Wellington Hermes Vasconcelos de Aguiar foi quem me recepcionou por ocasião do meu ingresso na Academia Paraibana de Letras. E quando o e...
O Wellington Aguiar que eu sei
A propósito das paineiras da Avenida Orozimbo Maia, onde morei por uns tempos — Campinas, interior de São Paulo.
A tragédia das Paineiras
Aleatoriamente encontro na internet uma foto em que um carro está parado diante da faixa de pedestres, esperando que uma família d...
Uma fotografia
Sou apaixonada por fotografia, e aquela foto me toma de ternura e simpatia. Acho singela a foto. Observo e penso na atitude e sensibilidade da pessoa que estava dirigindo e gentilmente parou o seu carro para a passagem dos pequenos.
E viva a todas as mulheres! Hoje, ontem e todo dia. Àquelas que estão nascendo hoje — seja na maternidade, seja no desabrochar de suas des...
Celebrando março com as mulheres
No cenário aflitivo enfrentado por todos os prefeitos e governadores mais próximos das tensões vividas por todos e do luto de milhões de...
Ontem e hoje
Durante os dias que antecederam a passagem do ano novo, ocorreram chuvas em algumas partes da Paraíba e, suponho, trouxeram alento e esper...
Chuva e terra úmida
Qual a relação entre uma cerveja, uma ursa e um continente? O leitor pode estranhar a pergunta, mas estou me referindo à Antárctica, cujo ...
A cerveja, a ursa e o continente
A juventude em êxtase. O mundo inteiro entra numa alucinada e apaixonada admiração por um quarteto de jovens ingleses que veio para mudar ...
Beatlemania
Em que é que eu pensava enquanto conduzia Juliana ao altar? Foi mais ou menos isso que alguém me perguntou na recepção que houve depois. E...
Cortejo e fuga
PRÓLOGO Nos anos 1950, na esteira da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética, desenvolveu-se a Era Espacial. Cad...
Marcianita
Surgiram os primeiros grupos de estudos de Objetos voadores não-identificados, os OVNI. Essa nova “religião” era alimentada pela indústria do entretenimento, na forma de histórias em quadrinhos, com destaque para Flash Gordon.
A Ponte do "Tê” é uma construção inacabada de via férrea situada na cidade de Alagoa Grande, interior do Estado da Paraíba.
Ponte do 'Tê'
Parecia um homem comum. Talvez um funcionário público modesto, talvez um guarda-livros, antiga profissão fadada à extinção, pelo menos n...
De pé, na esquina, esperando o bonde
Como sempre acontece quando arquivos vedados são liberados para pesquisas, fatos e episódios são esclarecidos e sentenças que, antes, eram...
Taiguara: o artista mais censurado pela ditadura
Havia, tempos passados, um rapaz que saía anotando num caderno as placas dos carros estacionados nas ruas. Consideravam-no um maníaco. Ma...
Anotador de placas
Pois se já não brilham os olhos, brilham os cristais de poeira. Jorge Elias Neto Pai No chão lavrado se faz premen...
De pai e mãe
No chão lavrado se faz premente o fruto. Se o em torno repele, formam-se na pele sulcos dilatados donde escorrem incertezas. No vão arado se faz presente o bruto.
A capital paraibana já se tornara um destino para o qual convergia, aos poucos, toda a família. Primeiro veio um filho. Depois trouxe a mã...
O sonho era lá...
Em seguida vieram as filhas, alguns netos e o caçula que se estabeleceu em Campina Grande. São de Patos, sertão bom, de gente boa. Faltavam Dennes, o “guerreiro”, o mais velho, que passou muitos anos trabalhando no Norte, e outro, em Santa Catarina, depois de morarem em vários estados.
E a vida foi passando… como tudo neste mundo. Com natais, reveillons e tantos encontros memoráveis de família que se ama. Após uma década, Maria adoece e alça voo. Mas foi e não foi, porque vive em todos, ainda hoje, que a têm como mãe que nunca se deixa nem deixa ninguém.
No último Natal, Dennes, o mais velho, mudou-se para cá. Sonho maturado, esperado, mesmo com a ausência da mãe que não foi… Brincalhão, jeitão de menino, símbolo inaugural de uma ninhada de amor, unida, amiga, de mais seis irmãos. Recém aposentado, com muitos anos de Amazonas, o derradeiro desejo foi vir para onde estava a família. Juntar-se aos seus e às praias queridas, com os amados irmãos, amigos-irmãos. O mundo para ele era todo irmão.
E assim chegou, no último Dezembro. Mesmo sem contar com o clima que sua vinda merecia, por causa da doença que assombra o planeta, encheu o coração de alegria. Pedalou, jogou, passeou, viu o mar, matou saudades de tantas saudades. Até de Maria.
Mas, quem diria?… Só o destino, que não se pondera, que não se prevê. Às vezes confuso, injusto ou cruel, aos olhos pequenos, mas tão soberano perante o Divino.
Quem diria que apenas seria um breve adeus?… Nem esquentou o lugar que pousou. Mal chegou e assim nos deixou. Culpar a doença, a pandemia? Não. Não há culpa no destino. Do caminho que é traçado por alguma razão. E por alguma razão há razão no destino.
O guerreiro não disse estar só de passagem. Que o sonho era lá, juntinho de Maria. Aqui flanou, nadou, caminhou, viu e reviu o que tanto queria. Mas não encontrou a paz esperada, aquela dos tempos de sua Maria. Do jeito que veio, largou sua roupa no mesmo lugar que ela deixou. Ali no Parque, que dizem de acácias, em busca de outro, do parque sublime, ao lado daquela que nunca se foi nem nunca irá.
Assim estará também o guerreiro, vindo e revendo sem nunca ter ido. No meio de todos que amam e se amam, em torno de todos, agora de todos.
Dennes chegou e já se mandou. Ah, seu guerreiro, amado e querido, segue brincando, eterno garoto!
Aqui ficaremos, ainda um tanto. Quem sabe o quanto, mas nunca em pranto, porque lembraremos de tua alegria, agora maior que todos os sonhos que é de abraçar a nossa Maria.
Vem por aqui, sempre que der. Aprende com ela o mesmo caminho. Ou venham abraçados, do jeito que estão, brincando ao léu no mundo do céu. Serás um ausente mais que presente. Presente de todos que te conheceram e que te admiram, hoje até mais. Pois aqui estarás e sempre serás o nosso guerreiro.