Desperdiçar os pés Por estradas já Sabidas Sussurrar Ao mesmo vento E aplacar o que poderia ser luz Não é mais se diz...

O velejar da amizade

antonio aurelio cassiano poesia paraibana
 
 
 
Desperdiçar os pés Por estradas já Sabidas Sussurrar Ao mesmo vento E aplacar o que poderia ser luz Não é mais se dizer No desencontro Mas sorrir porque não foi E o cosmo continua Ainda que uma pequena dor Insista Porque é da natureza Do amor A dor, as estrelas e a lua



Um homem que crê Que é mortal É mais humano Um homem que respeita a morte É muito mais humano E dorme de bruços Um homem de meias na madrugada Respeita seus pés E os protege do frio Um homem que tem amor Só por ter Compreende tudo isso



Do olhar capto Mais que figuras, Luz ou paisagens Do olhar também capto A escuridão Cravejada de estrelas, O silêncio do nada A amplidão Do apenas ser E o saber que vê É mais que olhos E está além das cores Do olhar capto flores, O opaco de dores e brilhos, Alegrias dobrando esquinas Já cego, A sina Das ilusões A seta e a rota, A semente morta, E a amplidão de nada ser sem olhar



Para Dione, que conheci numa noite de pura poesia,
feita pelas mãos mágicas de Davi e Germano Romero:

Eis que o braço Se me dá de alegria E ela diz meu nome Quanto a mim, Um mar Buscando um cais Abraço o braço E se nos rimos Do primeiro encontro Noite de poesia, Vinho, Novas veredas de amizade E eis que, Eu, mar, Mergulho em alegrias Onde andava Dione? Certamente de onde Eu ainda não via Agora, de velas latinas ao vento, Inventamos, face a face, O velejar da amizade Muitos ainda Serão os portos Que nos esperam

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