Fazendo uma revisão retrospectiva, sob a temática que estamos trazendo a baila, encontramos um artigo na revista britânica LANCET, umas das revistas médicas de maior prestígio e credibilidade na cardiologia universal, publicou um estudo que considerei importante pelo número de pacientes envolvidos(135 mil), onde o mesmo submeteu os pacientes em questão, a dietas com maior teor de gorduras as quais segundo o estudo, não estaria fortemente vinculados a uma maior mortalidade cardiovascular. Para a curiosidade
GD'Art
dos cardiologistas de visão ortodoxa, o fato do referido estudo relatava que o uso de carboidratos seriam, os maiores responsáveis por complicações cardiovasculares graves.
Esse mesmo tema, foi abordado de forma enfática no congresso europeu de cardiologia, quando o conclave foi sediado em Barcelona, também evidenciando que os carboidratos causavam mais riscos ao coração do que as gorduras saturadas, com ênfase às carnes vermelhas.
Fizemos uma análise pessoal sobre a temática acima, sem querer jamais ir de encontro às evidências científicas verificadas, tanto na publicação da revista como no trabalho apresentado no referido congresso. Temos uma opinião, que não existe substratos ainda, para uma quebra de paradigmas, ou seja, colocando em segundo plano o colesterol, sacramentado por duas décadas como o vilão maior da formação da placa na doença aterosclerótica coronária.
GD'Art
Sendo assim, me veio à mente a palavra PREVENÇÃO, que significa o meu dia a dia na prática cardiológica e respaldado pelo aumento em progressão geométrica de acometimento e óbitos por doenças cardiovasculares(DAC), atingindo a população jovem, incluindo sobremaneira adolescentes e pré-adolescentes, e numa faixa maior os adultos jovens. Dentro desse contexto, resolvemos abordar essa problemática que, indubitavelmente, vem mostrar não somente a gordura e o carboidrato, mas sim, todos os elementos desencadeadores da DAC (doença arterial coronariana).
Tenho certeza, que o texto abaixo, deixará os leitores muito mais bem informados sobre essa temível enfermidade, que evolui em sua maioria dos casos para infarto agudo do miocárdio (IAM), e o alerta de sempre: Que a prevenção é o melhor remédio.
Nos últimos anos, tem-se observado o registro de doenças cardiovasculares na população jovem dos grandes centros urbanos do país, com aumento de uma magnitude imensurável. Paralelamente,
GD'Art
nas últimas duas décadas, vem ocorrendo também um grande progresso na identificação e correção dos fatores de risco das doenças do coração. Em todos os grandes estudos publicados na América do Norte e Europa registram: o tabagismo, a obesidade, a hipertensão arterial, o diabetes, dislipidemias (elevações do colesterol e triglicérides), o sedentarismo e, por fim, o estresse da vida moderna aparecem como causas da doença arterial coronária e eclosão para o temível infarto agudo do miocárdio.
Entretanto, por mais eficiente que possa se tornar, a medicina, e em particular a cardiologia, não poderá erradicar os fatores de risco das doenças cardiovasculares, sem a cumplicidade do paciente. É preciso que médico e paciente estejam conscientes da importância da prevenção e principalmente da mudança do estilo de vida, em todos os seus aspectos.
Todos os esforços, portanto, devem ser empregados para reduzi-los. Como é grande o número de pacientes portadores de DAC, e enorme o contingente de pessoas sadias potencialmente portadoras dos seus fatores de risco, a prevenção da DAC ainda se constitui, nos dias atuais, em um grave problema de saúde pública, que merece atenção especial das autoridades governamentais, necessitando de verbas específicas para implantação
@active
e continuidade de programas capazes de reduzir as atuais estatísticas que colocam o Brasil numa desconfortável posição no contexto desse ranking.
Finalizamos com um alerta: a idade de se procurar um cardiologista nos dias de hoje não deve ultrapassar os 20 anos e, se puder antes, melhor. Essa assertiva final é baseada na nossa experiência própria na prática clínica diária, no nosso consultório, e quando atuamos em hospital especializado, com maior ênfase, na unidade de dor torácica e emergências cardiovasculares do hospital Alberto Urquiza Wanderley da Unimed.
Conclusão: Para ir de encontro à elevação cada vez mais crescente do acometimento de DAC em termos estatísticos no mundo inteiro, sendo o maior responsável por mortes comparando-se a outras doenças e fatores causais, fica muito lógico que o início precoce das medidas de prevenção vai retirar um número dos mais expressivos de indivíduos propensos a essa enfermidade, e, evidentemente, uma queda vertiginosa no que tange às elevadas estatísticas de vítimas nessa pirâmide, que não tem outro nome a denominá-la, senão, o de pirâmide da morte.
@kilyos
Um conselho final: procurem de imediato um cardiologista e o visitem, por um período cada vez menor, no nosso entender a cada 3 (três) meses. O resultado final dessa atitude é longevidade com boa qualidade de vida.