Alguns têm interesse em algo como "ficar no topo" ou "entrar para a história", através de um ato frequente ou quem sabe extremo, como o fez Heróstrato em 21 de julho de 356 a.C.
As redes sociais podem cimentar muitos empoderados de diversas origens ao mesmo tempo. Basta que seus atos se expressem com tamanho vul...
As Noites Brancas
Alguns têm interesse em algo como "ficar no topo" ou "entrar para a história", através de um ato frequente ou quem sabe extremo, como o fez Heróstrato em 21 de julho de 356 a.C.
Aos poucos estão trocando o piso das calçadas de Vitória; novas normas para tornar mais seguro o dia a dia dos pedestres. Podem achar ...
A leveza da queda
Podem achar estranho, mas não me atraem calçadas regulares. Os buracos, as irregularidades e os desníveis me servem como camuflagem do relógio do tempo, como um sinal de que mantenho momentos de distanciamento, de contemplação, de ausência.
FOLHA AO VENTO Sinto-me como folha ao vento, Folha amarelecida pelo tempo, Que ousou brincar de primavera Em pleno out...
Sou folha ao vento
Sinto-me como folha ao vento, Folha amarelecida pelo tempo, Que ousou brincar de primavera Em pleno outono da existência. E o vento me leva Ao sabor da sua vontade, E me deixo guiar, Por sonhos e saudade. Sou folha ao vento, Procurando uma brisa favorável, Que me guie para campos floridos, Para noites estreladas. Sou folha que busca o viço Que quem sabe caindo em fértil coração, Sem posse, sem ilusão,
Os intelectuais normalmente não andam junto de Deus. Compreende-se. É a força da razão, da racionalidade, do ver-para-crer. É como se...
Deus, Gilberto Freyre, Hildeberto e outros mais
Logo que o juiz se assentar, tudo o que está oculto, aparecerá: nada ficará impune. O que eu, pobrezinho, poderei dizer? Mozart , Requ...
Testamento, pluma e galáxia
Mozart, Requiem em ré menor (K. 626). Tuba Mirum.
“Quando o anjo da morte lhe cobrir com seu sudário, sua vida não terá sentido se você não tiver feito algum bem na terra". Esta nota — que o pintor francês William-Adolphe Bouguereau anexou ao esboço de sua pintura Egalité devant la mort (Igualdade perante a morte) em 1848 – foi o primeiro pensamento que me ocorreu quando comecei a elaborar meu testamento esta semana.
Todos os sábados eu leio as crônicas do engenheiro Carlos Pereira de Carvalho, de quem sou leitor assíduo. Assim que recebo o meu ex...
Como eram gostosas as Semanas Santas
Assim que recebo o meu exemplar, o primeiro caderno que pego é o de Cultura. Lá na segunda página me deleito com os deliciosos passeios no passado em nossa cidade, promovidos por Carlos Pereira.
Geralmente ele escreve sobre o seu bairro de meninice e adolescência, Jaguaribe. Mesmo considerando a diferença de idade dele para mim, naquele tempo os anos passavam lentamente, e a vida nos bairros de João Pessoa, inclusive no Tambiá que eu morava, eram muito parecidas. O fato é que o seu tempo parecia-se muito com o meu tempo, mesmo anos depois, com pequenas diferenças.
Juca era uma dessas figuras ímpares, que surgem em grandes intervalos de tempo, como os cometas, era uma rara unanimidade, em nosso m...
O sorriso que nunca há de se apagar.
Sempre gentil, educado, cordato, sempre calado, do pouco falar e do muito fazer, Juca nos acolhia com o sorriso, de boca e olhos, como era o seu habitual. Não era de rir, mas o sorriso nos conquistava, por estar ali a prova indelével e inquestionável do acolhimento do amigo.
Acordei de madrugada com a notícia da passagem de Juca Pontes . Tive um choque na hora e não acreditei, saindo a perguntar a um monte ...
Ah, poeta, não foi bacana essa notícia!
Juca era um amigo muito bom, de todos que o conhecia. Nunca o vi falar mal de ninguém e ajudava quem podia. Era um dos nossos melhores poetas.
E também um dos melhores editores de livros que conheci.
No início de dezembro de 1634, os holandeses desembarcaram nas imediações da atual praia do Bessa, na expedição em que, após duas tenta...
Quando os holandeses tomaram conta da Paraíba
Ela trabalhava na pequena biblioteca da cidadezinha, e dividia essa atividade com uma rotina entediante e repetitiva. Tinha nome de sa...
A carta esquecida
Arrumando meus guardados, em mais uma mudança, me deparo com o cartão postal do fotógrafo Ricardo Peixoto. EU 100 anos - Aug...
O coração pulsante e outro Eu!
Sentada na cadeira como um diretor de cinema, solto a minha imaginação para assistir pedaços distantes da minha história. A cena mostra tudo cinza e embaralhado, imagens sobrepostas na memória. Foi assim que me senti com a morte do meu avô. Eu com 11 anos passando pela segunda maior separação da minha vida.
Sou do tempo em que, no Colégio Marista (1968-1973), levantávamos quando professores, diretores, autoridades entravam na sala de aula....
Três imagens dos professores no Cinema
Nos poemas longos de Augusto dos Anjos, o desafio de leitura se impõe, sendo muito maior do que o observado nos sonetos. É o caso de ...
“Na câmara promíscua do vitellus”
Já na primeira parte do poema, temos a dimensão do desconforto e da aflição do eu, no nojo expresso diante de uma humanidade violadora das leis da natureza. Trata-se de profundo asco por tudo que o homem, voltado para a materialidade lhe provoca. Nesse paroxismo aflitivo, ele chega a automutilar-se, revelando a situação de desequilíbrio em que se encontra (Parte I, estrofe 25, versos 97-100):
Leitores queridos, o saboroso assunto de hoje tem muito menos a ver com culinária do que com o nadismo, filosofia que sigo com sucesso...
Às vezes a felicidade tem preço
E eis que novamente temos a Semana Santa mostrando um Jesus traído, condenado, chicoteado, ensanguentado e, por fim, crucificado, no al...
Tirem Jesus da cruz!
Não sou versado nesses assuntos e, portanto, não sei se João estava lá. Sei, porém, da história por ele contada, lá se vão uns do...