O indivíduo identificado como bravateiro deixa de ser considerado como alguém que mereça ser respeitado. É viciado em produzir declarações...

O bravateiro

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O indivíduo identificado como bravateiro deixa de ser considerado como alguém que mereça ser respeitado. É viciado em produzir declarações irresponsáveis, absolutamente despropositadas. Não tem o senso do ridículo, por isso se põe a mentir com a maior naturalidade, ainda que se mostre um sujeito risível, burlesco. Costuma esbravejar com fúria, fazendo ameaças impossíveis de serem efetivadas, quando se sente acuado. Fanfarrão por natureza, tenta passar a imagem de “valentão” na tentativa de intimidar desafetos.

Existe um ditado que fala: “A pior forma de covardia é testar o poder na fraqueza do outro”. É exatamente essa a estratégia recorrente do bravateiro. A intenção é esconder verdades, buscando conseguir um determinado resultado através do blefe. Faz do amedrontamento o instrumento para
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potencializar abalos psicológicos. Usa das ameaças em situações de descontrole emocional.

Quase sempre posa de moralista. Surfa na onda do “bom-mocismo”. A desfaçatez é uma de suas características. O bravateiro inventa inimigos, enuncia inverdades, distorce a realidade, pensando em ganhar uma guerra imaginária, contaminado por impulsos toscos e perigosos, porquanto induzidos pela mentira. Não se constrange em baixar o nível do debate, desde que em defesa da versão conveniente.

O bravateiro fala mais do que pode e constantemente se contradiz, exatamente porque suas manifestações verbais carecem de consistência. Não tem receio de insultar a inteligência das pessoas a quem dirige suas bravatas. Tem um talento extraordinário para o protagonismo do absurdo. Arrogante, recusa reconhecer a limitada intelectualidade. Daí, partir para o esforço em aparentar superioridade, optando por disparar despautérios intimidadores, com o objetivo de alimentar sua fantasiosa grandiosidade. É preciso reagir ao bravateiro, não dando importância aos seus paranoicos delírios.

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  1. Ruy nos proporciona visão critica com o superior objetivo de nos fortalecer pela extrema importância de nos imunizar contra criaturas energumenas rigorosamente destrutivas que emergem dos atuais espíritos fétidos do autoritarismo que insistem em nos escravizar. Parabéns pelo excelente texto.

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  2. Conheci muitos bravateiros ao longo de minha vida. Mas os da atualidade são os piores, os mais perniciosos, pois estão fazendo história; má, porém história.
    Mas bravateiros são como camelôs: só existem se encontrarem apoio em pessoas simplórias; ou mal-intencionadas.
    Realmente um texto marcante. Parabens ao autor. E ao Ambiente de Leitura, por ter acolhido este texto.

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  3. Conheci muitos bravateiros ao longo de minha vida. Mas os da atualidade são os piores, os mais perniciosos, pois estão fazendo história; má, porém história.
    Mas bravateiros são como camelôs: só existem se encontrarem apoio em pessoas simplórias; ou mal-intencionadas.
    Realmente um texto marcante. Parabens ao autor. E ao Ambiente de Leitura, por ter acolhido este texto.

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