Vez por outra dou meus passeios na orla do Cabo Branco, pela manhã, e nessas ocasiões revejo amigos e conhecidos. Um deles – mais conhecido do que amigo – foi meu colega no Liceu Paraibano e tem uma curiosa particularidade: às vezes me cumprimenta, às vezes não.
O engenheiro e capitão italiano Agostino Ramelli (1531—1610) nasceu na comuna de Ponte Tresa, hoje um Cantão da Suíça. Ele viveu no ápice do Renascimento e foi inventor de inúmeros mecanismos para fins militares. Na França, ele criou a “obra” que lhe deu fama até o hoje, a “roda de livros”, que nada mais era do que uma estante de livros rotativa que lhe possibilitava ler, consultar e pesquisar várias obras sem precisar sair de sua cadeira.
Hoje eu quero paz de criança dormindo E abandono de flores se abrindo (Dolores Duran)
Final de ano, fico triste com as retrospectivas, principalmente com a lista enorrrrrme dos mortos – anônimos e famosos. Passa a vida na cabeça, os dias, e o tempo que resta. Sim, estou na fase das jabuticabas de que falou Rubem Alves, a conta é decrescente. Mas não penso nisso. A vida é hoje, mas a tristeza é real. Ainda mais que fico sabendo da morte do amigo de infância, Alexandre Carneiro, meu par nas quadrilhas juninas do final dos anos 60, e depois amigo das noitadas e turma de que já falei aqui semana passada. Tudo urgente.
Aficionada às artes, sempre gostei de visitar museus, sobretudo aqueles voltados para pintura, escultura e mobiliário antigo. Certa vez, em Bruges (Brugge), na Bélgica, tive a oportunidade de apreciar uma retrospectiva de um dos meus pintores prediletos: Paul Cézanne (1839-1906). Foi sorte rara ver reunida, em um só espaço, grande quantidade de obras do renomado artista. Cézanne, muitas vezes enquadrado entre os pós-impressionistas, abriu novos caminhos para a arte do
Conheci o doutor Nereu Santos nas lides forenses. Eu, na qualidade de procurador da UFPB, e ele, na de representante do Ministério Público Federal. Participamos juntos de algumas audiências na Justiça Federal, cada qual no desempenho de suas respectivas missões institucionais. Eu ainda relativamente jovem; ele já na chamada meia-idade, em plena maturidade pessoal e profissional. Mas ainda vigoroso e atuante, mesmo mantendo a serenidade e a fleuma de um verdadeiro cavalheiro inglês, que ele sempre foi, até o fim.
As mulheres sempre lutaram por seus direitos seja nos bastidores ou no protagonismo. Se, segundo Homero, uma mantinha sua Ítaca livre dos atacantes/pretendentes na ausência de Odisseu (na sua longa volta de Troia) lá do Gineceu tecendo tapeçarias sem fim, outras, guerreiras, Amazonas segundo o mesmo autor, ajudaram a cidade sitiada lutando corpo a corpo contra os gregos invasores que utilizaram Helena como desculpa para suas ambições territoriais. Penélope, Helena ou Pentesileia foram protagonistas à sua maneira. Entretanto, na divisão dos papéis dos corpos, coube aos homens o heroísmo,
A ESCRITA É UMA LIGA DE SANIDADE
Muitos diriam para não fazer
esses malabarismos de letras sem sentido
Diriam que a seta é a cura
para a obtusa tortuosidade do nômade
Mas buscar o visgo na ressurreição diária
faz lampejar os olhos
O Eu triturado renasce,
não sóbrio, pois a vida não permite
Germano Romero é arquiteto, cronista e... bacharel em música. Eu, que tantas vezes lhe passei mensagens parabenizando-o pelos textos nos jornais, principalmente sobre suas viagens mundo afora, já me dispunha a escrever sobre as obras arquitetônicas que tem criado na cidade, quando me deparei no Youtube com um programa Parada Obrigatória, seu, para a RCTV local e com o nome NOS CAMINHOS DE BACH.
Numa definição exígua, o poder consiste na capacidade de influenciar ou controlar o comportamento, as ações ou as decisões de outras pessoas ou grupos.
No âmbito político, ele foi considerado sob diferentes perspectivas, das mais idealistas às mais pragmáticas.
QUANDO EU MORRER
Quando eu morrer,
não me enterrem em cova rasa
- dispenso o canto dessa casa -.
Não me deixem só no cemitério,
nesse espaço lúgubre, deletério.
Quando eu morrer,
que o meu coração seja doado
e bata forte no peito de algum enamorado.
Que os meus olhos sirvam para alguém ver,
o que, displicente, não pude perceber.
“Ou de como um revoltado boticário ateou fogo a uma carroça que guardava em terreno atrás de sua farmácia”
Nicanor não era doutor coisa nenhuma, mas sim um prático de farmácia, que convenhamos, não ficava a dever para nenhum desses alquimistas de diploma na parede e anel no dedo.
Tinha uma clientela muito fiel, e seus negócios iam de vento em popa, em sua cidadezinha de pouco mais de três mil almas. Ali, de Emplastro Sabiá, vidros de Emulsão de Scott, até injeção de penicilina, era tudo com Doutor Nicanor, isso passando por frieiras, caspas, lombrigas, bico-de-papagaio, cobreiros, asmas, bronquites e outros males que acometem nossa gente nessas brenhas de mundo.
Carlos Dias Fernandes é mais comentado do que lido. Embora eu tenha tomado conhecimento da sua existência quando tinha 15 anos, assim que cheguei à Paraíba, somente agora parei para ler uma obra sua, que descobri por acaso, pesquisando sobre ele na internet.
Gosto de árvores. Simplesmente gosto de árvores. Seja pelo que elas nos proporcionam, seja pela sua beleza tout court. Fui menino, nascido e criado, entre os jambeiros da Avenida Coremas e as mangueiras da Avenida João Machado, no meu Jaguaribe. Morava na Coremas, a duas casas da Rua Alberto de Brito, e nasci na maternidade Cândida Vargas, maternidade da LBA, na confluência com a João Machado, onde minha mãe, D. Zezé, filha de uma parteira, trabalhava como parteira diplomada.
Juro que é interessante. Vou tratar aqui do outro lado da moda. Esqueçam glamour.
Vamos ao que importa. Como todos sabem a moda existe para sair de moda a cada curto período de uns seis meses em média. Óbvio, como a indústria da moda poderia faturar tanto? Essa indústria só perde em faturamento para a indústria farmacêutica. São trilhões arrecadados anualmente. Estou falando de moda em geral, dos sapatos às roupas, moda feminina e masculina, moda infantil, moda de inverno e verão.
Na era da vaidade, é fácil cair na armadilha de transformar o corpo em nosso objetivo principal. É compreensível que queiramos nos cuidar, mas como diz o ditado antigo, "tudo demais é veneno". Na guerra contra o envelhecimento, parece que vale tudo, inclusive se transformar em alguém que, na velhice, nem seria tão diferente e certamente menos feliz. Estou falando da velhice marcada por uma vaidade desenfreada que não afeta apenas o corpo, mas também a mente. Quem verdadeiramente ama deve refletir sobre estes aspectos.