V amos fazer desta crônica uma conversa. Aliás, toda crônica é uma boa conversa fiada. Fiada ou confiada, pouco importa. Assim, vamos à crôn...

Conversa fiada

Vamos fazer desta crônica uma conversa. Aliás, toda crônica é uma boa conversa fiada. Fiada ou confiada, pouco importa.
Assim, vamos à crônica, ou melhor, à conversa. Conversa íntima. E sabe qual o seu tema? As coisas detestáveis da vida. Será que o leitor concordará comigo? Vamos lá.
Comecemos por esta coisa odiável, que se chama barulho excessivo. Nossa capital, há muito, que é líder em poluição sonora. E não se vêem campanhas educativas do poder público para esclarecer sobre os seus malefícios e sobre o desrespeito ao sossego alheio.
Vamos adiante. Que tal uma visita inesperada, que chega sem avisar? Como é constrangedora! Mais outra: certos telefonemas, oferecendo seguros de vida, cartões de crédiot, e sempre com aquele antipático e artificial sotaque sulista...
E que dizer do trânsito engarrafado? Quanto a mim, costumo sempre botar uma boa música, no som do carro, abrir um livro. Ou senão fazer uma reflexão filosófica.
Outra coisinha detestável é ver uma cara de mau humor, uma carranca, pois existem pessoas que olham a vida como se estivesse cheirando mal... Coitadas.
E que dizer de gente que buzina sem necessidade na rua, às vezes de forma insistente e prolongada? É de a gente tapar os ouvidos. A mesma coisa diremos no que diz respeito à linguagem vulgar, pornofônica de certas músicas populares. Além do linguajar, um péssimo hábito de que, lamentavelmente, a juventude de hoje está contaminada. Outrora, se não me engano, havia uma polícia de costume para coibir tais abusos.
Vejamos, agora, outra coisa chata, chata não, detestável: os fogos de São João. Dessa comemoração ao santo, só se salva mesmo é a comida. Cangica, milho assado, milho cozinhado, , pamonha.
Sim, já ia me esquecendo de outra coisa abominável: as bombas de São João. Fogos, só os de artifício, que silenciosamente iluminam as nossas noites.
E que dizer do mau humor? Ah, é preciso muito bom humor para suportar um sujeito mal humorado.
E antes que se acabe a crônica, ou melhor, essa conversa fiada, que tal mencionar as salas de espera dos consultórios médicos, sobretudo com aquela TV ligada para entreter as pessoas?

 Fiquemos por aqui, e pensemos nas coisas boas da vida.

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