feira (26), pela manhã, irei autografar meus dois livros: "Encontro com Consciências - Diálogo da unidade c...
Meus livros em exposição
Gosto, sempre gostei de anotar. Passando as folhas de um caderno de 2006 encontro essa fineza de recomendação num manual de jornalismo...
Negros, e daí?
Pergunto eu: a ofensa ao negro não será mais ostensiva? O afrodescendente esconde a cor ou o preconceito?
"Nasci Nasceu Cresceu Namorou Noivou Casou. Noite nupcial. As telhas viram tudo. Se as moças fossem telhas não se casariam."...
Anayde: o rosto feminino da Revolução de 30
Nunca executara aquela cantiga do bom ouvir em planícies nem desertos. Porque o cantar já não lhe apetecia ou o uivo imenso de um lobo ...
O velho lavrador
Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantação Eu te asseguro, não chores não, viu Eu voltarei pro meu sertão. Luiz Gonzaga e H...
Quando o verde dos teus olhos...
Está aí uma metáfora vigorosa que retrata a mágica transformação que se processa nas paisagens do semiárido nordestino quando o verão inclemente vai dando lugar às primeiras chuvas na estação das águas.
O panorama pintado em cor de pátina ou de um marrom mortiço, vai tomando vida e nem vão lá muitos dias para que o cenário vá se esverdeando num testemunho inconteste do milagre da vida. É o verde “daqueles olhos” se espalhando na plantação.
Uma drosophila melanogaster , a popular mosca da fruta, apela para o álcool como uma maneira de compensação a sua carência de sexo. J...
De que importa saber o que é literatura?
O PRESENTE O pacote chegou de manhã. Nenhuma referência ao remetente. Abri-o, mecanicamente. Bem na frente, um bilhete: “Antes de...
Arco-íris
O PRESENTE
O pacote chegou de manhã. Nenhuma referência ao remetente. Abri-o, mecanicamente. Bem na frente, um bilhete: “Antes de morrer, ele me pediu para devolver as cartas que você lhe escreveu”. Nós nos conhecemos na quermesse. Era a primeira vez que aparecia na cidade. Vinha a trabalho, de passagem. Seus beijos, os únicos que experimentei na vida. Desse modo foi até a correspondência cessar, sem que ele voltasse uma vez sequer. Lembrei, com amargura, das últimas palavras que dissera a mim, num sussurro, por ocasião da despedida: “Talvez eu tenha encontrado quem procurava”. Toquei fogo no embrulho e fui tomar café.
Sempre que o STF decide qualquer questão com base no parágrafo 4º do artigo 60 da nossa Constituição é comum vermos os arreganhos de ...
São Thomas More em Brasília
Meu amigo pensou em matar de inveja o casal da Pensilvânia de quem a menina mais velha foi hóspede no transcurso de um desses programa...
Vai um araticum, aí?
Geralmente, quando se fala em invasão holandesa no Nordeste, nos remetemos sempre a Pernambuco. Porém, é inegável a participação de Pot...
Pedro Poty
Estou ainda para ler "História das Lutas com os Holandeses no Brasil" de Varhagen. Ficará como leitura para o recesso forense.