Parece esquisito a expressão do título. Mas como?, perguntaria alguém mais ingênuo. Uma rua pode ser tombada? Bem, claro que não significa derrubá-la, no chão ela já está.
Mas... Será que se refere ao tombamento histórico ou arquitetônico? Os seus prédios, talvez? Bom, não é o caso da rua em questão.
Pois se trata da rua Francisco Claudino Pereira, no bairro de Manaíra, na minha João Pessoa. Portanto não é um logradouro histórico, como seria a rua Maciel Pinheiro, por exemplo, no centro antigo da cidade, no baixo comércio.
Mas... Será que se refere ao tombamento histórico ou arquitetônico? Os seus prédios, talvez? Bom, não é o caso da rua em questão.
Pois se trata da rua Francisco Claudino Pereira, no bairro de Manaíra, na minha João Pessoa. Portanto não é um logradouro histórico, como seria a rua Maciel Pinheiro, por exemplo, no centro antigo da cidade, no baixo comércio.
Esta, sim, tem muita história! Em todos os sentidos, pois já teve muita importância por ter sido nos anos 40 e 50 o principal centro de comércio da capital. E também porque já localizou os melhores cabarés da cidade, cada um por sua vez rico em histórias. A maioria delas impublicável.
Eu explico porque eu acho que a rua Francisco Claudino Pereira é uma artéria tombada.
No final de 1988 nos mudamos para o (então!) aprazível bairro de Manaíra. Um ano depois lá seria inaugurado o primeiro shopping Center da capital, o Manaíra Shopping, empreendimento arrojado que, graças ao pioneirismo de Roberto Santiago, mudou o perfil de nossa cidade, sendo importante fator de aceleração do nosso progresso.
Pois bem. Nessa época, final da década de 1980, no bairro ainda predominava a pavimentação feita com paralelepípedos; pouquíssimas ruas eram asfaltadas.
Um dia qualquer no passado remoto o seu calçamento foi arrombado, vítima provavelmente da construção de galerias pluviais, ou de instalações hidráulicas levando a água pura para os seus moradores. A causa exata perdeu-se no tempo.
O que restou foi um calçamento parcialmente destruído e mal-reconstruido, cheio de altos e baixos, com muitos buracos, tornando-se um flagelo para os seus moradores. Que, pagadores de impostos, mereciam uma sina melhor.
Lá se vão mais de três décadas, e a saga continua: a situação da rua ainda é a mesma. Triste Francisco Claudino Pereira... Parece até que nunca teve a sorte de ter um habitante ilustre como seu morador, que pudesse usar o seu prestígio para conseguir que a administração da capital mudasse o seu calçamento, oferecendo uma pavimentação decente e transitável. E olha que eu conheço muita gente boa que mora lá.
É por esse motivo que eu tenho a certeza de que não consertam o calçamento dessa artéria de Manaíra: porque o calçamento da Francisco Claudino Pereira é tombado pelo IPHAEP!