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A mulher, uma injustiçada

Tudo começa com a Bíblia, quando diz que a mulher nasceu de uma costela do homem, a costela de Adão. Ora vejam só... Não contei ainda nos esqueletos de ambos para constatar essa diferença costelar.

Dizem que a mulher é o sexo fraco. Discordo. E para argumento em favor de minha tese, basta citar a maternidade, uma árdua e dolorosa missão que, talvez, muitos homens não aguentassem.

Os poetas de antigamente diziam que numa mulher não se bate nem com uma flor. Tenho certeza de que as mulheres de hoje rejeitariam tal amabilidade. A mulher não deseja mimo, mas muito respeito aos seus direitos. E se foram muito discriminadas, na antiguidade, hoje dominam em todos os setores da sociedade, a começar pelo militar. Mulher fardada, com um baita revólver no cinto, é o que mais se vê hoje em dia. E para coroar sua marcha existencial, eis o sexo, outrora fraco, no três poderes. Quem diria... Mulher estadista, mulher mandando. E ela não aceita aquela música do nosso Gonzaga, chamando-a de “mulher-macho, sim senhor". A mulher deseja ser mulher, mulher-mãe, mulher médica, mulher juíza, mulher enfermeira.

Mas, dando uma voltinha no passado, a mulher foi muito discriminada, E sabe que, outrora, uma mulher menstruada era discriminada, tida como impura? Ora, vejam que estupidez. E o homem, que nasceu da mulher, que habitou o seu ventre por nove meses, que se alimentou do seu leite, ainda se considera o sexo forte. Nove meses com o filho no ventre. O homem não engravida, embora muitos deles estejam com a barriga maior do que de uma grávida, a ponto de não ver mais os pés.

É grande a divida da sociedade para com o sexo feminino, sexo erroneamente chamado de fraco. A mulher foi tão discriminada, violentada e humilhada, como o negro. E ainda é em muitos países árabes que as obrigam a esconder o rosto e o sorriso.

Mas, ninguém como Jesus dignificou o sexo feminino. Soube valorizá-lo e respeitá-lo. E apesar de tantas conquistas, a mulher ainda é alvo de muitos preconceitos. Em muitas correntes religiosas, ela ainda é discriminada. E fico pensando: quando é que teremos uma Papisa, nome que só existe no dicionário? Mulher-papa, e daí?

Pelo gosto de Jesus, decerto a mulher teria sido apóstola, sujando as sandálias de poeira, na caminhada evangélica deserto a dentro.

Mulher esposa, mulher mãe, mulher tudo, hoje. E para concluir, deixo o computador para agradecer, em pensamento, a bela Nova Zelândia, que tive a felicidade de visitar, duas vezes, por ter sido o primeiro país a admitir o voto feminino. A mulher nem votar podia...

Para concluir, que tal uma ligeira referência à maneira como Jesus soube tratar as mulheres. Jamais a humilhou. Pelo contrário, sempre procurou dignificá-la. Compreendeu a mulher adúltera, ensinou à samaritana, era amigo de Madalena, a quem primeiro apareceu depois que ressuscitou, advertiu Marta, irmã de Lázaro, muito ocupada e preocupada com as coisas do mundo e esquecendo a verdade que liberta. Eis a razão das mulheres o adorarem. E uma delas chegou, um dia, a enxugar os seus pés com os cabelos. E isto na casa de um fariseu, que censurou aquele gesto de muito amor. Termino a crônica dizendo: as mulheres jamais crucificariam o meigo nazareno. Daí elas terem muita coisa de divino.

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