As principais doenças cardiovasculares, aquelas que mais elevam as estatísticas de mortalidade no contexto mundial, fiquem sabendo, todas elas foram referendadas pelos grandes avanços da especialidade cardiológica como sendo, em grande parte, de natureza inflamatória. Por essa razão, achei prudente fazer esta introdução, para que, principalmente os leitores leigos, tomem conhecimento de um exame, ou melhor dizendo, de uma proteína muito solicitada pelos reumatologistas no sentido de diagnosticar um processo inflamatório reumatológico, citando artrose, artrite, entre outros.
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A nossa intenção, porém, é advertir os pacientes que apresentam aumento da proteína C reativa: é necessário procurar imediatamente um cardiologista, pois as orientações e o possível tratamento são totalmente diferentes daqueles realizados na área da reumatologia. Em suma, se não houver a atuação conjunta desses dois profissionais, podemos recorrer ao velho adágio popular: “É cobrir um santo e descobrir outro.”
Tomem, portanto, conhecimento mais detalhado nas linhas que se seguem.
Na verdade, o título deste artigo poderia ser também “A proteína do momento na prática cardiológica”. Seria extenso, mas refletiria uma realidade nos meios cardiológicos internacionais. Com os fantásticos avanços que esta especialidade vem desenvolvendo
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Achamos que o preâmbulo acima se fez necessário na abordagem do tema que segue.
Ela atende pelo nome de proteína C reativa (PCR) e continua sendo pesquisada a fundo por cientistas do Brasil e do mundo, que tentam desvendar ainda mais os mistérios por trás das doenças cardíacas, sendo hoje uma molécula de grande destaque na elaboração diagnóstica.
Nos mais diversos estudos, observa-se que, no organismo, a aterosclerose — a formação de placas de gordura nas paredes das artérias — é considerada um processo inflamatório. Não é à toa que essa molécula despertou
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A proteína C reativa é hoje uma realidade inconteste como marcador prognóstico da DAC, embora não seja específica como o colesterol ou a pressão arterial. Ainda assim, é um parâmetro adicional de grande valor no armamentário do cardiologista.
Respeitando o português castiço, denominemo-la por seu nome completo: proteína C reativa, que, através dos mais variados estudos e pesquisas, constitui-se no mais promissor avanço para o cardiologista clínico como marcador de risco de suma importância, principalmente neste momento em que o processo inflamatório desencadeia e participa da fisiopatologia das afecções cardiovasculares.
Para finalizar, o que nos propusemos destacar nestas linhas não foi somente a proteína propriamente dita, mas também tornar claro aos colegas leitores que a inflamação deve ser uma preocupação constante em nosso dia a dia.
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E, por fim, um conselho para os leigos: a prevenção ainda é o melhor remédio. Muito cuidado com a cavidade bucal — grande fonte de inflamação e consequente risco iminente para doenças cardiovasculares.
A proteína tem nome: proteína C reativa — e seu propósito maior é propiciar um alento redobrado ao médico que cuida do seu coração.
















