A pandemia tem feito com que a gente sinta, com muito mais intensidade, a saudade de um abraço. Aquela vontade enorme de abraçar as pessoas que amamos e que, por força das circunstâncias, estão distantes fisicamente. Esse gesto simples, mas tão carregado de sentimentos e emoções, é a expressão mais verdadeira de afetividade e afinidades. O necessário isolamento social a que estamos obrigados a vivenciar, tem nos maltratado nesse aspecto, fazendo com que sintamos a falta do calor humano que só o abraço pode proporcionar.
Até os anos setenta Tambaú não era ainda o que se pode chamar de uma praia urbana. Configurava-se, principalmente, como um espaço de lazer, para se usufruir o seu mar tranquilo, considerado excelente para o banho. Poucas pessoas faziam do bairro a sua moradia. Os mais abastados possuíam domicilio na cidade e uma casa de veraneio em Tambaú.
A covardia no ser humano se manifesta de várias maneiras. Há os covardes explícitos, aqueles que não escondem o comportamento pusilânime, e os covardes medrosos, passivos, apáticos. Ambos são perigosos e nocivos à sociedade. Uns se revelam agressivos, principalmente quando atacam indefesos. Outros se fingem de bonzinhos, mas na prática causam danos a outros sem qualquer constrangimento.
Repentinamente o planeta silenciou, obrigado por uma pandemia que impôs medo à humanidade. No isolamento social a que estamos obrigados vivenciar, passamos a questionar o que esse silêncio traz escondido na sua manifestação. A sociedade contemporânea está sendo convocada a fazer uma autoavaliação comportamental. O ser humano sendo despertado para a necessidade de olhar para si mesmo, identificando o lado “sombra” de sua personalidade. O coronavírus tem enviado mensagens que precisam ser ouvidas por todos nós. Daí a essencialidade de nos fecharmos em casa, segregados em família, para exercitarmos a reforma íntima.
O momento nacional nos impõe uma reflexão sobre a postura ética na administração pública. É preocupante a crise de credibilidade por que passam as instituições responsáveis pela gestão da coisa pública. Há de se recuperar o interesse público como propósito maior da existência do Estado, sob pena de se verificar o fenômeno da ingovernabilidade.
Discordar é um ato que exige conhecimento de causa, mas também respeito ao interlocutor. Não transformar uma simples discussão num conflito que acabe em ofensas ou insultos. Discordar é divergir, ter opinião contrária. Mas é necessário que estejamos preparados para oferecer argumentos inteligentes na contestação. Assim enriquecemos o processo comunicativo e preservamos as relações pessoais. Não nos deixarmos jamais ser levados pelo emocional.
A multiplicidade dos papéis sociais na dinâmica da vida contemporânea marca a nova identidade feminina. A conquista desse perfil, muito mais efetivo nas últimas décadas, se deveu a uma luta histórica de superação de uma mentalidade machista que segregava a mulher a uma situação de subalternidade, dependência e inferioridade na relação de gêneros.
A juventude em êxtase. O mundo inteiro entra numa alucinada e apaixonada admiração por um quarteto de jovens ingleses que veio para mudar comportamentos, indumentárias e conceitos. A beatlemania nasceu em outubro de 1963, quando quatro ingleses na faixa dos vinte anos surpreenderam, promovendo a mais revolucionária das mudanças de procedimentos de que temos conhecimento na história.
Tem muita gente que não está preparada para ser vidraça, porque se acostumou a ser estilingue. Críticos ferrenhos de outrora, ficam incomodados quando são apontados os erros e equívocos que antes eram motivos de suas desaprovações. Se a vidraça não está preparada para receber as pedradas que lhe são lançadas, corre o risco de se despedaçar com rapidez.
É muito comum se estigmatizar a figura do boêmio. A primeira imagem é a de alguém que leva um estilo de vida voltado para a farra, vagando pelos bares, aproveitando ao máximo os prazeres da noite. Pejorativamente procura-se classificar a boemia como comportamento de vadiagem. Talvez porque os espaços frequentados pelos boêmios sejam, de certa forma, considerados locais onde as pessoas se libertam da obrigação de estar rigorosamente enquadrados ao que definem as regras sociais.
O esforço maior tem que ser o de não nos colocarmos como vítimas, em hipótese alguma. Por maior que seja a dor emocional que esteja nos abatendo. Expectativas frustradas costumam causar decepções, angústias e inconformismo. Ficamos procurando explicações para a ocorrência que nos surpreende. Aquele sentimento de injustiça que não quer nos desgarrar.
O livre arbítrio é um tema bastante polêmico. Tem sido objeto de discussão e estudos por parte de pensadores e filósofos, tanto na concepção teológica quanto na visão ateísta. O debate suscita a pergunta: o livre arbítrio é um mito? Ou é uma faculdade que foi concedida por Deus aos seres humanos?
Quando não existia tv, nossa referência como programa noticioso era o Repórter Esso. Foi o primeiro noticiário do rádio jornalismo brasileiro. Era patrocinado por uma empresa norte-americana chamada Standard Oil Company of Brazil, conhecida como Esso. Seu slogan era: “o primeiro a dar as últimas e testemunha ocular da História”. Sua primeira transmissão aconteceu pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, em 1941, fazendo a cobertura da Segunda Guerra Mundial. A proposta era exatamente fazer para nós brasileiros a propaganda daquele conflito bélico em favor dos Estados Unidos. Sua última apresentação ocorreu em 1968.
O egoísmo que excede limites é um distúrbio de atitudes que altera a personalidade. É quando se manifesta de forma que o indivíduo não mede esforços para conseguir o que quer, mesmo em detrimento de outros. As pessoas que assim se comportam são frias, sem sentimento, sedutoras. Nunca apresentam remorsos ou se sentem culpadas pelo mal que possam ter causado a alguém. Mas conseguem disfarçar seu “lado negro”.
Com certeza nossos netos e muitos dos nossos filhos não saberão responder a essa pergunta. Para eles é inimaginável entender como poderíamos ficar sem essa comunicação em tempo real que a internet nos proporciona através dos aparelhos celulares. Devem concluir que estávamos num atraso grande, sem a possibilidade de acompanharmos as notícias na hora em que elas aconteciam, passando dias ou meses para receber uma comunicação de quem estava distante, tendo dificuldades em tirar dúvidas já que não havia o “google. No meu tempo a única forma de se comunicar com outra pessoa com rapidez era através do telefone fixo e mais tarde pelo “orelhão”, telefones públicos colocados ao dispor da população. Para saber o numero do telefone de um amigo era preciso consultar o catálogo que as empresas de telefonia imprimiam a cada ano ou guardá-los na memória.
Essa frase não é minha, foi proclamada pelo filósofo Sócrates, mas expressa uma grande verdade. Ninguém pode se considerar uma pessoa com sabedoria se não for alguém que se dedique à refletir sobre a vida. Viver constantemente interrogando a si mesmo é condição primeira para se alcançar o conhecimento profundo das coisas. Já dizia Coralina que “o saber se aprende com os mestres, e a sabedoria só com o corriqueiro da vida”.
Nas décadas de sessenta e setenta, tempo de minha juventude, nosso programa preferido nas tardes de domingo eram as matinês do Astrea. Os clubes sociais não haviam ainda caído em decadência. Eles eram, portanto, os espaços favoritos dos jovens.
Os padrões de comportamento ditados pela sociedade fazem com que nossas ações obedeçam regras estabelecidas, normas e procedimentos definidos por valores culturalmente aceitos. Isso nos inibe a fazer algo diferente, com receio de sermos mal interpretados ou objetos de censura. Fugir dos rótulos, quebrar paradigmas, romper com o convencional, pode ser compreendido como desobediência a princípios de formalidade, conduta social.
A violência à mulher é, sem qualquer dúvida, consequência do machismo que ainda perdura na nossa sociedade. Continua na cabeça de muitos homens a ideia de que a mulher é sexo frágil e que podem fazer dela sua propriedade. Consideram-se em nível de superioridade e não aceitam facilmente a independência que elas vêm conquistando ao longo do tempo. As marcas do ciúme e do preconceito são promotoras dos atos de violência, sejam verbais, ou físicas, praticados contra elas.
Seria hipocrisia negar a importância do dinheiro em nosso dia a dia. Através dele conseguimos melhorar a qualidade de vida. O problema é quando ele, equivocadamente, é visto como único promotor da felicidade, ou quando nos oferece a ilusão de superioridade. Passamos a vê-lo não como uma necessidade natural de viver bem, mas como uma obsessiva vontade de querer ficar rico.