Amor violado De repente o amor enlouqueceu correu para os braços do mundo, em uivos de paixão se contorceu, Se contorceu...

milfa araujo poesia paraibana estrela mar
 
 
 
Amor violado
De repente o amor enlouqueceu correu para os braços do mundo, em uivos de paixão se contorceu, Se contorceu feito lobo, acossado, massacrado, até quase morrer.

  Vento no porto O vento canta o mar com um assobio, deixa-se levar no desequilíbrio, segue nas vagas o prumo, balança na entrad...

vento noite poesia paraibana clovis roberto
 
Vento no porto
O vento canta o mar com um assobio, deixa-se levar no desequilíbrio, segue nas vagas o prumo, balança na entrada do sitiado porto. Feito vida assopra sem rumo, queima noturno, esfria soturno, agarra o ser, atira-se aos cascos, corrente que afoga, afaga, apoio.

Sinto falta da Rua da Aurora, no Recife. A parte que mais me agrada é a dos sobradões, quase no cruzamento com a Conde da Boa Vista. At...

recife nostalgia veneza brasileira
Sinto falta da Rua da Aurora, no Recife. A parte que mais me agrada é a dos sobradões, quase no cruzamento com a Conde da Boa Vista. Atravessa-se o Capibaribe e chega-se à Rua do Sol. A “Veneza Brasileira”, assim dita, tem nesse trecho seu maior significado.

POEMAS DO LIVRO “A arte do Zero” (Editora Arribaçã – 2021)   A terra é plana no avesso do Zero. O início O Zero já in...

jorge elias neto poesia capixaba espirito-santense

POEMAS DO LIVRO “A arte do Zero”
(Editora Arribaçã – 2021)


 
A terra é plana no avesso do Zero.

O início
O Zero já inscrito na imensidão, boca aberta aguardando o verbo ― trocou os dentes.


Para muitas pessoas, é banal, posto que diário e rotineiro, passar por uma padaria qualquer e levar alguns pães para casa. Mas não era...

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Para muitas pessoas, é banal, posto que diário e rotineiro, passar por uma padaria qualquer e levar alguns pães para casa. Mas não era banal para ele: era um ritual solene descer a Manuel Elias de Araújo, dobrar na Silva Jardim e seguir até a Santo Antonio, às 10 para as seis da tarde, para colher o pão da fornada das seis horas da tarde na mesma padaria, sua preferida.

Em tempos de rápidas mudanças e desafios crescentes, cultivar a paciência, a resignação e a resiliência se torna essencial para vivermo...

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Em tempos de rápidas mudanças e desafios crescentes, cultivar a paciência, a resignação e a resiliência se torna essencial para vivermos com serenidade e propósito. Essas virtudes nos oferecem uma base para enfrentar as adversidades com uma postura de aprendizado, fortalecendo nossa alma diante das dificuldades inevitáveis do caminho. Mais do que simples conceitos, elas são verdadeiras ferramentas para uma vida equilibrada e significativa.

Acordar não é apenas a transição do sono para a vigília, mas uma celebração da vida, um convite à reflexão e uma oportunidade de renova...

acordar gratidao otimismo
Acordar não é apenas a transição do sono para a vigília, mas uma celebração da vida, um convite à reflexão e uma oportunidade de renovação. Cada manhã é como um canvas em branco, pronto para ser preenchido com as cores vibrantes de nossas experiências, sonhos e realizações.

À memória de meu filho Cauê , que amava João Pessoa. Para iniciar esta conversa, a cidade em questão é essa nossa capital das acáci...

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À memória de meu filho Cauê, que amava João Pessoa.

Para iniciar esta conversa, a cidade em questão é essa nossa capital das acácias que já teve diversos nomes até chegar ao atual, João Pessoa. O assunto hoje é ela. Já de pronto, confesso que não aprecio muito cidade com nome de gente. Esclareço que não sou um liberal da velha estirpe e muito menos um perrepista juramentado. Portanto essa minha discordância quanto ao nome de registro (o de batismo foi outro)

O menino perambulava pela Rua da Areia, escutando o vento rodopiando pelas silenciosas artérias urbanas da cidade baixa, a cidade com...

O menino perambulava pela Rua da Areia, escutando o vento rodopiando pelas silenciosas artérias urbanas da cidade baixa, a cidade como um aglomerado de casas que começava no Rio Sanhauá para se perder logo depois da Lagoa, para as bandas de Tambiá, com uma fila de residência em direção à Rua das Trincheiras e arredores, que parecia mais um sítio. Tomás Santa Rosa carregava na pele os resquícios dos ancestrais africanos e os vivia sem a aparência dos lordes que frequentavam as melhores escolas.

Abrir um sorriso para morrer é contraditório a quê? A quem? Nascemos chorando. Ninguém estará mais à espera de um parto, talvez de um...

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Abrir um sorriso para morrer é contraditório a quê? A quem? Nascemos chorando. Ninguém estará mais à espera de um parto, talvez de um partir e, provavelmente, a espera maior será a minha. Ninguém passa pela vida sem desejar a morte. Ninguém chega à morte sem querer a vida – por mais que tenha dor. O sofrimento é a purgação de toda alegria. A espera dói e opera. Faz uma ópera desconcertada. O renascimento ocorre no agora. Uma descrente me fez crer melhor.

Talvez a pergunta que se deva fazer seja: como pode alguém se tornar um dos maiores poetas de todos os tempos com apenas 18 anos (sua o...

Talvez a pergunta que se deva fazer seja: como pode alguém se tornar um dos maiores poetas de todos os tempos com apenas 18 anos (sua obra prima Une Saison en Enfer foi lançada em 1873), consignar uma intensa militância poética por cinco anos em Paris, e, depois, abandonar tudo para se tornar, inclusive, traficante de armas na África, sobreviver a amputação de uma perna, para, enfim, sucumbir vítima de um câncer?

Neste conto, Mercedes Cavalcanti enfatiza com perícia a força redentora da paixão. ( Antonio Carlos Secchin ) Sua infância trans...

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Neste conto, Mercedes Cavalcanti enfatiza com perícia a força redentora da paixão.
(Antonio Carlos Secchin)

Sua infância transcorrera sossegada. Contudo, justamente à época em que começava a experimentar as intensas transformações no corpo e na alma, perdera o pai.

O diálogo com a tradição poética, como se sabe, não é novidade entre os autores modernos brasileiros. Muitos deles buscaram no...

guilherme de almeida canto poesia medievalista
O diálogo com a tradição poética, como se sabe, não é novidade entre os autores modernos brasileiros. Muitos deles buscaram no cultivo de moldes e temas medievais uma forma de dialogar com o passado. Além de cultivar o verso livre e os versos brancos, ligaram-se à tradição medieval através da poesia popular – a exemplo de Mário de Andrade e João Cabral de Melo Neto. Ou praticaram, seja a forma fixa dos romances, com o metro heptassilábico e o esquema invariável de rimas pares e assonantes, seja os temas, metros e procedimentos estruturais típicos das cantigas trovadorescas – conforme atestam as obras de Onestaldo de Pennafort, Manuel Bandeira e Guilherme de Almeida.

Já que a vida é uma condição de energia que busca energia, não deveremos sentir dor antes de tudo iniciar nem depois que ela passar...

pessoa pensativa
Já que a vida é uma condição de energia que busca energia, não deveremos sentir dor antes de tudo iniciar nem depois que ela passar.

Todas as adversidades, problemas e obstáculos que encontramos nos caminhos árduos de nossa estrada nos fortalecem. Um pontapé nos dentes pode ser a melhor

A psicopatia, o ódio e o poder constituem três conceitos que, quando inter-relacionados, geram uma preocupação vital para compreende...

odio poder psicopatia
A psicopatia, o ódio e o poder constituem três conceitos que, quando inter-relacionados, geram uma preocupação vital para compreender algumas das brutalidades das relações humanas, tanto no nível individual quanto no coletivo. Cada um deles representa forças que moldam comportamentos, estruturam sistemas sociais e causam consequências que vão desde o domínio político até tragédias pessoais e históricas.

Terra, para universo Terra, para universo Na escuta? Universo, para terra Universo, para terra Câmbio! Universo, estou mais uma vez ...

amor paixao clamor chamado
Terra, para universo Terra, para universo Na escuta? Universo, para terra Universo, para terra Câmbio!

Universo, estou mais uma vez aqui te pedindo para conspirar a meu favor.

Tu que estás na terra, mais uma vez, te respondo: sai da inércia, para que eu possa conspirar a teu favor. Se não tiveres a vontade pulsando em ti, nada poderei fazer.