Quase bilionário

Essa categoria está aumentando enormemente no Brasil e dizem que já desponta aqui na Paraíba. Vou dar um exemplo de como identificar esse povo.

Em 2011 o francês Alex Allard comprou uma área de 27 mil metros quadrados a um quarteirão da avenida Paulista, área que antes pertencera aos Matarazzo e ali começou a construção do complexo cidade Matarazzo, cujo maior destaque é o hotel Rosewood, onde mora na cobertura de 1.360 metros. Quando viaja, ele aluga a cobertura com diárias de 300 mil reais.

Alex Allard Leo Martins/Div

Para que vocês tenham uma pálida ideia da bacanagem do hotel, em novembro a filha do ex Bolsonarista Paulo Marinho vai casar lá com o filho de Robert Kennedy Jr., numa festa para 500 convidados, entre os quais Elon Musk e... Donald Trump. Até aqui o glamour.

Agora, o outro lado. Logo depois de comprar o terreno, Alex fez uma sociedade com uma empresa chinesa, sendo que ele tinha 65% das ações e os chineses os restantes 35%. Com o correr do tempo a coisa se inverteu e os chineses passaram a deter 65% do empreendimento, deixando Allard com 35%. Ganha um doce quem descobrir o que ocorreu. Uma pista; sempre atrás de grana, em 2021 Alex chegou a tomar emprestado de Marcos Elias quase 10 milhões de dólares.

Marcos Elias Barrosgrecoale

Sabem quem é Marcos Elias? Réu confesso em fraudes, foi preso na Suíça em 2018 e cumpriu pena de quase 4 anos de cadeia nos E.U.A. para onde fora extraditado. Desde então Elias quer a grana de volta. Porém, segundo o credor, Alex não tem nada em seu nome, sequer conta bancária. “-O Allard vende o almoço para pagar o jantar”, entrega Elias. Em 2023 Alex tomou emprestado de Daniel Volcano, dono do banco Master, “apenas” 67 milhões de dólares. Aliás, aguardem histórias com relação a esse Volcano. Ele é do balacobaco. Quem me segue nas redes sociais sabe do que falo.

Por óbvio Alex faz parte do supra sumo da riqueza paulista. Só que parece ter pés de barro. Mas os deslumbrados seguem encantados com a figura. Aliás, periodicamente aparece alguém assim. Lembram de Edemar Cid Ferreira que chegou a presidir a Bienal de São Paulo, era dono da mais cara mansão paulista e do banco Santos? Acabou preso.

GD'Art

Antigamente se dizia que esse era o esquema da bicicleta; o empresário lançava um prédio e com o dinheiro dos compradores tentava terminar outro prédio vendido anteriormente cuja construção estava parada. Não conseguia equilibrar a bicicleta, né? Ainda bem que hoje em dia isso não existe mais.

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