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F ui arrumar os livros na minha biblioteca, esta manhã, e um deles achou de cair em minhas mãos. E que livro era? Um livro do meu amigo, Oni...

Fui arrumar os livros na minha biblioteca, esta manhã, e um deles achou de cair em minhas mãos. E que livro era? Um livro do meu amigo, Onildo Farias, hoje na Espiritualidade, decerto, dando lições aos anjos.

Disse bem, anjo. Excelente pai de família, não menos excelente esposo, o meu amigo Onildo, magistrado íntegro, foi um homem que só teve um defeito: Não tinha defeito.

Fui promotor de Areia e ele juiz de Alagoa Grande. A gente se dava muito bem. Onildo teve uma esposa dedicadíssima, a Terezinha, que o compreendeu como ninguém, Foi mãe, esposa e filha do nosso jamais esquecido Onildo. Sei que ele está muito mais vivo do que era.

Voltando à queda do livro, será que o meu grande amigo e mestre quis me visitar?... Estou com a pulga atrás da orelha. Meu pai, espírita até os ossos, dizia que quando uma pessoa fica pensando muito em outra é porque deseja sintonizar com ela.

Retornando a Onildo, nunca o vi zangado. Que me diz Terezinha? E depois que ele se aposentou, deu para escrever livros, que valem por excelentes documentários da vida.

No plano que estou, nada posso fazer para o meu excelente e incomparável, a não ser enviar-lhe as boas vibrações de uma oração.

Nunca indaguei sobre a religião de Onildo. Só sei que a verdadeira religião é a conduta da pessoa. Um ateu caridoso é melhor do que um religioso hipócrita.

Terezinha, esta crônica não é para você chorar, mas para dar aquelas belas risadas. Nunca mais esqueci daquela visita que fiz em sua casa. Uma visita terapêutica. E a presença de Onildo iluminava o ambiente...

E novamente a interrogação: Será que foi o espírito do meu amigo que esteve na minha biblioteca? Que ele repita a visita.

G ostei de me reencontrar com o meu amigo Wilson Farias, procurador, globe-trotter dos melhores, que já pisou muito chão estrangeiro pelo mu...

Gostei de me reencontrar com o meu amigo Wilson Farias, procurador, globe-trotter dos melhores, que já pisou muito chão estrangeiro pelo mundo afora, e de onde sempre me mandou belos cartões postais, hoje residindo em Copacabana. Mas, vez por outra, Wilson está aterrissando na terrinha para visitar os familiares e amigos, a começar pelo seu irmão desembargador Onildo Farias e a cunhada Terezinha, ambos formando o casal mais distinto e feliz do mundo.

Logo que recebi o seu telefonema, reservei o fim da tarde da última quinta-feira para lhe fazer uma visita. E foi uma grande alegria rever Wilson, agora ostentando, com muito orgulho, uma elegante cabeleira branca. Na ocasião, batemos um agradável papo, sob a carinhosa hospitalidade do casal anfitrião, a que não faltou um delicioso lanche.

Acontece que a alegria desse reencontro veio acompanhada de tristeza. Informou-me Wilson o recente falecimento do mestre Mauro Coelho, magistrado federal, ex-professor do velho Lyceu Paraibano, onde ensinava com muito humor, amor e cultura, a História do Brasil.

Mauro Coelho, se não estou equivocado, era tio do desembargador do trabalho, meu amigo e ex-colega Carlos Coelho, atual presidente da nossa Corte Trabalhista.

Voltando a Mauro, diante dele, tenho certeza que o filósofo grego Diógenes, que andava em plena luz do dia, de lanterna em punho, à procura de um homem honesto, apagaria e guardaria a sua lâmpada ao encontrá-lo. E diga-se de passagem que o nosso amigo Onildo, seu irmão, não fica atrás.

Feliz daquele que sai deste mundo levando consigo o céu da consciência tranquila, isenta de remorsos e ressentimentos. É o caso de Mauro Coelho, cuja vida foi um exemplo de dignidade e bom caráter, seja como magistrado, seja como chefe de família.

Lembro-me dele com muita fidelidade, um homem profundamente religioso. Seu espírito está em paz pela vida exemplar que levou, aqui no mundo. Uma vida que foi uma lição para todos nós.