Aconselha um psicólogo que a melhor maneira de você se libertar de uma energia negativa com relação a uma pessoa que odeia é dar murros num...

Murros no travesseiro

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Aconselha um psicólogo que a melhor maneira de você se libertar de uma energia negativa com relação a uma pessoa que odeia é dar murros num saco ou num travesseiro, como se ali estivesse o rosto de seu desafeto.

Confesso que acho muito estranho tal procedimento. Será que a terapia da bofetada e do murro resolve o problema do ódio contra alguém? Diz o ditado que a violência gera a violência....

Ao invés de murros no travesseiro ou seja lá em que for, que tal usar o bom humor? O bom humor é sintoma de sabedoria. Talvez fosse melhor imaginar o nosso desafeto numa situação ridícula. Que tal visualizá-lo vestido de palhaço com uma chupeta na boca e uma melancia na cabeça? Ou senão de biquíni, à noite, no meio da multidão? Não há quem, imaginando tais cenas, não dê uma boa gargalhada interior.

Podemos também envolver essa pessoa e sua energia negativa com vibrações de muito amor, de muita compreensão, de muita compaixão. Ódio contra ódio não adianta. Quando o fogo encontra um terreno vazio, limpo, ele se extingue. Alimentar o ódio com o ódio é engordá-lo ainda mais. Diante da violência, façamos como a água no meio das labaredas.

Retribuir o mal com o mal é a maior estupidez. Daí dizer Huberto Rohden: "o mal que me fazem não me faz mal, o mal que me faz mal é o mal que eu faço."

Humor, compreensão, compaixão: eis aí os melhores condimentos para um bom relacionamento. Nada desanuvia mais um ambiente tenso do que uma gostosa e sonora gargalhada. Bom humor é sintoma de saúde. Compreensão é indício de maturidade, de sabedoria.

Dar murros num travesseiro para aliviar nossos sentimentos negativos com relação a alguém não é a melhor solução. Travesseiro foi feito para a gente dormir e sonhar. Grande foi Gandhi que disse, certa vez, que nunca perdoava. E houve quem se escandalizasse com essa atitude do extraordinário pacifista:- Mestre, o senhor não perdoa?... Que horror!

E ele, tranquilo e bem-humorado:

- Não perdoo porque nunca me sinto ofendido.

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