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Num recanto bonito do Brasil, Sorri a minha terra amada... Onde o azul do céu É mais cor de anil… (Meu Sublime Torrão (1937), compos...

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Num recanto bonito do Brasil, Sorri a minha terra amada... Onde o azul do céu É mais cor de anil… (Meu Sublime Torrão (1937), composição de Genival Macedo)

Em um desses domingos já ensolarados, mas ainda sem o calor do sol tão quente embora mais gentil, como bem lembra Genival Macedo, em sua composição Meu sublime torrão, gravado originalmente pelo autor e apresentado na inauguração da Rádio Tabajara, no ano de 1937, como registram alguns historiadores.

Cumprido o preceito católico da missa dominical, vi-me, na companhia dileta daquela que adoça minha vida há tanto tempo, a circular pela Cidade das Acácias, no “rumo da venta”, hábito que adquiri quando recebi autorização paterna para comprar uma bicicleta Phillips, aro 28 (modelo já de adulto), para meu uso diverso, que ia do cumprimento de missões domésticas ao lazer descompromissado.

Olhando o espelho retrovisor de tempos vividos, muitas vezes nos surpreendemos com lembranças que nos contam acontecimentos até de muit...

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Olhando o espelho retrovisor de tempos vividos, muitas vezes nos surpreendemos com lembranças que nos contam acontecimentos até de muita alegria, vividas naquela época, notadamente quando exibíamos a primeira grande conquista da vida, que era o ingresso na Universidade da Paraíba.

Nos investíamos das muitas indulgências que a cidade nos concedia, como universitários.

Aujourd’hui, dans nos sociétés évoluées, le loisir est une réalité familière. Joffre Dumazedier (in Vers une civilization du Loisir , ...

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Aujourd’hui, dans nos sociétés évoluées, le loisir est une réalité familière.
Joffre Dumazedier (in Vers une civilization du Loisir, Éditions du Seil, Paris, 1962)

Nos finais dos anos '50 (século passado), a civilização ocidental — curadas as feridas decorrentes da Segunda Grande Guerra — ingressou em uma nova era econômica, de elevada produtividade, com uma consequente melhoria de ganhos salariais e um aumento das horas disponíveis para um otium cum dignitate, a que considerável parcela da comunidade econômica de então chamou de “nova revolução industrial”.

“In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro todos serão famosos durante quinze minutos)” Andy Warhol , arti...

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“In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro todos serão famosos durante quinze minutos)”
Andy Warhol, artista multimídia norte-americano.
Embora nunca tenha gozado do prestígio que suas irmãs desfrutam nos diversos bairros onde se situam, houve uma noite em que a Praça 2 de Fevereiro foi à forra, ao reunir uma quase multidão, que marcou época.

Como era usual naqueles tempos, a Praça 2 de Fevereiro pagava o preço da solidão que lhe era imposto, em virtude de sua localização frente ao “campo santo” mais concorrido da cidade — o Cemitério do Senhor da Boa Sentença, posição esta que dava margem aos comentários populares que lhe atribuíam liames com o além,

Um velho Timbira, coberto de glória, Guardou a memória Do moço guerreiro, do velho Tupi! E à noite, nas tabas, se alguém duvidava Do qu...

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Um velho Timbira, coberto de glória, Guardou a memória Do moço guerreiro, do velho Tupi! E à noite, nas tabas, se alguém duvidava Do que ele contava, Dizia prudente: – “Meninos, eu vi!”
Décimo canto do poema épico I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias
Preso liminarmente em um desses dias de chuvas que nos atingiram nos últimos dias, preconizando a primavera que se avizinha, pus-me a imaginar como preencher esse dia. Terminei por empreender uma jornada de relembranças de tempos idos, percorrendo um itinerário, que embora não tendo o lirismo das lembranças do poeta Jomar Muniz de Brito, no seu Itinerário Lírico da Cidade de João Pessoa, me levou às ruas que marcaram a minha infância e parte da adolescência, revivendo

Há poucos dias, ao final de uma missa votiva pela mãe de um amigo fraterno, dirigi-me ao cantor que participara daquela celebração ...

Há poucos dias, ao final de uma missa votiva pela mãe de um amigo fraterno, dirigi-me ao cantor que participara daquela celebração para cumprimentá-lo pelo excelente desempenho, e, fui surpreendido com inesperadas manifestações de alegria dessa pessoa, a quem não reconheci de imediato, procedimento este que intimamente considerei uma desatenção imerecida, para com quem me recebia com tanta alegria.

Por indicação de um amigo comum, tomei-me de curiosidade e fui procurar nas redes sociais que hoje fazem parte de nosso dia-a-dia, a en...

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Por indicação de um amigo comum, tomei-me de curiosidade e fui procurar nas redes sociais que hoje fazem parte de nosso dia-a-dia, a entrevista que o engenheiro Paulo Bezerril Júnior, um dos muitos nordestinos migrados para o sul, dera, há pouco dias, a um site especializado que se edita em São Paulo, cidade que o acolheu e onde ele fez valer sua competência e capacidade de trabalho, tornando-se figura exponencial no meio profissional em que milita.

Leio, nas páginas do Abelardo Jurema, nota registrando a realização do festival do Bode Rei, nas terras do Roliúde Nordestino, criaçõ...

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Leio, nas páginas do Abelardo Jurema, nota registrando a realização do festival do Bode Rei, nas terras do Roliúde Nordestino, criações do espírito irrequieto do amigo que já se foi do nosso convívio, criações essas que nas mãos de quem verdadeiramente sabe o que é turismo canalizaria alentados grupos, no mínimo, para se deliciar das delícias culinárias produzidas com partes dos súditos desse monarca, cuja realeza, quem sabe, logo também será transformada, no gostoso picado, que o pernambucano chama de sarapatel, que tanto nos delicia.

Nestes dias chuvosos finalmente chegaram as chuvas para aliviar o calor quase senegalês que nos martirizou por um bom tempo, circulan...

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Nestes dias chuvosos finalmente chegaram as chuvas para aliviar o calor quase senegalês que nos martirizou por um bom tempo, circulando pela cidade molhada somos levados a dar crédito de verdade ao que dizia, tempos atrás, um companheiro de batente, ao afirmar que o asfalto de nossas ruas tinha base de “bolacha cream cracker”, apresentando aquela mesma propriedade que a mídia exalta em um leite em pó, “desmancha sem bater”.

O professor Cláudio José Lopes Rodrigues nos traz, em seu livro “Diário não diário", um registro do dia-a-dia que pode ser, com os...

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O professor Cláudio José Lopes Rodrigues nos traz, em seu livro “Diário não diário", um registro do dia-a-dia que pode ser, com os devidos ajustes, as imagens de uma vida bem vivida por qualquer um de nós, inseridos neste “mundo, mundo, vasto mundo [...]” do poeta Carlos Drummond de Andrade (Poema de sete faces, in Alguma poesia).

Começa seu depoimento, não depoimento, com o registro da angústia que decerto aflige autores/escritores desde seus primeiros passos na construção de uma obra literária, com seus “momentos fastidiosos, angustiantes e até constrangedores”,

Atazanando a memória eletrônica que se dispõe a substituir as falhas que a física já me apresenta, encontrei um recorte de jornal (ah! in...

Atazanando a memória eletrônica que se dispõe a substituir as falhas que a física já me apresenta, encontrei um recorte de jornal (ah! instrumento de tanta utilidade e que tanta falta nos faz, nos dias de hoje), em que, sob o título acima, do qual me apropriei indevidamente, o combativo jornalista Rubens Nóbrega (Correio da Paraíba, 20/Mar/2004) dá eco ao combate que os residentes e veranistas da praia do Jardim América, hoje Bairro do Bessa, empreenderam, para livrar a praia da invasão deletéria de bares e assemelhados que se verificava por ali.

“Sempre, às seis horas da manhã No Largo do Maracanã Eu ouço com emoção Uma mensagem que o sino Da igrejinha do Divino Dirige ao meu cora...

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“Sempre, às seis horas da manhã No Largo do Maracanã Eu ouço com emoção Uma mensagem que o sino Da igrejinha do Divino Dirige ao meu coração...”
A Deusa do MaracanãJaime Guilherme

Revisando notas e arquivos recolhidos a escaninhos de memória e outros repositórios, vez por outra encontro registros como este, que lança...

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Revisando notas e arquivos recolhidos a escaninhos de memória e outros repositórios, vez por outra encontro registros como este, que lançados, por razões diversas, no baú de esquecimentos, foram submetidas a uma hibernação da qual refluem em momentos impensados, como o que me trouxe, agora, esta recordação.

Zapeando pelas muitas páginas deste universo internetiano, encontro em um blog pernambucano – Jornal da Besta Fubana, artigo que me fez pe...

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Zapeando pelas muitas páginas deste universo internetiano, encontro em um blog pernambucano – Jornal da Besta Fubana, artigo que me fez pensar em outro tempo e comparar procedimentos daqui e de além.

Outro dia estava com meu amigo, num restaurante, e vimos um vinho daqueles bons e caros. O garçom, muito cortês, logo perguntou se quería...

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Outro dia estava com meu amigo, num restaurante, e vimos um vinho daqueles bons e caros. O garçom, muito cortês, logo perguntou se queríamos aquela safra para acompanhar o pedido. Meu amigo, sem pensar duas vezes, disse: “mete o saca-rolha”.

Depois de dar boas risadas com a expressão, ele me contou que a frase servia para a vida; que tempos atrás havia perdido um grande amigo possuidor de uma grande adega com vinhos caríssimos, e os deixava lá, sem abrir.