Y vone Cyrillo Soares deixa este mundo, precocemente, surpreendentemente, e isto muito me entristece. A imagem que tenho dela jamais se apag...

Yvone Cyrillo, hein?...

Yvone Cyrillo Soares deixa este mundo, precocemente, surpreendentemente, e isto muito me entristece. A imagem que tenho dela jamais se apagará de minha memória. Uma menina inteligente, sempre alegre, cheia de vida, entusiamo e que muito me encantou quando fui seu professor de Direito, na Universidade Federal da Paraíba.

Lembro-me que estudávamos o Instituto da Falência, uma disciplina muito difícil, mas que Yvone aprendeu com a maior facilidade. Certa vez, ao entrar na sala de aula, fui surpreendido com um estrondo de palmas. Por que isso? Foi Yvone que revelou aos colegas que era o meu aniversário. Olhei para o quadro negro e lá estava escrito em letras bem grandes: “Hoje é o aniversário do nosso querido professor!”

Inteligente, estudiosa, afetuosa, Yvone Cyrillo já havia enfrentado a perda de seu esposo, Fernando, com força e resignação. Era uma jóia de pessoa. Para ser franco, nunca a vi mal humorada. Estava sempre alegre, determinada, entusiasmada, sempre de bem com a vida. A vida que acaba de deixar, a vida, que ela tanto dignificou.

Tinha uma forte capacidade de liderança. Gostava do bom debate e sempre tinha bons e inteligentes argumentos. Bonita, bonita mesmo, Yvone Cyrillo possuía, de sobre, aquilo que se chama charme. E ela nunca soube o que era mau humor. Fazia amigos com facilidade e adorava ajudar os outros.

Eu fui professor de Yvone Cyrillo, mas, na verdade, foi ela quem me ensinou uma lição sobre uma coisa chamada ética. Uma coisa que está cada vez mais difícil de encontrar, nos dias de hoje.

Bonita, sempre irradiando o bom humor, grande senso de responsabilidade, minha amiga, que se foi deste mundo, jamais será esquecida.

Yvone Cyrillo, como eu gostava daquele seu sorriso... E como gostei de ter sido seu professor. Professor e amigo. Amigo para sempre.








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