Desde a estória do dia em que choveu merda, passando pelo casal que fugiu levando a porta da casa por teimosia da esposa e chegando à maravilhosa estória de Justiniano, que alimentou Deus e jogou baralho com o diabo ganhando todas as almas do inferno, minha infância foi absolutamente diferente das infâncias das pessoas com quem conversei sobre essas estórias. Será possível que nenhum de vocês teve uma avó parecida com Dona Batistinha, que iluminava meus primeiros anos com o inimaginável para quem limitou-se a João e Maria, Rapunzel e outros que tais?
GD'Art
Nada. Nem uma linha.
O meu receio é que aquelas preciosidades desapareçam para sempre. O que pretendo é pedir a ajuda de vocês para completar as partes que esqueci daquelas estórias, vazios cada vez maiores.
Na estória de Justiniano, o cidadão saiu para uma viagem levando alguns pães em seu surrão. A cada noite, quando ia comer apareciam dois velhinhos, levando-o a repartir os pães com os dois. Na última noite identificaram-se; eram São Pedro e Deus, que concedeu três desejos a Justiniano. Por mais que São Pedro recomendasse a Justiniano pedir a salvação, ele fez 3 pedidos estapafúrdios. A partir daí não lembro da história até o seu final, que apresenta Justiniano ganhando um jogo de baralho contra o diabo e levando todas as almas que estavam no inferno para o céu.
GD'Art
O dia que choveu merda é uma estória que envolve o casal que morava num sobrado, o assassinato de três padres e um doido que os enterra.
Se vocês puderem me ajudar, acredito que conseguiremos fazer a alegria de muitas novas gerações.