Na fuga, o sonho se desfez. E o desejo, de tão forte, quase me consumiu. E o querer mudar o destino fez surgir a dúvida. Que fazer agora, perdida, ao querer me achar?
SOLIDÃO Na fuga, o sonho se desfez. E o desejo, de tão forte, quase me consumiu. E o querer mudar o destino fez...
Desatino
Na fuga, o sonho se desfez. E o desejo, de tão forte, quase me consumiu. E o querer mudar o destino fez surgir a dúvida. Que fazer agora, perdida, ao querer me achar?
ECOS Há sons que nos acompanham, indefinidamente, mensagens subliminares, para sempre em nossa mente. Não me esqueço da t...
Memória
Há sons que nos acompanham, indefinidamente, mensagens subliminares, para sempre em nossa mente. Não me esqueço da toada da chuva grossa no telhado da velha casa onde por muitos anos morei. Como não lembrar da melodia dos dobrados executados pela Filarmônica nas alvoradas inesquecíveis pelas ruas da cidade? Ficou também o repique do sino da igreja avisando que uma criança estava sendo sepultada ou que a missa iria começar.
AVESSO Quem é que se esconde no outro lado da porta, na ponta do fino fio, na base da tela opaca? O que é que há na parte opos...
Identidade
Quem é que se esconde no outro lado da porta, na ponta do fino fio, na base da tela opaca? O que é que há na parte oposta da ponte, no extremo do arco-íris, na vértice inversa da corda?
OFÍCIO Como troféu, carrego em meu pescoço os ossos do meu ofício. O peso, de tantos que são, me impele a não olhar para trás,...
Que saudades das flores de plástico
Como troféu, carrego em meu pescoço os ossos do meu ofício. O peso, de tantos que são, me impele a não olhar para trás, a diminuir os passos e a pensar que chegou a hora de enterrá-los, em cova rasa, para que descansem em paz.
FELINA A gata prenhe, de primeira barriga, olha absorta, sem nenhuma perspectiva, o horizonte longínquo. Eu, absorta, olho, p...
Felina
A gata prenhe, de primeira barriga, olha absorta, sem nenhuma perspectiva, o horizonte longínquo. Eu, absorta, olho, prenhe, a perspectiva longínqua de algum horizonte.
DA ROSA Orvalho e sombra, na rosa amarela. Brilho e lágrima, tão próprios dela. É, decerto, o espinho que a mantém
Da rosa
Orvalho e sombra, na rosa amarela. Brilho e lágrima, tão próprios dela. É, decerto, o espinho que a mantém
ENTRE PARÊNTESES - Poemas "Qual é a sua identidade? De que memórias você não abre mão? Como é conviver com seus desatinos, seus an...
Entre parênteses
ENTRE PARÊNTESES - Poemas
"Qual é a sua identidade? De que memórias você não abre mão? Como é conviver com seus desatinos, seus animais e a natureza que cerca você e envolve seu cotidiano? Essas são algumas das indagações que o livro ENTRE PARÊNTESES – POEMAS, de Marineuma de Oliveira, traz, propondo reflexões de cunho existencial."