Ah, as mulheres... Quem vive sem elas? Todas nos têm sido necessárias desde que Adão perdeu uma costela. São, rigorosamente, o propósito e a essência da vida. Saímos dos seus ventres para seus cuidados e solicitudes. Dão-nos os seios, a alimentação, o colo e, quando crescidos, o amor e o carinho nos modos sem os quais não nos multiplicaríamos nesse mundão de Deus.
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Samanta. Você precisará de três ovos para este biscoito. Depois, de uma xícara com farinha de trigo, uma com água, quatro colheres com manteiga, uma com açúcar, uma pitada de sal. O preparo requer a mistura fervente de quase isso tudo. A farinha (peneirada) deve entrar aos poucos nessa fervura e deve ser constantemente mexida até que solte da panela. Os ovos entram com essa massa já morna, um a um. Você não tem saco de confeitar com bico de pitanga? Pois bem, trate de comprá-lo, se desejar rosquinhas de 3cm a 4cm. Samanta requer açúcar para polvilhar e fogo brando. Não me perguntem a origem do nome.
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Suzette. É nome de crepe que leva 200 gramas de farinha, 40 de açúcar, 20 de manteiga, três ovos, dois copos de leite, suco de laranja e um toque de Cointreau. Deve ser bem fino e
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Charlotte, dizem, ganhou fama na cama de Alexandre I, o czar russo que gostava dessa francesinha e a ela deu o nome da esposa, dona Carlota. É sobremesa com massa de bolo, palitos crocantes, cobertura com chocolate branco e morangos.
Pavlova não engana, é russa mesmo, tal como Anna, a bailarina, a exemplo de quem também fez-se meticulosa. É merengue com natas e frutas vermelhas. Claras bem batidas, minha gente, e quase duas horas de forno a 130 graus. Ninguém economize no chantilly nem esqueça da poeirinha de açúcar sobre os frutos.
Sara é esponja genovesa banhada em calda e doida por amêndoas, tal como a atriz Sarah Bernhardt, francesa de quatro costados. Tem base de pão de ló e creme de gema de ovo.
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Melba é sobremesa de pêssegos dedicada, na França, à soprano australiana Nellie Melba. Em 1984, a moça consumia isso com chantilly, creme de framboesa, sorvete de baunilha e amêndoas laminadas. Afinal, essas pessoas nada sabiam das nossas castanhas?
Ninguém pense que vou deixar o Brasil de fora. Logo eu que insisto nas castanhas para as sobremesas europeias? Eu, que busco informes e receitas na Internet para sujar pia, chão, fogão e panelas da cozinha onde me ponho como um macaco em loja de louças, no dizer da dona da casa?
Não, eu nunca iria esquecer nossa Maria Mole, o doce criado pelo paulistano Antonio Bergamo. Você não o fará sem claras em neve, açúcar, gelatina incolor e, para a cobertura, coco ralado.
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Não chamem este diabético para morder e engolir Maria Isabel, o arroz com carne de sol, cebola, alho, pimentão, cebolinha, coentro e pimenta do reino que inspirou o Festival Gastronômico de Teresina, no coração do Piauí. Os pratos doces já me matam. Evitemos, na medida do possível, os carboidratos. Então, esqueçamos, por ora, os pratos salgados, entre eles, as incríveis Margheritas. Está bem assim?