Um dia desses, li este slogan em algum perfil de rede: “Dinheiro não compra classe”. Uma grande verdade que implica também em dizer que classe e educação nada têm a ver com aparência e nem com riqueza material. Aliás, não há perigo e desperdício maiores do que dinheiro na mão de gente mal-educada.
Algumas pessoas podem caprichar muito na aparência física, usar joias, roupas finas, mas, quando agem, se expressam e revelam o conteúdo das ideias, os verdadeiros gostos e afinidades, demonstram que a vestimenta “íntima”, aquela que reveste os sentimentos, está desalinhada e muito malpassada.
A aparência física é tão vulnerável como o conhecimento cultural, que também não produz pureza e bom caráter.
Raquel Cordeiro
Podemos também afirmar que é possível ser sofisticado, distinto, refinado, sem jamais perder a simplicidade, a pureza. É sempre bom lembrar da sabedoria do grande Leonardo Da Vinci que em apenas uma frase define tal virtude: "A simplicidade é o mais elevado nível de sofisticação".
Isso me faz lembrar de uma amiga chamada Júlia Lacet, que conhecemos nos anos 80, quando possuíamos um chalé na paradisíaca praia, Baía Formosa (RN),
ALCR
Passadas algumas semanas, no primeiro veraneio em que curtíamos a nova casa de Baía Formosa, Julinha me confidenciou, em tom gracioso, a respeito dessa imagem que lhe passaram de minha mãe. Que tinha ficado muito curiosa e, ao mesmo tempo, receosa, por vir a ter uma vizinha assim “grã-fina”, cheia de requifife, e sorriu de soslaio.
Mas, logo em seguida, me contou que todas as impressões que colecionou da nova vizinha, a partir do que lhe disseram e do próprio início da convivência, se desmoronaram quando se deparou com uma cena jamais imaginada.
GEarth
Naquele instante, nossa amiga concluiu: "Não foi essa a mulher que imaginei como vizinha". Esta Carmen pode ser folheada a ouro, mas, por dentro, é puro amor!