TEOREMA tudo passa tudo sai de cena gente bicho tema nem sempre é eterno o que cabe no poema às vezes é só uma sede extrema C...

Degraus

poesia paraibana lau siqueira
  • TEOREMA tudo passa tudo sai de cena gente bicho tema nem sempre é eterno o que cabe no poema às vezes é só uma sede extrema
  • CORAGEM
    viver é voar além do ninho no sopro do abismo no olho do redemoinho
  • FILOSOFREE dialogar com o vento mesmo sem ar eu tento
  • BLINDAGEM vivo neste redemoinho como um cogumelo de ondas invisíveis sobre a areia um nada que se avoluma cada vez que domino a palavra como amante que permanece esguio diante do amor começo a tecer meus risos como rios que em mim permanecem cálidos e recorrentes uma vez vencido sou outro
  • LARANJA MECÂNICA às vezes me desespero e cometo absurdos às vezes simplesmente fico mudo não sei de onde vim nem porque assim me desnudo
  • AGOSTO tu me afrontas eu te acolho vivo à flor da pele não olho por olho
  • DO ACASO E SUAS DELÍCIAS essa sensação que a porta vai abrir e que o seu abraço derramado no meu abraço derramado vai molhar o piso
  • DEGRAU a vida nunca é qualquer preço esse estranho infinito do meio do fim do avesso do que termina já no começo
  • CONDIÇÃO PERENE nas cheias o rio comanda o espetáculo e as margens são apenas degraus para o leito mais fundo nas secas o rio é a margem
  • POEMAS NOTURNOS as folhas do coqueiro não dormem balançam o sono do quintal
  • EMBOSCADA os ombros arqueados nos ritos do horizonte aguaceiros colhidos do sereno e a vida cumprida aos talhos na pele descarnada do tempo

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