O Evangelho nosso de cada dia Entrevista sobre o livro Como veio a ideia de lançar o livro com essa seleção de crônicas? Estas crônicas vier...


O Evangelho nosso de cada dia

Entrevista sobre o livro

Como veio a ideia de lançar o livro com essa seleção de crônicas?
Estas crônicas vieram de forma completamente espontânea, quase mecanicamente. Eu não esperava, nem planejei. Fui escrevendo, escrevendo... e depois percebi que eram todas sobre temas do Evangelho. Não foi nada premeditado.

Qual a intenção de dar um sentido prático ao Evangelho?
O Evangelho tem que ser praticado, não pode ficar na teoria. O próprio Evangelho tem um sentido prático. Era no dia-a-dia que Jesus aproveitava para exemplificar, seja com fatos que presenciava, seja com parábolas. E foi dentro desse princípio prático que essas crônicas aparecerem. Das minhas reflexões e observações cotidianas.

Por que a afinidade com a pregação doutrinária?
Desde pequeno que eu admirava o Evangelho. Que na minha vida começou com as preleções de papai, que foi quem mais me incentivou. O Evangelho pra mim foi tudo. Tudo na minha vida. Até hoje.

Qual a relação da obra com o Espiritismo?
Uma relação completa. O livro é todo baseado na Doutrina Espírita, pois só prega a caridade. O Evangelho significa Boa Nova. O Espiritismo é a revelação consoladora, e toda pautada nos ensinamentos de Jesus.

Existem ligações entre a Doutrina Espírita e o Evangelho? O que têm em comum?
Elas têm muito em comum. A Doutrina Espírita tem muito a ver com o Evangelho. Porque é uma doutrina consoladora, que prega a Caridade, tanto que tem como principal slogan: “Fora da Caridade não há Salvação”. E a caridade é o que mais existe no Evangelho.

E sobre a ideia de convidar o Pastor Estevam e Dom Aldo, para o prefácio e a orelha, respectivamente?
Eu diria que foi quase mediúnica. Veio a ideia de convidá-los assim, de repente, intuitivamente, E só sei que me senti muito bem com a participação deles e por eles terem aceitado, porque são homens que eu sempre admirei. Foi uma grande satisfação e que valorizou muito o meu livro. Embora possamos ter maneiras diferentes de pensar ou de interpretar, nós comungamos da mesma doutrina que é a doutrina de Jesus.

Por que a exposição de pintura?
Foi uma ideia de meu filho, Germano, que é admirador do trabalho de Célio Furtado. Aliás, quem primeiro me falou de Célio foi a minha esposa Alaurinda, no tempo em que ele tinha uma coluna n'A União, com crônicas também muito bonitas, na mesma linha de auto-ajuda e reflexões sobre a vida. Então, Germano convidou-o para ser o autor da capa e ele fez um belo trabalho, que retrata a cena de Jesus no chafariz, com a Samaritana. Em uma das crônicas, eu falo sobre esse encontro do Mestre com a mulher Samaritana. A mulher está muito presente na vida de Jesus. Ele valorizou muito a mulher. Só sei que quando o quadro chegou eu telefonei para Célio e lhe disse que estava tão bonito que dava vontade de entrar nele, quando a gente olhava. Foi quando ele disse que a intenção era essa. “Uma capa que convidasse o leitor a entrar logo no livro.”

Na sua opinião, Como Jesus seria recebido no mundo de hoje? O que ele mais reprovaria?
Acho que ele daria meia volta e ia-se embora (risos). O mundo hoje é completamente diferente do que ele pregou. Ele só poderia reprovar. Como reprovou muita coisa do mundo e da época em que passou pela Terra. Hoje se vive num mundo completamente distorcido dos valores cristãos. Esse mundo não é o Evangelho nem a Boa Nova de Jesus. Não prega o amor, a caridade, a responsabilidade pelos atos praticados. Sobretudo a caridade e o amor que é onde estão a compreensão, a tolerância.

Como vê a crescente participação de religiosos na política?
Não vejo nada de mais. Se eles entram na política com boas intenções, desejando contribuir para ajudar ao próximo, se for para uma participação valiosa, uma atuação em benefício da coletividade, não há nada contra. Agora, se forem para a política com outros interesses, é reprovável.

Por que o Cristianismo se dividiu tanto e perdeu a essência ecumênica que caracteriza a mensagem de Jesus?
É natural que isso aconteça, pela própria natureza humana, ainda cheia de distorções, a má compreensão da mensagem de Jesus. Na verdade o grande defeito é do homem, que não sabe se entender.

Considera o seu livro de Autoajuda?
Mais do que de autoajuda. Ele é de alta ajuda. Ou seja, de ajuda coletiva.

S im, desta vez não é Alice, a do Pais das Maravilhas, criada há quase 200 anos pelo escritor Charles Dodgson, mas Raissa, minha neta, minha...

Sim, desta vez não é Alice, a do Pais das Maravilhas, criada há quase 200 anos pelo escritor Charles Dodgson, mas Raissa, minha neta, minha única neta. O pai, meu filho Carlos, achou de lhe dar esse maravilhoso presente. Um presente de fazer a pessoa cair pra trás, como diria Alaurinda, que adora a neta. Uma viagem a Londres, onde Carlos, o pai, residiu por 2 anos enquanto fazia o pós-doutorado em Cosmologia e Gravitação.

E, aqui prá nós, a menina é inteligentíssima, igual ao irmão Carlos Romero Neto, o “Tuquinha”. Tenho certeza que ela vai adorar Londres, que não é a minha cidade predileta, mas que muito me ensinou, e onde já estive várias vezes.

Não há nada para agradar e ensinar mais uma pessoa do que uma viagem. O pai de Raissa, PHD em Física, que conhece o mundo na ponta dos pés, não pensou duas vezes. Deu essa excelente viagem como presente aos dois filhos. E eles merecem.
E eu já estou vendo Raissa, que é mais curiosa, com aqueles olhinhos inteligentes, fascinada com o que vai ver.

Esse pai é um paizão, que não é de dar presentes de aniversário costumeiro, com aquela modinha do “parabéns para você”. Mas soube escolher o melhor: Proporcionou-lhe um passeio a Londres.

E estou já ansioso para entrevistá-la. Raissa não é uma menina falante. É meio calada, o que caracteriza as pessoas que pensam. E é dada à poesia. De vez em quando, chega-nos por email um de seus poemas. Ela, desde criancinha, que mostra um criatividade incrível.

Viajar, repito, é uma das melhores maneiras de fazer cultura. Perdoe-me o óbvio. Viajar e depois se isolar para pensar, para degustar o que viu, aprender com o que viu, como fazia o meu filósofo de estimação, Montaigne, trancando-se numa torre.

De que foi que a menina gostou? O avô está ansioso, não vê a hora de encontrá-la. O avô cujos pés já estão desejando pisar novos chãos.

S im, ele era um príncipe. Tinha tudo de príncipe: o charme, a conversa, as atitudes, a maneira de sorrir no seu rosto fidalgo. O sorriso es...

Sim, ele era um príncipe. Tinha tudo de príncipe: o charme, a conversa, as atitudes, a maneira de sorrir no seu rosto fidalgo.

O sorriso estava sempre nele. Dizem que quando a gente está pensando muito numa pessoa que já desencarnou, é o espírito dela que deseja se comunicar. Se assim é, lembremo-nos do espírito de Virginius da Gama e Melo, que já se foi daqui, há muito tempo.

Ele foi um mestre e uma das minhas melhores amizades. Foi mais professor que amigo. Eis um homem de muito charme, de muita elegância. Apenas a sua conversa já era uma aula.

Vivia com um meio sorriso nos lábios. Com a fala mansa, educada, possuidor de alto espírito crítico, o nosso amigo era um mestre por excelência. A voz suave, mas, vez por outra, desabando num gostoso sorriso.

Nunca o vi mal humorado. Bom humor era o que o caracterizava. Falar mal de alguém, jamais. Eu tinha o privilegio de morar perto dele. Éramos quase vizinhos na Rua Batista Leite.

Não me esqueço de uma visita que lhe fiz e que terminou na oferta de umas bonitas mangas-rosas tiradas de seu pomar. Conversar com o Mestre era um privilégio. E eu gozei por muito tempo desse privilegio. Ele escreveu artigos, crônicas, ensaios, e tem um suculento estudo sobre a Revolução de Trinta. Eu o admirava como pessoa humana e como culto pensador.

Certa vez, foi fazer uma conferência, que ocupava muitas laudas de papel, e terminou largando os papéis ao lado, encurtando o discurso por achá-lo longo.

Deixou a vida sem pleitear uma vaga na Academia de Letras. Não tinha jeito para pedir votos.

Virginius foi um admirável príncipe das nossas letras. O gosto das bonitas mangas-rosas passou, mas minha admiração por ele jamais passará.

S im, bem que poderíamos incluir na oração do Pai Nosso esta rogativa: o silêncio nosso de cada dia nos dai hoje. E se você me perguntar de ...

Sim, bem que poderíamos incluir na oração do Pai Nosso esta rogativa: o silêncio nosso de cada dia nos dai hoje.
E se você me perguntar de todas as grandes cidades que visitei em viagens internacionais, até hoje, qual a mais silenciosa? Diria Viena. A Viena de seus belos bosques, a Viena das valsas, a Viena de Freud.

E que dizer de suas lindas garotas vendendo bilhetes para os concertos e recitais?

Viena é silenciosa. Paris não chega perto. Mas o que mais me impressionou na bela e culta metrópole foi que, em época de campanha eleitoral, o silêncio permanece. A propaganda dos candidatos é apenas visual, em discretos cartazes à margem das vias públicas.

E por que estou me lembrando de Viena em campanhas políticas? É que, segundo me lembram os jornais, vem por aí a eleição para prefeitos e vereadores, que, costuma infernizar o meio ambiente com seus carros de som naquelas alturas. Uma estupidez.

E penso que não é apenas Viena que é silenciosa nas eleições. Duvido que numa Berlim, numa Londres ou em Estocolmo haja propaganda eleitoral sonora. Uma prática de um primitivismo inadmissível para os dias de hoje.

E viva o culto ao silêncio. Imitemos Viena, a Viena de Freud, a Viena das valsas, dos bosques silenciosos. Viena que não sabe gritar, mas cantar...

Estou agora mesmo estou me lembrando da elegante capital austríaca, de suas lindas valsas, dos seus parques e canteiros floridos, de seus monumentais teatros de música. Estou me lembrando da casa de Freud, da paz que ali reina. E que da primeira vez que visitei esta linda cidade, o que logo me surpreendeu foram as belas garotas, com os seus sorrisos, vendendo bilhetes para os concertos. Ah, o silêncio nosso de cada dia...

Q uando Jesus nasceu, uma luz brilhou na manjedoura humilde, anunciando a sua vinda ao mundo. Uma luz que veio de uma estrela cadente, ilumi...

Quando Jesus nasceu, uma luz brilhou na manjedoura humilde, anunciando a sua vinda ao mundo. Uma luz que veio de uma estrela cadente, iluminando todo o céu de Belém.

Mas, depois, a luz foi levada à cruz, instrumento de tortura. Eu não sei se Jesus olhou a cruz, antes de ser pregado nela. Claro que sim, pois Ele carregou a cruz, até chegar o monte onde foi crucificado. E sua caminhada não foi tranquila, pois lhe deram muitas chicotadas no caminho...

E, segundo narram, Simão, um cirineu, a pedido da multidão, ajudou-o a carregar a pesada cruz.

A caminhada foi muito longa. O rosto de Jesus estava molhado de suor misturado com sangue que lhe escorria pelo rosto da coroa de espinhos. Decerto, ao chegar perto do monte, ele olhou para a cruz, ao largá-la no chão. Um olhar triste. E teve pena daquela gente. E disse consigo mesmo: qual foi o meu crime?

A cruz é formada de duas tábuas. Uma horizontal, outra vertical. A vertical aponta para cima, dir-se-ia, para Deus, a outra, horizontal, aponta para o próximo... Um homem em pé, de braços abertos, forma uma cruz. Um avião voando também lembra uma cruz.

E o que mais impressionou à multidão foi o seu silêncio, durante a via crucis. Silêncio que ele quebrou quando pediu água para beber e deram-lhe vinagre. E quando rogou ao Pai que perdoasse a multidão desvairada, porque ela não sabia o que fazia.
Decerto, Jesus interrogava-se a si mesmo. Que mal eu fiz? Será um mal limpar leprosos, curar obsidiados, pregar o amor e levantar paralíticos? Será um mal dar luz aos cegos?

Jesus na cruz. Dir-se-ia a luz na cruz. A luz que começara a brilhar desde a manjedoura.

Mas, o que mais impressiona em todo o Evangelho é o dramático perdão de Jesus, quando disse: “Pai, perdoa-lhes por que eles não sabem o que fazem”...

E chegaram a dizer que Ele não sorria... Como não sorrir, quando olhou os lírios do campo e nos recomendou que os olhássemos como exemplo d...

E chegaram a dizer que Ele não sorria... Como não sorrir, quando olhou os lírios do campo e nos recomendou que os olhássemos como exemplo de vida. Ele olhou e, decerto sorriu. E deveria ser lindo o sorriso de Jesus.

Sorriu quando as crianças correram para ele, num alvoroço encantador. E sorrindo, disse: “Vinde a mim as criançinhas por que delas é o Reino dos Céus”.

O olhar de Jesus... Era o que eu gostaria de ter visto. E, aqui para nós, não há nada mais belo, mais humano do que o sorriso. Uma árvore florindo é uma árvore sorrindo. E estou vendo, agora, através da imaginação, um pé de acácias. E vi tantas belas árvores na recente viagem que fiz, pelas estradas da Escandinávia...

Meu pai, José Augusto Romero, era um apaixonado pela Natureza. No seu sítio, que ficava às margens da Lagoa, hoje o renovado Parque Solon de Lucena, dava de tudo que era planta. Um dia, me ensinou a aguar uma porção de crótons que enfeitavam a entrada da casa. E, à medida que eu ia jogando água nas plantas, estas iam se agitando com a brisa, e ele me dizia: “As plantas estão acenando e agradecendo a água que você lhes está dando”. E eu acreditava.

Tenho pena das pessoas mudas, cegas, que não olham para as plantas. Tenho pena também das pessoas que não sorriem.

Jesus sorriu. Ele só não sorriu quando se viu pregado numa cruz. Crucificado pelo crime de ser bom.

Acho que na manjedoura, ele, récem nascido, viu aquela estrela riscando o céu. Que lindo!

Gritava o educador francês Rabelais: “Sorria, sorria, o sorriso é próprio do homem!” Sim, só os bichos não sorriem. Mas, dizem, como exceção, que a hiena, no instante da morte sorri. Não recomendo tal hábito.

Voltemos a Jesus, ao seu sorriso de luz, que deveria ser belo. Bem aventurados os que sorriem. Sorriso de Jesus. Ele só não sorriu quando se viu pregado numa cruz, o sangue escorrendo pelo corpo... Mesmo assim, não chorou Jesus! E continua crucificado pela cruz de nossa indiferença.

Acesse o site Playback.fm , escolha o dia, mês e ano de seu nascimento e clique no botão  Find#1Movie para saber qual o filme que bombava...

Goonies


Acesse o site Playback.fm, escolha o dia, mês e ano de seu nascimento e clique no botão Find#1Movie para saber qual o filme que bombava nas bilheterias na data em que você veio ao mundo.

S e você está duvidando do que estou dizendo, é só ler no Evangelho, o episódio que conta a história do homem rico e Lázaro. O rico vivia se...

Se você está duvidando do que estou dizendo, é só ler no Evangelho, o episódio que conta a história do homem rico e Lázaro. O rico vivia se banqueteando, rodeado de conforto, vestido de púrpura enquanto o mendigo Lázaro, diante de seu portão, onde fora deixado vivia coberto de chagas e ansiava comer o que caía da mesa do rico. Até os cães vinham lamber suas feridas.

Surdo aos apelos do mendigo, o rico só pensava nele. Era materialista, só acreditava numa existência e que não precisava dar conta de sua vida a ninguém.

Pensando bem, se nós temos apenas uma existência aqui na Terra para que se inquietar com o futuro? Morreu, acabou-se e pronto. Que goze o rico, que sofra o pobre. Não temos responsabilidade nenhuma com os nossos atos. Será?...

Acontece que o rico e o pobre morrem. As situações mudam. O pobre agora está numa boa situação, enquanto o rico arde no inferno. E vendo Lázaro na boa, pede a Deus que o tire daquela dolorosa situação. Aí vem a resposta divina. Tenha paciência o rico. Chega a pedir que molhe a ponta de seu dedo, porquanto o calor é grande. A resposta divina não demora:

“Meu filho, tiveste tudo no mundo e nada fizeste pela pobreza. Lembre-se de que durante a sua vida você recebeu coisas boas, enquanto que Lázaro recebeu coisas más. Agora, porém, ele está sendo consolado aqui e você está em sofrimento. E além disso, entre vocês e nós há um grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem. Não fizeste a caridade. Não amaste o pobre como a si mesmo.

O rico, com o rosto molhado de lágrimas, refletiu um pouco e pensou nos seus familiares, que ignoravam os rigores da lei, então suplicou ao Pai: Manda Lázaro ir à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos. Deixa que ele os avise, a fim de que eles não venham também para este lugar de tormento. Ao que Deus respondeu: “Eles têm os Evangelhos. É só lê-los e praticá-los”.

Nós temos a Doutrina Espírita, cujo lema é: “Fora da caridade não há salvação”. Que os ricos estejam atentos!...

Finalizemos, abrindo “O Livro dos Espíritos”, e leiamos: Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar de seu coração todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade”.

Ser caridoso é sentir o problema do outro. Sentir e agir em seu favor. Ontem, eu vi em pleno trânsito, um homem muito moço, bonito, estendendo o olhar pedinte aos que estavam em seus carros. Mas, o que tem isso demais? O homem não tinha mãos. Assim mesmo, este homem sorria...

C omo disse o cientista e filósofo Blaise Pascal, “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. E por falar em coração, não me esqu...

Como disse o cientista e filósofo Blaise Pascal, “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. E por falar em coração, não me esqueço da bela festa promovida pela Câmara Municipal de João Pessa em homenagem ao cardiologista e clínico geral, Marco Aurélio Barros, que acaba de receber o honroso título de Cidadão da Cidade de João Pessoa, comenda que também recebi, graças à bondade do amigo e vereador, Fernando Milanez, um verdadeiro varão de Plutarco. Um homem de bem, a toda prosa. Que, aliás, fez um belo discurso na ocasião.

Mas, vamos à festa do nosso cardiologista, que, enquanto estiver vivo, vai deixar meu coração funcionando em paz. Aliás, vai, aqui, uma confissão de seu cliente, amigo e paciente: o meu coração, vez por outra, coça. Espero que não seja nada.

Foi muito prestigiada, bonita e agradável a festa do nosso cardiologista. Confesso que nunca vi uma pessoa ser tão querida, tão respeitada, tão amada. Pela família, pelos colegas, pelos clientes e pelos muitos amigos. E o que mais me encanta é a sua modéstia. Foi dito que o nosso cardiologista vai muito cedo para o trabalho, lá no Hospital Samaritano. Ainda não são seis horas e sua voz começa a ser ouvida pelas enfermeiras, nos corredores.

E quer ver meu coração pular de contente? Diga-lhe que vou fazer uma consulta ao meu cardiologista.

O nosso legislativo municipal está de parabéns. Foi mais do que justa a comenda que lhe deram, de Cidadão de João Pessoa. Parabenizo, desde já, os parlamentares que promoveram a iniciativa desta justa homenagem prestada ao nosso dedicado e abnegado médico paraibano.

E quanto à coceira, vez por outra, em meu coração, não seja ela pretexto para uma consulta ao nosso Marco Aurélio.

E stá aí uma das mais belas parábolas narradas por Jesus. A parábola do Bom Samaritano. E, aqui para nós, não há instrumento didático mais a...

Está aí uma das mais belas parábolas narradas por Jesus. A parábola do Bom Samaritano. E, aqui para nós, não há instrumento didático mais atraente do que a parábola.

Jesus foi um grande contador de parábolas. Duas delas são famosas: a do bom Samaritano e a do filho pródigo, que abandonou o lar paterno para voltar arrependido. Esta última está narrada num quadro de Rembrandt, que vimos lá no museu Hermitage, em São Petersburgo.

Mas, vamos à do Bom Samaritano. Parábola que nasceu da pergunta que os discípulos fizeram a Jesus - “Mestre, quem é o meu próximo?” - pois, Jesus falava muito do amor ao próximo, e seus seguidores não entendiam bem. E a parábola foi a resposta:
Um homem descia de Jerusalém para Jericó, cidade comercial e de grande movimento. Aconteceu que esse homem foi assaltado pelos bandidos, deixando-o abandonado e ferido à margem da estrada.

Primeiro, passou um sacerdote e se afastou do homem ferido, decerto com medo, e continuou a sua caminhada. O que não é de se estranhar, porquanto, não se sabia se havia outros bandidos por perto. Não nos cabe julgar o procedimento desses religiosos. Cada qual se ponha no lugar deles.

Depois passou um levita, homem também religioso, ligado aos seguidores de Levi, que, segundo está no Evangelho, “passou ao largo”, ou seja, de longe.

Aconteceu que um samaritano, que era um tipo mal visto pelos judeus, não pensou duas vezes. Sentiu a dor do outro. Compartilhou com ele. Tratou de suas feridas, lavando-as com vinho e azeite.

Mas não ficou nisso só não. O samaritano terminou levando o ferido para uma hospedaria, se responsabilizando por todas as despesas. Ele fez a caridade completa: sentiu a dor do outro e agiu em seu favor. A parábola, que começa com uma pergunta, termina com uma resposta.

“Quem é meu próximo?” Aquele que está no seu caminho, que você, na sua pressa de viver, não o vê... E Jesus foi taxativo: “ama ao teu próximo como a ti mesmo”. Que lição difícil...

Muita gente não sabe ainda o que vem a ser caridade. Andou bem o Espiritismo, erigindo como seu lema maior: “Fora da Caridade não há salvação”.

E o que é caridade? Quer ver uma definição muito bacana, para mim, completa?: “Benevolência para com todos, indulgência com as faltas alheias e perdão pelas ofensas”.

O Loyal Books conta com mais de 7000 audiolivros, ditados em inglês, que podem ser ouvidos no próprio computador ou baixados e transferid...

audiobook em inglês

O Loyal Books conta com mais de 7000 audiolivros, ditados em inglês, que podem ser ouvidos no próprio computador ou baixados e transferidos para equipamentos de mp3, smartphones e tablets. Os títulos são diversificados e sua gratuidade se deve ao fato de já estarem em domínio público.

S im, o nosso genial Pelé, considerado rei do futebol, faz tempo que não dá as caras. Não aparece nem no jornal, nem do rádio, nem na TV. To...

Sim, o nosso genial Pelé, considerado rei do futebol, faz tempo que não dá as caras. Não aparece nem no jornal, nem do rádio, nem na TV. Tomou chá de sumiço, como se diz. E quanta alegria ele proporcionou ao povo brasileiro! Ao brasileiro só, não. Deixou todo o mundo de boca aberta com os seus pés e também com a cabeça.

E Pelé não foi genial apenas com os pés, mas sobretudo com a cabeça. Inteligência não lhe faltou. Outra coisa: o caráter.

Sim, Pelé é antes de tudo um homem de caráter. E o que mais me surpreendeu, é que o Rei da Pelota – e nisso ele foi muito bom - não se meteu em política, nem em politicagem. Se não me engano, tratou de beneficiar instituições de caridade.

Sua aparição na TV agradava. Ou melhor: impunha respeito. Daí eu estar estranhando o seu silêncio. Não quis nada com a política. Nem mesmo com o futebol. Nada de ser técnico, o que daria certo. Pelé voltou-se aos negócios particulares.

Pelé vereador, deputado, senador. Nada disso Pelé quis ser. Nem entrar para o PT. Não se contaminou com o vírus da política.

Seus pés fizeram milagres. Suas cabeçadas também. E o que eu mais admiro nele, repito, é o caráter, o bom senso. E se quisesse, teria sido, com a maior facilidade, senador, pois é homem de bem a toda prova, que sempre inspirou respeito.

Pelé! Onde anda ele? Não o jogador, mundialmente admirado, mas o homem de bom senso, respeitado por todos.

Seria ele um dos Varões de Plutarco? Evidente que sim. O filósofo Diógenes, que vivia com sua lanterna à procura de um homem honesto, não demoraria muito a achar Pelé.

Pelé! Mas está na hora de tomar o meu café, que o dia está uma beleza com o sol brilhando lá fora.

S im, foi a do Pai Nosso, ensinada por Jesus, a pedido dos apóstolos. Uma oração curta, mas de excelente conteúdo. Nada de pronunciá-la auto...

Sim, foi a do Pai Nosso, ensinada por Jesus, a pedido dos apóstolos. Uma oração curta, mas de excelente conteúdo. Nada de pronunciá-la automaticamente. Orar é o ato mais importante de nossa vida. Orar com muita atenção, e nada de fazer como os fariseus, que oravam para todo mundo ver. Oravam, mecanicamente, em voz alta. E nada de orar em trio elétrico. Jesus nos ensinou a procurar o silêncio.

A oração ensinada por Jesus começa se dirigindo a Deus, o nosso Pai, e rogando que seu reino venha até nós. Mais ainda, que o pão nosso de cada dia nos seja dado.

Agora estou me lembrando de minha irmã Ivone, que, ao ouvir falar em pão, durante o Pai Nosso, dizia para nossa mãe que estava com fome, que queria pão. Resultado, minha mãe passou a omitir a palavra pão da oração.

A oração chama Deus de pai e nada de estar usando a palavra Deus em vão, assim: “Segura na mão de Deus”, “Vá com Deus”, a todo instante, como se Deus fosse um táxi...

Pede, ainda, a oração que estejamos livres da tentação. E as tentações são muitas, senão vejamos: tentação do dinheiro, do poder, do sexo, da vaidade, lembrando que toda tentação é um teste.

Pede a oração do Pai Nosso que estejamos vigilantes quanto aos nossos atos, aos nossos pensamentos. A vigilância, portanto, é o grande remédio para a tentação. Vigilância e oração. Eis a fórmula.

Lembrar que quem ora o Pai Nosso, a certa altura, pede para ser perdoado pelas ofensas ao próximo, mas, na mesma medida em que perdoar os outros. Será que estamos perdoando aos que nos ofendem? É a vez de lembrar da recomendação: “Faça aos outros o que deseja que os outros lhe façam”.

Perdoar uma ofensa... Eis uma das coisas mais difíceis do mundo. O perdão é divino. A vingança é diabólica. Perdoar e esquecer. Errado quem diz: perdôo mas não esqueço. Mas, só perdoando é que encontraremos paz e amor. Haverá coisa melhor na vida?

Perguntaram a Gandhi, se ele perdoava e a resposta veio rápida: “Não perdoo, por que nunca me sinto ofendido”.

Lembremos que Jesus, um ser tão puro, nunca deixou de erguer o seu bonito olhar para cima e conversar com o Pai. E sua maior lição foi o grande perdão, diante da multidão que o crucificou: “Pai, perdoa-os por que eles não sabem o que fazem”...

D os personagens do Evangelho, José, pai de Jesus, eu muito admiro. Homem simples, humilde, carpinteiro – aqui para nós, quase não se fala n...

Dos personagens do Evangelho, José, pai de Jesus, eu muito admiro. Homem simples, humilde, carpinteiro – aqui para nós, quase não se fala nele. É o contrário de Maria, que esteve presente em muitos episódios do Evangelho, a começar pelo primeiro milagre de Jesus que foi a transformação da água em vinho.

José não teve tempo para nada. Vivia o tempo todo na carpintaria. Fabricou, decerto, muitos móveis: mesa, cadeira. Espero que não tenha fabricado nenhuma cruz. Muito menos a que crucificaram Jesus. Até rimou.

É verdade que o Mestre se referia, muitas vezes, ao Pai que está no Céu, com quem sempre dialogava. Chegou a dizer, certa vez, “eu e o Pai somos um”.

Mas, enquanto Jesus saía pelo mundo, semeando a Boa Nova, em companhia dos apóstolos, José suava no trabalho da carpintaria. Não dispôs de tempo nem de ouvir parte do Sermão da Montanha, de ver os chamados milagres do Mestre, de comer o pão e o peixe que ele multiplicou.

José... Quanta humildade, quanto silêncio sobre sua vida! O dia todo trabalhando. Ele não teve tempo nem de ir com Maria e Jesus à Festa de Jerusalém, quando Jesus desapareceu das vistas da mãe e foi conversar com os doutores. E a mãe não compreendeu essa momentânea ausência do filho, reprendendo-o. Não compreendia, ainda, a sua missão.

José fabricou móveis, e, decerto, muitas cruzes. Mas, repetimos, tomara que não tenha sido a de Jesus. E, pensando bem, será que Jesus chegou a ajudá-lo na carpintaria?

José, pai de Jesus, é pouco lembrado pelos evangelistas. Ao contrário da mãe, que é citada em vários momentos do Evangelho.

Mas, está me dizendo a consciência que o povo soube homenagear o pai de Jesus, pois grande é número de pessoas chamadas José. Há até um poema de Carlos Drummond de Andrade intitulado “E agora, José?

Apesar de José, o pai de Jesus, ser pouco citado no Evangelho, não acontece o mesmo com o Pai do Céu. Na prece que usou paa ensinar a como devemos orar, Ele inicia dizendo: “Pai Nosso que estás no céu”.

Todavia, não esqueçamos o carpinteiro, que trabalhava tanto que não tinha tempo para ouvir o filho. Certamente, chegavam-lhe notícias assim: “Jesus passeou sobre o mar”; “Jesus ressuscitou paralíticos, cegos e leprosos”; “Jesus multiplicou pães e peixes; “Jesus teve os pés banhados pelas lágrimas de uma mulher chamada pecadora”; “Jesus conversou com uma samaritana, a quem ele fez referência à água vive e à água morta”.

A verdade é que José, o pai de Jesus, deu uma grande lição: A lição da humildade.

T em a música. A música é um milagre. Tem aquele sorriso da criança, ainda no berço. Tem aquela borboleta saltitando sobre as flores de um j...

Tem a música. A música é um milagre. Tem aquele sorriso da criança, ainda no berço. Tem aquela borboleta saltitando sobre as flores de um jardim. Tem o vento, seja em forma de brisa, seja na violência de um vendaval, dando vida a tudo. O vento é que dá alegria à paisagem, faz a Natureza dançar.

Tem aquela lágrima escorrendo pelo rosto sofrido. A lágrima é a água da dor, da saudade, do sofrimento. Tem a água do suor, a água do trabalho. Preguiçoso não sua. E o que dizer da água chamada sangue, que é vermelha para chamar a atenção da gente. E da água que está presente em 70% de nosso corpo?

Tem a água do mar, que é salgada. Se fosse doce, no instante apodreceria. Deus sabe o que faz. Mesmo assim, ainda tentam poluir o mar.

A água está em tudo. Na cachoeira, como que brincando de se escorregar. E que paz ela nos dá…. Vi muitas na Nova Zelândia. E vi uma lá na Islândia, muito pequena, que dava para ficar embaixo dela.

Não há maior sofrimento do que uma longa sede. E Jesus pediu água aos seus acusadores e eles lhe deram vinagre.

Escute o óbvio: a água é tudo, nesta vida. O danado é que chegam a embebedar a bichinha, misturando-a com álcool.

Existe a pedra. A pedra é forte. Jesus chamou Pedro de pedra e o poeta Drumond disse que “havia uma pedra no caminho”...

E para terminar, reflitamos: Quem é mais forte, a água ou a pedra? Depende. A resposta talvez esteja no ditado: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. E fura mesmo.

E Jesus queixou-se, um dia, dizendo que os pássaros têm seus ninhos, as raposas seus covis, mas ele não tinha uma pedra para repousar a cabeça...

S im, que festa foi essa? Foi na tradicional Festa da Páscoa, em Jerusalém. Muita gente na rua, muita gente de fora. Não se pensava noutra c...

Sim, que festa foi essa? Foi na tradicional Festa da Páscoa, em Jerusalém. Muita gente na rua, muita gente de fora. Não se pensava noutra coisa.

E não é que Maria, a mãe de Jesus, foi com os amigos participar da tradicional festa? Mais ainda: não é que Jesus estava em companhia da mãe e amigos a caminho de Jerusalém? Só Jesus permanecia calado, como se fosse um adulto, como se estivesse refletindo sobre um compromisso que tinha, como se não fosse para uma festa. ...

Jesus numa festa se divertindo, esquecido de sua missão… Seria possível isto? Ele que veio ao mundo para curar, ensinar o Evangelho, a chamada Boa Nova?

Pois bem, houve a festa, todos curtiram, e agora se reuniram para a longa jornada de volta. Maria não cabia em si de contente. Todos iam caminhando a pé. Caminhando e conversando. Conversando e sorrindo, comentando sobre a Páscoa.

Muita gente subindo até chegar a Jerusalém. Aí veio um medo em Maria, pois não avistava o filho, Jesua. Mas, com tanta gente, não daria para ele se perder. Afinal, Maria era a responsável pela turma. Daí não perder de vista os que iam com ela.

Mas – espere aí – cadê Jesus? Não, não é possível. Quis chorar. Jesus não acompanhava o grupo chefiado por ela. Menino de doze anos, perdido na multidão. Ela alertou a todos pelo que estava acontecendo. Maria chorava, chorava muito. Cadê Jesus, meu querido filho…. Ai – pensou - teve uma intuição, será que ele ficou em Jerusalém, e está no templo? Afinal o seu filho não é de festa. Sim, será que Jesus foi ao templo orar ou meditar?

E Maria voltou e foi ao templo. Dito e feito, o menino estava lá. Mas não estava rezando, nem pensando, como era de seu costume. Ele estava, ora vejam só, discutindo com os doutores. Um garoto de 12 anos debatendo com velhos e eruditos senhores. E Maria chegou a repreendê-lo, ao que Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu pai?”

E Maria o convenceu a voltar com ela. E todos voltavam para casa, cansados e pensando na festa. Mas, Jesus não cabia em si de contente. Aprendeu muito com os doutores, e estes, por sua vez, ouviram coisas da boca do menino que os encantaram. Era o começo da Boa Nova.