Como sempre, iluminado pelo Espírito Santo, estava em meu gabinete de trabalho logo cedo, pela manhã. Como de costume, predominavam o reflexivo e o contemplativo, e me vieram à mente algumas divagações filosóficas sobre a valorização do nosso ser e do nosso agir ao longo de nossa existência.
Sendo assim, meus caríssimos leitores, cheguei à conclusão de que a fonte inesgotável da filosofia está em responder aos apelos da alma. É procurar compreender o sentido de nossas dores, medos e, assim, nos libertar de sua influência.
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É verdade: não há nenhum sentido aparente e óbvio para nossa vida. A crueldade, a maledicência, a injustiça, a inveja, o desconforto físico, as doenças, os aborrecimentos do dia a dia e os transtornos — grandes e pequenos — são fatos comuns de todos os dias. Então, o que fazer a respeito? Como podemos viver vidas dignas, apesar da dor e do sofrimento no mundo exterior e da instabilidade de nossas emoções?
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Quando a alma grita seu apelo, é sinal de que chegamos a um estágio necessário e maduro de reflexão sobre nós mesmos. O segredo não é ficar bloqueado nesse ponto, perturbado, torcendo as mãos, mas o contrário: devemos ir em frente, decididos a curar a própria vida.
O que os conceitos filosóficos pedem é uma opção pela coragem. Seu remédio é expor, sem hesitar, de forma inflexível e obstinada, as premissas falsas e enganadoras sobre as quais, inexoravelmente, tendemos a basear nossas vidas e nossa identidade.