Paraíba, 1º de maio de 2022

Pauta Cultural (Ep. 39)

Paraíba, 1º de maio de 2022

⧏ Aconteceu
Nadja Claudino
Numa promoção do Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil, a historiadora e escritora Nadja Claudino realizou palestra sobre seu livro “Maria Bonita: entre o punhal e o afeto” (Editora Arribaçã, 2020), que traz novas abordagens sobre a história de Maria Bonita, figura que teve desenlace trágico no massacre de Angicos, e até hoje intriga historiadores, pesquisadores, jornalistas e o público em geral.

O evento ocorreu na Escola Cidadã Integral Chiquinho Cartaxo, em Sousa, sertão da Paraíba. A obra tem como base a dissertação de mestrado da autora - “As escritas de uma vida: discursos sobre a cangaceira Maria Bonita (1930/1938)”. Nadja Claudino é membro-fundadora da Academia Cajazeirense de Artes e Letras e professora da rede estadual paraibana de ensino.

O título objeto da palestra, já esgotado na Editora Arribaçã, está disponível na Amazon. O tema também foi abordado pela própria autora em resenha histórica completa publicada no canal Centro Cultural Banco do Nordeste (YouTube).
O Sesc-PB lançou edital no último dia 25 de abril para acolher e subsidiar projetos musicais na Paraíba. Serão classificados sete projetos que receberão prêmios e cachê e integrarão o calendário 2022 dos programas “MusiSesc” (artistas solo ou grupo) e “Sesc Partituras” (propostas instrumentais com formação a partir de duo).

O MusiSesc é um programa que inclui apresentações musicais de artistas locais. O Sesc Partituras é uma biblioteca digital sem fins lucrativos que visa “preservar e difundir o patrimônio musical brasileiro, possibilitando acesso através de partituras digitalizadas e editoradas, para visualização e impressão".


As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até o próximo dia 9. O resultado será divulgado no dia 16 de maio. O edital completo com todas as informações e links para inscrições estão disponíveis neste link ou pelo telefone (83) 32 08 31 90.
⧎ Acontece
Nicole Leite Morais
Lançado há algumas semanas pela pesquisadora e escritora Nicole Leite Morais, o livro “Direito à Fraternidade e a Nona Sinfonia de Beethoven” vem despertando interesse de leitores de diversos perfis e áreas de conhecimento.

Na ampla pesquisa em museus, bibliotecas, fundações e arquivos culturais na Alemanha (Bonn, Weimar e Köln), França (museus do Louvre e Carnavalet), e na Suíça (Fundação Martin Bodmer), a autora se pôs em busca das questões: “Uma música é capaz de colmatar uma lacuna jurídica? É possível vislumbrar que Beethoven, ao utilizar o poema ‘An die Freude’, de Schiller, na 9ª Sinfonia, tenha abordado o ‘Direito à Fraternidade, curiosamente retirado da Declaração dos Direitos Humanos, de 1789, após a Revolução Francesa?”

O trabalho resultou em uma obra que aborda a “relação transdisciplinar entre Direito e Arte, Direito e Música, e o papel do músico e do poeta enquanto heróis e suas influências na política e na história”.

O livro está disponível em formato impresso e e-book (com “QR Codes” que permitem acesso interativo às obras de arte e músicas mencionadas), no site da Amazon, onde permaneceu, nos primeiros dias após o lançamento, como um dos mais vendidos nas categorias Música e Direito”.
⧐ Acontecerá
A União Brasileira de Escritores (Seção PB) promoverá um Sarau Poético Musical na capital paraibana com a participação dos poetas Gilmar Leite Ferreira, Irani Medeiros e Irlanda Lúcia Vieira.

Gilmar Leite Ferreira é autor dos livros “Na Sombra de Augusto dos Anjos”, “Águas do Pajeú” e “O Sertão educa”; Irani Medeiros é autor de “Ária Sertaneja”, “Uma viagem ao reino encantado da cultura popular nordestina” e “Drogas: educar e prevenir”; Irlanda Lúcia Vieira é poetisa, integra a antologia poética “Imagens Literárias” da UBE, artista plástica, jornalista e advogada pernambucana.

O evento acontecerá na sede da UBE, na Av. Rio Grande do Sul, Bairro dos Estados, no próximo dia 3 de maio, terça-feira, às 19h, e contará com a apresentação artística do músico Salvador Di Alcântara (voz e violão) e da poeta Claudete Gomes, da Academia de Cordel do Vale do Paraíba.
O Cinema Bangüê, na Fundação Espaço Cultural, na capital paraibana, volta neste mês de maio a exibir sua programação anteriormente suspensa por recomendações sanitárias. Com foco nos filmes de arte e em produções alternativas além do ambiente hollywoodiano, o Cine Bangüê havia se limitado em divulgar curta-metragens por meio do canal da TV Funesc no YouTube, como forma de compensar a interrupção presencial.

O repertório para este mês de maio inclui longas metragens do Brasil, Portugal, França e Estados Unidos. Entre os títulos a serem exibidos está a película “Rebento”, que entrará em cartaz na próxima quinta-feira (dia 5) e contará com um debate após a exibição em que participarão do diretor André Morais, da protagonista e parte do elenco.

“Rebento” é um filme paraibano de 2017, vencedor de 27 prêmios nacionais e internacionais, inclusive o de Melhor Atriz (Ingrid Trigueiro) no Festival Internacional de Cinema de Lisboa, e desde 2018 permanece incluído nos festivais de cinema do Brasil e outros países.
Amsterdã Rifad Lafir
As iminentes perspectivas de volta ao estado normal do movimento turístico mundial acenderam o alarme para autoridades gestoras de cidades de porte médio, mas de grande fluxo de visitantes, como Amsterdã e Veneza.

A prefeitura de Veneza, por exemplo, adotará já a partir do próximo mês um sistema de reserva para acesso limitado ao centro histórico. A afluência de meio milhão de pessoas à cinematográfica cidade italiana de 1.600 anos nos recentes feriados de Páscoa assustou setores da administração pública, que já prevê a cobrança de taxa para visitar Veneza, a partir do próximo ano.

A evasão de grande número de moradores que se sentem incomodados com a intensidade do turismo, é preocupante, desde que se constatou a redução de 50% de habitantes locais em apenas quatro décadas. As facilidades de conseguir hospedagem em muitas opções pela internet, com crescente procura pelo sistema de locação residencial, também contribuem para que moradores optem por viver fora da cidade e alugar seus apartamentos. Contudo, certamente Veneza não deixará de ser uma das mais atraentes e encantadoras cidades do mundo, com sua singular posição geográfica, icônicas gôndolas e românticos canais.

VenezaDamiano Baschiera
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“É provável que seu romance mais conhecido pelo grande público seja Ciranda de Pedras, de 1954, que depois virou novela de televisão, com Lucélia Santos e Eva Wilma [...] Ali, na telinha, deu-se meu primeiro encontro com a autora, encontro que deve ter sido o de muitos [...] Vê-se, portanto, que a televisão, sempre tão rasteira, quando se esmera e eleva o nível pode servir à educação das massas” - O cronista paraibano Francisco Gil Messias faz saudação à escritora Lygia Fagundes Telles, que partiu deste mundo no início deste mês, com 103 anos, na crônica “Lygia”.
Lidar com gente sem noção requer muita paciência. Principalmente quando acham que estão com todo o direito de serem arrogantes. Para o poeta Linaldo Guedes, diante deles são necessários muita cautela e caldo de galinha, que, como se diz, não fazem mal a ninguém. Leia no texto “Precaução e caldo de galinha”.
“Às vezes me pergunto se Kant, guardadas as devidas proporções, não era uma espécie de membro do – hoje tão em voga e abominável – “centrão” [...] Sim, aquele ser escorregadio e desconfiado, que, no mais das vezes, busca posições conciliatórias e ponderadas, meio lá, meio cá, quase sempre em cima do muro” - No texto ‘Kant, um pensador pão de queijo', o escritor Thiago Andrade Macedo aborda posições do notável filósofo prussiano como "meio lá, meio cá", bem parecidas com as de muita gente de hoje...
Caix@ Postal
"No ALCR (Ambiente de Leitura Carlos Romero), sempre com textos valiosos, Flávio Ramalho de Brito resgata a história (documentada) do primeiro paraibano a construir uma máquina voadora (e que voou), na primeira metade do século 18."
Bráulio Tavares ▪ 24.04.2022
Comentário sobre o texto “O primeiro inventor da Paraíba”, de Flávio Ramalho de Brito.


"Excelente, maravilhoso! Fez-me lembrar de como fui apresentada a esse grande compositor. No Outono de 1998 estava com uma amiga passeando sem rumo por Londres, quando resolvemos entrar numa loja de discos. Estava tocando uma música que eu não conhecia, mas que muito me encantou. Perguntei a um vendedor qual música era aquela e ele respondeu que era a Quinta Sinfonia de Mahler, justo o Adagietto. Claro que comprei o disco e minha amiga também comprou."
Gessi Geisa Gonzaga ▪ ___
Comentário sobre o texto “Mahler e a explosão de uma alma de artista”, de Sonia Zaghetto.


"Solha, li com imensa emoção o texto que você escreveu sobre o ‘Para tocar tuas mãos’, gentilmente reproduzido no Ambiente de Leitura Carlos Romero - um espaço literário que consolida-se a cada dia como a ágora dos que traduzem suas impressões de si e do mundo por meio da palavra-arte. Muito agradecido, meu bom e velho amigo, pela boa leitura e o comentário sobre o livro. E ao ALCR, pela acolhida. Um estímulo e tanto para mim, no sentido de concluir a segunda aventura literária. Aliás, já está passando da hora. Um abraço dos grandes!"
William Costa ▪ 28.04.2022
Comentário sobre o texto “O livro de William Costa”, de Waldemar José Solha.


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