Eis uma imagem que perdura na minha lembrança. Demoliram o antigo prédio do tradicional jornal mas ele continua presente dentro de mim. E chegou a vez de evocar aquele poema de Manuel Bandeira – Última Canção do Beco – em que há uns versos assim:
Memória Para escrever o presente texto não precisei ir ao arquivo de jornais, livros e documentos. Bastou o arquivo da memória, onde...
A União: memória e eternidade
Eis uma imagem que perdura na minha lembrança. Demoliram o antigo prédio do tradicional jornal mas ele continua presente dentro de mim. E chegou a vez de evocar aquele poema de Manuel Bandeira – Última Canção do Beco – em que há uns versos assim:
O cientista e evolucionista alemão Ernst Haeckel, no livro Os enigmas do universo (tradução de Camille Bos. Paris: Librairie C. Reinw...
Vida: nascimento e renascimento
A abóbada celeste já estava ali, a olhos vistos. Não a cúpula que ostenta os céus ao redor da Terra, bem acima dela, mas o monumental t...
'Parece que estou no céu...'
O hino “Vem, Espírito Criador” explode com o órgão, a grande orquestra, os quatro corais, dando início à “Sinfonia dos Mil”, como é conhecida a 8ª sinfonia de Gustav Mahler. A plateia, calada por dentro e gritando na alma, entra em sintonia com a mensagem:
O texto que publico a seguir foi escrito há quatro anos por minha bela e muito amada filha. Nada mais atual: ...
Premonição
Me formei em direito. Cursei Letras. Pós em tradução jurídica pela PUC e tradução pela USP (tomando inclusive vagas de sulistas no processo seletivo). Pós também em gastronomia, mais exatamente Cozinheira Chef Internacional. Teatro e TV também fazem parte de minha formação.
Sei dirigir carro mecânico. Sou ótima com decoração. Faço terapia. Falo inglês com fluência. Me viro no francês e no espanhol e estou aprendendo japonês.
Sou espírita.
Viajei e viajo muito pelo Brasil. Morei na Inglaterra. Já viajei para Argentina, Paraguai, França, Irlanda, Escócia, EUA, Chile e Austrália. Portugal também, a passeio, para conhecer aqueles que um dia falaram de nós como hoje você fala de mim.
Leio pra caramba. Assisto a filmes até cansar os olhos. Tenho amigos gays, héteros, casados, solteiros, divorciados e até viúvos.
Ainda assim, nada disso me define.
Como nada disso definiria você. E, mesmo que definisse, eu te respeitaria.
Porém é sua opinião pequena que a define, uma atitude diz mais sobre quem você é, e qual o tipo de caráter que você tem, do que sobre seus supostos julgados.
Soberba é pecado. Racismo é crime. Arrogância é feio.
Você acaba sendo pequeno.
Graças a Deus tenho fé na humanidade e esperança de que você evolua.
Negros já foram execrados, assim como mulheres, assim como judeus, assim como homossexuais, assim como nós todos, brasileiros.
Seja sempre bem-vindo ao meu Nordeste; lindo, hospitaleiro e misericordioso. Espero, pelo bem do Brasil, que ele não fique independente, porque senão, você, racista preconceituoso, estará perdido!"
Acho que acontece a todo mundo. Muitas vezes, a gente sai da cama com umas saudades esquisitas. E a coisa se agrava na marcha irrefreáv...
Saudade do Pafúncio
Sempre me senti no vácuo em relação ao Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo. Em 1946/47, quando, nos meus 13 anos o surpreend...
Sobre Gratuliano Brito
Olhando o espelho retrovisor de tempos vividos, muitas vezes nos surpreendemos com lembranças que nos contam acontecimentos até de muit...
Universitários em Guerra
Nos investíamos das muitas indulgências que a cidade nos concedia, como universitários.
No último dia 10 de novembro, dentro da Programação do 2° Festival de Arte e Cultura do IFPB , a referida instituição, por meio da Pró-...
Memórias, homenagens e reconhecimentos
Para definir a situação atual do País, recordo uma assertiva de Dom Marcelo Carvalheira de vinte anos atrás, quando nosso arcebispo em...
Em defesa dos esquecidos
As palavras “guerra civil” sempre estiveram na minha mente como algo pernicioso à dignidade humana, porque escutava meu pai conversar sobre isso quando me colocava perto do balcão na bodega, em nossa casa.
Dois jovens brancos, skinheads, atiram uma mulher Rume no rio Elba, a uma temperatura abaixo de zero. A mulher é milagrosamente salva ...
Uma cigana alemã
Em meio à caminhada pela estrada canavieira recheada de chuva intermitente, risos aventureiros e lama contínua, percebo que é um novemb...
Em novembro
Há muito tempo não uso relógio. E fui daqueles que tinha relógios coloridos que mudava de pulseira como quem muda de horas. Depois, vi...
O tempo está dentro de nós
Depois, vi que o tempo está dentro de nós. Assim como o sol que viola a janela de meu quarto nessa manhã virótica.
Às vezes, acho que meu relógio do tempo está sempre sendo reiniciado do zero. Como em um filme a que assisti (já faz tempo) e não lembro o nome.
Outro dia coloquei aqui um poema de Cassiano Ricardo sobre o relógio, poema este que gosto muito:
Diante de coisa tão doida Conservemo-nos serenos Cada minuto da vida Nunca é mais, é sempre menos Ser é apenas uma face Do não ser, e não do ser Desde o instante em que se nasce Já se começa a morrer
Curioso que nunca fui muito de venerar relógios.
Quando era guri, queria ter um, porque a gente sempre quer o mundo adulto quando estamos pequenos.
Então, como os demais meninos da rua, costumava desenhar a lápis um relógio em meu braço esquerdo (aliás, nunca entendi porque só se usava relógio em braço esquerdo).
Depois, viraram moda uns relógios coloridos, com as pulseiras de cores diferentes.
A gente comprava um e ele vinha com várias pulseiras de cores diferentes, lembram?
Eu tive um bicho desses, não sei se foi comprado ou se ganhei. Parei de usar relógio depois que comprei meu primeiro celular.
Àquela altura, já usava o relógio apenas para ver as horas, e não mais para enfeitar minha vaidade.
Como o celular já tem a hora na tela, preferi parar de usar relógio. Mas o poema de Cassiano Ricardo guardo comigo até hoje.
Afinal, “cada minuto da vida/ nunca é mais, é sempre menos”...
Segundo pesquisa recente feita na Inglaterra, os homens preferem o futebol ao sexo. Entre pernas cabeludas correndo num campo e pernas ...
Homens e futebol
Isso deixa intrigados sexólogos, antropólogos e terapeutas comportamentais, que não conseguem entender como se pode trocar, por exemplo, um orgasmo por um grito de gol. Ou os pequenos carinhos
Reconstruir uma história familiar pode levar décadas, ou milênios como alguns povos estão tentando em regiões nem tão inóspitas como im...
Sociabilidade contemporânea
Ontem pela manhã descubro que brotaram cogumelos na plantinha do meu banheiro. À tarde se abriram gloriosos, à noite começaram a murch...
O que me assusta é não conseguir sentir a velhice
Paradoxo da vida. Amanhecer e morrer durante vinte e quatro horas.
Conosco não é diferente. Cheguei aos sessenta anos questionando o que virá. Estou no penúltimo ciclo do cogumelo… começando a murchar?
Ela nunca tocara tão bem até então. O artista sabe. Sempre. Quando se sai bem e quando não. Quando se sai mais ou menos também. O artis...