Sobre a luz E abaixo dela O tempo Tempestade Arco-íris E as promessas A dor de ser Respostas E ainda assim ser

Além dos olhos, dentro da alma

antonio aurelio cassiano poesia paraibana
 
 
 
Sobre a luz E abaixo dela O tempo Tempestade Arco-íris E as promessas A dor de ser Respostas E ainda assim ser Tocar o que cabe No desejo E desenhar no esquecimento Levantar na dor Resistir e insistir em Viver Viver o que é negado O que não tem preço E ainda assim ser Não há mais tempo Para contar o passado É hora de ir





Já vejo a Dobra Da esquina Talvez, após ela, Esteja outra história, como Tantos outros eus! Dobrar a curva Mudar de calçada Ou ser obrigado a viver na mesma direção É como arrudiar Os dias Que nascem e morrem Mas não o fazem em si sós Arrastam vidas Fazem partos e funerais É a História De cada um deles Que conta das dores e alegrias... Só a arte Abstrai E pinta tantos abismos As tintas envelhecem Como os homens Em seus dourados caixões E as noites enluaradas Exibindo o cinturão de Órion Nos fazem sentir importantes Nós somos, sim, E ninguém há de negar Até que a transformação seja





Sou errante Não por moda Ou rebeldia Mas pelas Tortuosidades Dos caminhos Sou inclinada Às coisas Belas, Aquelas que Normalmente Ficam às margens dos caminhos Eu sou dos ninhos Dos pássaros, Das casas das aranhas, Dos mimos Aos felinos E das dores Eu dou a cor Que desbota, Porque também é lindo Perder o brilho E enxergar outros vazios Enquanto o sol se move Eu moro No invisível Do amor, Mas também na explosão Das matizes quando há dor Além dos olhos, Dentro da alma, Há cor, E entre elas e por elas Sou eu que as revelo Eu sou a luz





Estou nas nuvens, Papai. O sol do lado De cá é vermelho E parece um coração Busco as causas Sem saber das coisas, Mas sinto um pulsar Que vem de fora, Vem das estrelas Meu corpo vibra Lilás E não há dor, Mas sei da morte Dos universos Dentro de mim Pai, O que és? És o mergulho que faço em mim? Se sim, Cordilheiras de amor, Água salgada e dor.

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