Na infância, a gente acredita que amigo é para todas as horas.
Talvez porque, na juventude, estudamos juntos, passamos boa parte do tempo lado a lado e crescemos com essa filosofia. Mas, com o tempo, percebemos que não dá pra carregar isso como uma verdade absoluta.
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Há amigos que são ótimos para sair para um barzinho, mas que não são tão legais para ir às compras ou assistir a um filme de boa.
Eu, por exemplo, sou um bom amigo para ouvir, aconselhar, ir a um museu, ou teatro — mas talvez não fosse um bom companheiro para dividir apartamento. Gosto da casa do meu jeito, do meu silêncio, da minha independência, entende?
Além disso, não entendo nada de futebol nem de peças de carro, então não seria a melhor companhia para quem gosta desse tipo de papo.
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A pessoa é super gente boa quando está ao nosso lado, mas, se não curte nossas fotos ou cancela passeios, logo pensamos: “ah, está muito antissocial, vou me afastar, excluir do grupo, deixar de seguir ”. Mas precisa tudo isso mesmo? E nas outras áreas em que ela é legal, divertida e presente? Não seriam apenas arestas passiveis de serem ignoradas?
Não falo aqui daqueles que não se importam, que não demonstram atenção ou afeto — falo dos que simplesmente têm jeitos diferentes. Até nós mesmos não gostamos de tudo e não queremos mudar nossa personalidade.
Costumo dizer que a amizade ideal é aquela que está presente na dor ou na alegria — ou, pelo menos, em uma das duas.
Agora, quando não está nem na alegria... aí, realmente, complica.
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O importante é valorizar o que cada um tem de melhor a oferecer — sem cobranças, sem exigências. Porque amizade boa é aquela que respeita o jeito de ser de cada um, e ainda assim encontra um momento de permanecer.






















