Mesmo no início do século XX, os doentes mentais crônicos eram vistos como "degenerados" e "escória", o equivalente a criminosos e escroques, por isso a ideia de escondê-los em manicômios foi a saída na época, como tentativa de resolver as questões ainda desconhecidas de nossa alma.
O que não pode ser visto não incomoda. Essa máxima nos protege dos males da natureza humana, que insistem surgir durante décadas e afet...
Maldades obscenas
Mesmo no início do século XX, os doentes mentais crônicos eram vistos como "degenerados" e "escória", o equivalente a criminosos e escroques, por isso a ideia de escondê-los em manicômios foi a saída na época, como tentativa de resolver as questões ainda desconhecidas de nossa alma.
Um homem rico chamado Calvicius Sabinus tinha uma memória minúscula, que o deixava com saia justa em diversas ocasiões. Resolveu, então...
Tentar construir uma verdade
Suas vagas lembranças eram tão ruins que, em alguns momentos, os nomes de seus amigos, Ulisses, Aquiles e Príamo, sumiam rapidamente sem deixar vestígios. Os escravos seriam sua memória para cada
Movimentos sociais levam décadas para implantar suas regras e conceitos prodigiosos, que por vezes chegam às raias do lamentável. As...
Confundir e preencher os olhos
As atividades culturais se diferem no tempo durante seu processo de maturação, tornando-se belos quadros sociais para serem apreciados. Na política, levam anos para estabelecer uma nova ideia, convencer o indíviduo que será a melhor opção de bem-estar,
Nosso mundo altivo, com defeitos e qualidades, ainda é o único lugar que possuímos para ficar e respirar normalmente. Por isso, não é ...
A maldição suspensa sobre a história
Uma obra de arte, mesmo que composta por resina de poliéster e aço inoxidável, pode inspirar este escritor a sentir o silêncio da fal...
Perca-se!
Histórias e piadas contadas por nossa família e amigos, invariavelmente, nos fazem rir... mas se forem das boas. Observando no detalhe,...
Nossa frágil condição humana
O filósofo francês Henri Bergson disse que o cômico exigia algo como uma momentânea anestesia do coração. "O riso não tem maior inimigo que o coração", por isso rimos do mal para que ele não nos atinja.
Uma das piadas que os judeus contavam na Alemanha nazista era sobre o que um comandante da Gestapo dizia a um judeu: "Vou te dar uma oportunidade de viver, se adivinhar qual dos meus olhos é de vidro". O Judeu responde de imediato: "É o esquerdo". O oficial, admirado, pergunta: "Como é que descobriste?" E o Judeu responde: "É o que parece menos humano".
Pode parecer surreal. No entanto, é uma manifestação bastante profunda nas mãos de todos que se confrontaram com o mau absoluto, que o fizeram mais por necessidade do que provocação.
Na União Soviética, a piada frequentemente contada era a seguinte:
"Ivan, isso é pouquíssimo ".
"Eu sei, mas é um trabalho para a vida toda".
Eles riem do mal, do bem, ninguém ri, para quê?
Mesmo histórias curiosas que resultam num final trágico, por consequências em suas entrelinhas, parecem uma ironia do destino. Como ocorreu com o ditador, ex-Presidente de Portugal, Antonio de Oliveira Salazar, apegado ao poder, habituado a dar ordens dramáticas e doloridas àquele povo sofrido. Ele acabou por encontrar um final mortal inesperado em sua trajetória humana. Uma história com ares de ópera-bufa, se imaginarmos que o ditador foi derrotado por uma queda ao chão.
Em 1968, Salazar gozava férias em Santo António do Estoril. Sentado em uma cadeira que não se sabe se em falso ou quebrada, ou estrategicamente fora do lugar, o tirano foi ao chão e bateu a cabeça com violência no piso de pedra. Teve um hematoma cerebral e não se recuperou do trauma. Morreu dois anos depois. Conta-se que ele jamais soube que não era mais o presidente do Conselho de Ministros e que a equipe de governo se reunia em sua presença para encenar reuniões e decisões.
Nossa frágil condição humana limita uma rota a todos, muito similar à fraqueza de seus pares. A finitude nos acompanha.
O dolorido é quando os meses e anos escorrem pelos dedos, e, chegando à velhice, percebe-se que não saiu do lugar.
A composição de um mosaico de histórias pode ser aprendido nas páginas de um livro bem narrado, que nos transporta ao momento da escrit...
A verdade pela mentira
Como em diversos momentos de uma jornada fascinante, entregamos maneiras de nos envolver com o outro, muito teatrais, efetivamente ence...
Jogo da Comunidade
Seus outros eus têm um tempo tragado pelo instante, e necessitam estar presentes da mesma maneira que participam os convivas do evento. Funciona como uma metáfora do "theatrum mundo", a vida como um teatro.
Os interesses partidários de sua comunidade envolvem a todos que andam às escuras e cobrem de força os que gritam e agitam suas bandei...
Novidades que cruzam os olhos
Cruzamos diariamente com pessoas parecidas com bonecos de Cera, que não podem ser aquecidos, e facilmente quebram, porque são duros no ...
A fantástica máquina dos desejos
As epidemias escaldantes e infecciosas foram secretas desde sua origem, porque não sabíamos de onde vinham, e alguns governos não infor...
Poderosa!
A censura carimbou o que você poderia saber de natureza política, ideológica, artística e sobre sua vida. Então, o vírus e a mentira se propagaram matando a quem se contaminou,
Que tipo de guerra pode ser doce, em que a munição se transforma num imenso lago vermelho, quase sangrento, espalhado pelas ruas de ...
Próximo ao sossego do medo
Pois é com esse modelo de violência que os moradores de Buñol, na província de Valência, morrem de rir, de se divertir e de cansaço. O nome dessa guerra é "A Tomatina", uma das festas tradicionais que mais atraem turistas à Espanha. Todos os anos, multidões se banham na rua, tomada de vermelhos tomates maduros e esmagados. Uma bela confusão lambuzada que acontece na última quarta-feira de agosto.
Existe uma sopa que está sendo preparada sem parar há 45 anos. Ela fica num restaurante em Bangkok, na Tailândia, chamado Wattana Pan...
Decomposições geram paixões
Apesar de a ideia parecer muito estranha, o estabelecimento atrai turistas do mundo inteiro, que estão em busca da sopa eterna. Ela é quase uma água benta da culinária, tão única e rara de sentir o gosto.
Marcos Vitrúvio Polião foi um arquiteto romano que viveu no século I a.C. e deixou como legado a obra "De Architectura", com...
A próxima verdade que açoita
Muitas dúvidas vão lhe trazer um objetivo na busca do significado de sua vida, essa que anda repleta de artimanhas e rugas. Quanto m...
Costuras longas e cerzidas
Essa é apenas uma figura de linguagem, que, por vezes, anda à espreita de quem menos procura. Bem diferente do fantasma
Essas foram palavras deixadas por Nelson Rodrigues, um mago da literatura, escritor, jornalista, romancista, teatrólogo, contista, c...
'Aprendi a ser o máximo de mim mesmo'
Além dessas palavras, acrescento outras que moldaram muitas histórias. A luta.
Muezim, também conhecido como Almuadem , é o nome que se dá ao homem responsável pelo chamamento dos fiéis à oração do povo muçulmano...
A cegueira psíquica
Virgínia Woolf foi considerada uma grande inovadora na escrita literária da língua inglesa, principalmente pelo uso do chamado fluxo de...
''Um teto todo seu''
Os Ucranianos, seus descendentes e aqueles que por amor adotaram essa cultura comemoram na terceira quinta-feira do mês de maio o dia...
O instinto do homem
Emoções fortes revividas a cada dia podem nos levar a instantes sem mágoas e arrependimentos, mesmo que tenhamos cometido erros em mome...
Pai-nosso para um amigo
Não pensamos o suficientemente ordenados porque vivemos distraídos dentro das redes que pescam gente, e nos agarram por falhas expostas com facilidade.