Só agora me dei conta: nasci exatamente três dias antes da fundação da Universidade da Paraíba, na qual, já federalizada, iria trabalhar durante 37 anos, até me aposentar, em 2017. Posso dizer então que minha vida foi e continua sendo profundamente entrelaçada a essa instituição ímpar que mudou o destino do nosso estado e de sua gente. Somos agora septuagenários, com muita honra. Uma idade sinônima de plena maturidade, qualidade que certamente cabe mais a ela do que a mim.
Desde quando você se interessa por esporte, ou melhor, por futebol? — é o que me pergunta a amiga, no café do Sebrae, quando me despeço alegando o motivo. Tem sentido a pergunta.
Quando vivi na Espanha, tinha um refrigerante favorito: Aquarius. Era minha bebida de referência, como é a Inka Cola para quem visita o Peru. Leve, menos doce que a maioria dos refrigerantes, Aquarius passava a ideia de hidratação, quase um meio-termo entre isotônico e refrigerante. Eu não me preocupava muito se era “saudável” ou não. Comprava sem precisar de propaganda.
Patos, Sertão da Parahyba, 11 de abril de 1933. Aos 64 anos de idade, falece, vítima de febre tifóide, Fenelon Fernandes Bonavides, funcionário do Telégrafo Nacional e encarregado da estação local. A esposa, Sra. Hermínia Fernandes Bonavides, também telegrafista, ficou com a responsabilidade de criar os seis filhos: Abrantina, Aloysio, Annibal, Dirce, Dulce e Paulo, este o mais novo, com apenas oito anos.
A produção musical para o período do Natal tem grande relevância para o mercado fonográfico e isso pode ser avaliado pelo destaque obtido pela música White Christmas. Em 1942, a canção, composta por Irving Berlin (imigrante judeu russo que se tornou um dos principais compositores norte-americanos),
O livro O sonho de um homem ridículo, escrito pelo filósofo, escritor e jornalista russo Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski (1821–1881) e publicado em 1877, afirma que a salvação da humanidade não virá de sistemas políticos, avanços tecnológicos ou teorias abstratas, mas de uma profunda transformação interior. O autor defende uma exigência moral: o paraíso não está perdido no passado nem prometido para um futuro distante; ele é uma possibilidade sempre presente, que depende da escolha livre de cada ser humano.
Quem dera um Jesus
Sem cruz
E mais importante
Que ela
Quem dera o fim
Dos mártires,
Dos excluídos,
Dos sofrimentos “necessários”
Quem dera homens
Com coragem para
Pagarem seus próprios
Pecados
Tout travaille à tout – Tudo trabalha para tudo – é o que afirma Victor Hugo, em Os miseráveis (Parte IV, Livro 3, Capítulo 3, p. 701), em um capítulo, cujo título em latim, “Foliis ac frondibus”, recupera um verso de Lucrécio, do Livro V, verso 971, do poema De rerum natura.
Em 1847, o capitão do mato Jacinto Pires, que se dedicava a perseguir e capturar escravos fugidos, começou a achar estranho que, nos últimos tempos, tivesse perdido completamente o rastro de vários escravos que procurava. Mais estranho ainda: esses rastros acabavam sempre na fazenda Boa Esperança (Vale do Paraíba), de propriedade de Inácio Rodrigues de Albuquerque, que ali morava com a esposa Madalena e seus filhos Baltazar, Custódio e Perpétua, além de alguns escravos subnutridos. Era como se a terra tivesse engolido os fugitivos.
Estesia, do grego αἴσθησις, é a capacidade de perceber pelos sentidos, pelos sentimentos e pela inteligência. A linguagem poética é um dos vieses artísticos por meio dos quais a sensibilidade humana alcança esse estado: o da estesia.
Do alto, enxergamos a fortaleza em estrela; mais parece uma sentinela de geometria austera.
Pedra sobre pedra foi erguida, a princípio para nos defender contra aqueles que desejavam nos conquistar, vindos do além-mar. Porém, quando parecia não ter mais serventia para lutar, transformou-se em um local agradável para passear e em histórias para recordar. As relíquias ali existentes precisam ser guardadas, protegidas daqueles que porventura delas queiram se apropriar. Os soldados, militares e guardas se revezam para cumprir essa missão e não deixar que as recordações se destruam.
Asfalto novo, ainda cheirando a piche e óleo cru. Eu ali no meio, boquiaberto, pensando como fora parar naquela avenida ainda não inaugurada. Sem indicação dos sinais que deveria seguir. O que seria sentido obrigatório ou contramão? Quando o sinal ficaria vermelho? Como os pedestres poderiam atravessar a pista? Ainda com toda aquela confusão, havia um fluxo intenso que me deixava atônito. Via pessoas indo e vindo, completamente desorientadas. Muitas acenavam com um sorriso sem graça, fingindo saber para onde iam, mas estavam perdidas. Outras, por educação, pediam licença e perguntavam onde poderiam parar, temendo ser atropeladas.
Um Sol declinante com tons dourados, uns voos de passarinho à cata de insetos antes do sono nos galhos e a proximidade do Natal trazem-me a lembrança da menina Maria. As coisas que me ensinaram acerca do assunto, primeiramente no Catecismo do Padre Gomes e, posteriormente, nas sabatinas da Tia Mariinha, Adventista do Sétimo Dia, chegam-me, também, neste momento, por completo. E me vêm com indagações
Nos meus estudos diuturnos, em busca de aprimoramentos e novos conhecimentos na especialidade cardiológica, não procuro sempre me deter aos seus imperscrutáveis avanços científicos, que crescem a cada dia em progressão geométrica; busco, concomitantemente, mergulhar no seu contexto humanístico, romântico e filosófico da profissão médica.
No vasto campo do pensamento humano, a filosofia emerge como uma luz que ilumina os caminhos da existência. Ao longo dos séculos, pensadores de diferentes tradições nos ofereceram reflexões profundas, permitindo que cada um de nós escolha uma direção a ser seguida ou, quem sabe, uma combinação de várias influências. Em um mundo repleto de incertezas, essas vozes do passado nos convidam a refletir sobre o que realmente importa e como podemos moldar nosso destino.
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A essência do pensamento filosófico reside na busca de significado. Platão, por exemplo, alertou sobre as sombras da caverna, instigando-nos a questionar as realidades que aceitamos sem contestação. Através dessa lente crítica, somos encorajados a examinar nossas crenças e valores, e a nos libertar das limitações impostas por convenções sociais.
Por outro lado, os estoicos, como Sêneca e Epicteto, ensinavam a importância do autocontrole e da resiliência. Em tempos de crise, suas lições sobre aceitar o que não podemos mudar e focar no que está ao nosso alcance nos ajudam a cultivar uma vida mais equilibrada e serena. Essa capacidade de adaptação é crucial em um mundo em constante transformação.
Além disso, a perspectiva utilitarista de filósofos como John Stuart Mill nos instiga a considerar o impacto de nossas ações sobre o bem-estar coletivo. A busca pela felicidade, não apenas para nós, mas para a comunidade, se torna um objetivo nobre. Esse olhar altruísta nos lembra que nossas escolhas individuais têm o poder de afetar a vida dos outros, promovendo um senso de responsabilidade social.
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A reflexão sobre o ser humano e sua relação com o universo é um convite à humildade. Existencialistas como Sartre e Camus nos confrontam com a liberdade e a angústia de escolher. Cada decisão que tomamos, cada caminho que trilhamos, nos coloca diante da necessidade de assumir a responsabilidade por nossas vidas. Essa liberdade, embora assustadora, é também a fonte de nossa autenticidade.
Ao integrar essas diversas correntes de pensamento, podemos construir um arcabouço ético que nos guie. O equilíbrio entre razão e emoção, entre indivíduo e coletividade, se torna essencial para uma vida que não apenas busca a realização pessoal, mas também a harmonia com os outros e com o mundo.
Assim, a filosofia não é apenas um conjunto de teorias distantes, mas uma ferramenta prática para viver de forma mais plena. Ao ouvir os conselhos dos mestres do pensamento, somos desafiados a transformar nossa percepção e a agir de maneira mais consciente. A verdadeira sabedoria reside em saber escolher, discernir e aplicar esses ensinamentos em nosso cotidiano. Afinal, cada passo consciente que damos não apenas molda nosso destino, mas também contribui para um futuro mais justo e humano.