Ah, querido Diógenes escolheste um tonel por moradia alguns trapos como vestimenta parcimônia com alimentos mas tinhas f...

Ah, querido Diógenes

poesia paraibana vania farias castro
 
 
 
Ah, querido Diógenes
escolheste um tonel por moradia alguns trapos como vestimenta parcimônia com alimentos mas tinhas força e energia pra falar questionar os poderosos procurar ao meio dia homem com uma vela acesa clarear Já conhecias as armadilhas do poder sa hediondez de um ego adoecido e se tinhas um tonel como abrigo era por opção e por prazer… Mas e estes que aqui moram? sobrevivem dos restos dos abastados não tem casa, nem sonhos nem bocado garantido para seus filhos, seus irmãos Falta força para luta e pro combate combater a fome é tarefa árdua e cansativa imaginar que a companheira adormecida na marquise fora assassinada por homens "sãos" São os exitosos de hoje em dia matam apenas por entretenimento não suportam ouvir os lamentos de outros homens, abandonados a dura solidão… São ególatras narcisistas homicidas em suas mentes a empatia não terá guarida Já vieram defeituosos de fabricação Têm dinheiro, poder e acesso à escola mas não conseguem abrir as mãos pra ajudar ou dar esmolas apenas apertar um gatilho ou detonar um canhão.
Olhos cegos vêem mais longe
Hoje te ouvi falar de amor de ternura e compaixão também de renúncia e perdão de como é belo caminhar dando as mãos a quem queremos mais que a própria vida quero voltar a te ver nesta estrada que me fales outra vez dos belos campos e de tuas plantações de margaridas… Quero outra vez, ouvir tua história de como amaste, da grande devoção ouvir-te cantar doce melodia dos que conheceram o amor um dia dos que viram o mundo pelo olhar do outro que não se faz necessário compreender nem entender o universo do mesmo basta apenas querer habitar este universo querer partilhar de suas maravilhas e dores, dúvidas, desejos irrealizados de separação e reconciliação das noites e dias de espera e da imensa alegria do retorno... Falaste-me que basta apenas confiar na visão do outro como o cego a ouvir a descrição de uma bela paisagem do êxtase sentido na presença de Kandinsk, Miró, Picasso, Monet, Frida e Mondrian de tantos outros mestres do passado tu não entendias e nem entendes de arte mas entendes de amar, e de como é importante ser feliz com a felicidade do ente amado de se extasiar com o êxtase do nosso amor. Falaste-me de como é divino ver pelos olhos do outro quando o mesmo possa viajar mais longe, e quiçá razer para nós, notícias de outras paragens do que viu e sentiu por lá do que viveu e sofreu e se alegrou, e se não formos felizes para sempre ue sejamos felizes para hoje!


Quando tentei reler minha história a cada página vívida, vi pulsar a alegria também esperança e coragem no enfrentamento de minhas próprias defecções Vi quedas e soerguimentos mãos com dedos em riste apontando e julgando até os erros não cometidos e jamais pensados... Os tão famosos espelhamentos. E mãos acolhedoras, recheadas de ternura tocando minhas feridas com o lenitivo do amor e compreensão. Vi ainda, cicatrizes das punhaladas do abandono e ingratidão das calúnias e chacotas, do desrespeito e desamor traições não faltaram, como sói ocorrer em muitas histórias já contadas Não sei quantas páginas ainda escreverei espero que entre as dores e fracassos abandonos e escárnios possa eu escrever ainda páginas de otimismo e esperança páginas coloridas, como o fizeram meus pequenos escrever bons exemplos, quiçá outros possam ler e aprender, prescindindo das experiências dolorosas escrever com respeito às leis morais da vida evitar o martelo das leis dos homens Cair é fácil, bastando apenas um passo em falso, desequilíbrio das emoções, o domínio da revolta insensata e da ira fumegante. Os dias estão difíceis, bem o sei a violência cresce, o egoísmo campeia a humanidade está perdida nas teias forjadas pelo consumo e êxito material pelo imediatismo e excessivo apego às sensações e aquisições efêmeras Mas quem sabe, em meio a esse vendaval de insanidade possa eu ter forças, para traçar linhas de conforto, soerguimento e teimosia no combate às assimetrias sociais eis que somos humanos, e temos sede e fome de justiça!

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