Os sábios tratados aqui merecem o cedilha que, como todos vocês estão carecas de saber, é um sinal diacrítico.
Começo com a história de um comerciante que estacionou seu caminhão carregado de melancias à margem da BR 230 e colocou uma enorme faixa oferecendo seu produto: “1 melancia; 3 reais. 3 melancias; 10 reais”. Os clientes achavam engraçado e compravam as melancias uma a uma, ao invés de comprar três de uma vez, porque aproveitavam-se da ingenuidade do vendedor e economizavam um real.
Começo com a história de um comerciante que estacionou seu caminhão carregado de melancias à margem da BR 230 e colocou uma enorme faixa oferecendo seu produto: “1 melancia; 3 reais. 3 melancias; 10 reais”. Os clientes achavam engraçado e compravam as melancias uma a uma, ao invés de comprar três de uma vez, porque aproveitavam-se da ingenuidade do vendedor e economizavam um real.
Celyn Kang
Me contaram que chegou aqui (e já lá se vão muitos anos) um bem vestido e bem falante senhor que apresentou-se a alguns dos mais destacados empresários prometendo reduzir o que eles recolhiam mensalmente aos cofres públicos federais em 70% à custa de amizades influentes que mantinha em Brasília. Todos toparam. Igualmente todos demonstraram a mesma çabedoria quando foram acertar o que pagariam ao bacana pelos seus serviços.
A pedida dele era 20% sobre o que deixassem de pagar. Espezinharam o pobre coitado e conseguiram baixar para 2% a sua comissão. Acuado, ele topou. E daí em diante,
Celyn Kang
Lembro de Nasrudin quando mendigava numa rua turca e recusava todas as moedas de grande valor que lhe davam de esmola. Só aceitava as de pequeno valor. Os locais faziam fila para gozar da bobagem dele, dando-lhe seus trocados. Até que um dia alguém lhe perguntou o porquê. “- Se eu aceitasse moedas grandes seria só mais um mendigo, logo esquecido. Na minha loucura faturo cem vezes mais do que qualquer outro pedinte da cidade”. É a çabedoria dos çábios, que vez por outra engole o dono.