Paraíba, 12 de junho de 2022

Pauta Cultural (Ep. 45)

Paraíba, 12 de junho de 2022

⧏ Aconteceu
Chico Viana
Aos poucos, tradicionais escritores e poetas vão aderindo à publicação de seus livros em formato digital. Ainda que demonstrem admiração e afeto pela via impressa, cedem aos apelos da comodidade de leitura e transporte, e da tecnologia que confere maior publicidade e divulgação aos e-books.

O professor paraibano Chico Viana lançou no último dia 9 de junho o título “Eu, apesar de mim — 1010 pílulas para acordar”, que reúne aforismos publicados de maneira esporádica e espontânea nas redes sociais ao longo de alguns anos. Uma maneira de possibilitar aos leitores acessar os pensamentos, boutades e jogos de palavras que, segundo o autor, “exploram recursos como a paródia, o paradoxo, o nonsense e o duplo sentido”.

“O aforismo é um gênero que evoluiu muito desde o tempo em que era praticado por sábios e profetas até os dias de hoje”, lembra Chico Viana. O livro está disponível no site da Amazon, por meio do link: https://amzn.to/39etjwz, onde podem ser encontrados outros títulos de autoria do professor.
Ralph Peter Brammann
A série “Livros em Revista”, do canal do YouTube “BCC International Television” especializada em debates literários, divulgou há poucos dias entrevista com o escritor Moacir Assunção, do grupo editorial Record e mestre em História Social (PUC-SP) em torno de Lampião, protagonista emblemático e controvertido do cangaço nordestino.

A série é conduzida e apresentada por Ralph Peter Brammann, jornalista, editorialista de literatura e apresentador da “BCC Television” e a conversa se deu em torno do premiado livro “A História de Lampião e Seus Grandes Inimigos”, de autoria de Assunção, sobre a histórica criminalidade brasileira conhecida como “Cangaço”.

Entre as incríveis curiosidades do assunto, reveladas pelo entrevistado, está a informação de que Lampião é um dos personagens brasileiros mais conhecidos no meio acadêmico do país e do exterior, objeto de diversas teses de mestrado e doutorado nas universidades europeias. O livro, esgotado há 10 anos, foi recentemente editado pela 3ª vez. Acompanhe a entrevista no vídeo abaixo, disponível no Youtube:

⧎ Acontece
Blenda M. Oliveira
Assuntos delicados e de certa forma polêmicos são a educação e a criação dos filhos. Por mais dedicados e cuidadosos que sejam os pais, há sempre uma amedrontadora insegurança que pode gerar sentimentos de culpa ou frustração diante da formação infantil.

O mais recente episódio do podcast “Mulheres Positivas” aborda a “culpa materna” e traz relatos de mães, acompanhados da opinião da escritora Blenda Marcelletti de Oliveira, doutora em psicologia (PUC-SP), psicanalista e psicoterapeuta de pais e casais. Ela lançou há poucos dias o seu primeiro livro “Fazendo as Pazes com a Ansiedade”, e nesse episódio conversa com a apresentadora Nana Feller sobre a difícil tarefa da maternidade, a complexidade do amor entre mãe e filhos e como lidar com o fracasso.

Blenda de Oliveira e Nana Feller ▪ JP
A psicoterapeuta explica como a culpa assombra, “tem raízes na história de cada mãe e é motivo de frustrações por conta de expectativas inatingíveis.” Ensinando que é necessário saber lidar com fracassos, pois “se uma mãe nunca fracassasse, ela não daria oportunidade da criança conhecer uma mãe mais real”. Ouça, abaixo, o episódio do “Mulheres Positivas”, que também está disponível no site da Jovem Pan:

Eduardo Kobra
Há muito tempo os grafites e murais urbanos, que ficaram conhecidos como “arte de rua”, deixaram o significado restrito a forma de protesto e rebeldia para serem respeitados como arte. Em Nova York talvez seja onde eles acontecem com mais ênfase e admiração.

Recentemente o portal “NewyorkSimply” elegeu e divulgou os 15 exemplos considerados épicos na Big Apple. O muralista brasileiro Eduardo Kobra, autor de aclamados grafites em Nova York, teve um de seus trabalhos destacados pelo portal — um grande painel ilustrado com os artistas plásticos Andy Warhol, Frida Kahlo, Keith Haring e Basquiat (10th Ave, nº 210) — , no Chelsea, que com Williamsburg e East Harlem são citados como os bairros mais ricos em arte de rua, com intensa influência latina, que lhes confere força turística, vida e cor.

Outros também muito elogiados são os que homenageiam a atriz Audrey Hepburn, a juíza Ruth Bader Ginsburg — defensora apaixonada dos direitos das mulheres, das liberdades civis e do Estado de Direito —, o cientista Albert Einstein, o cantor Michael Jackson e o que reúne dois líderes humanistas: Madre Teresa de Calcutá e Gandhi.

⧐ Acontecerá
Em área 65 mil metros quadrados, compostos por 9 Espaços Culturais, participação de 182 expositores, 300 autores nacionais e 30 internacionais, será aberta no próximo dia 2 de julho a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Este ano, após o período de restrições sanitárias que o país enfrentou, é grande a expectativa da bienal, que escolheu o tema “A diversidade e o poder transformador do livro”. O evento é uma realização da Câmara Brasileira do Livro, ficará em cartaz até o dia 10 de Julho, no Expo Center Norte, em São Paulo, e espera receber mais de 600 mil visitantes.


Com programação cultural em várias atividades relacionadas ao universo literário, a bienal homenageará os 100 anos do escritor José Saramago, com uma exposição sobre marcos importantes da vida do escritor e colocará à disposição do público aproximadamente 3 milhões de livros.

Estão confirmadas as participações dos autores portugueses Valter Hugo Mãe e Afonso Cruz; a moçambicana Paulina Chiziane, a romancista norte-americana Jenna Evans Welch, autora do best-seller “Amor & Gelato”, e Nathan Harris, autor de “A doçura da água”, romance elogiado publicamente por Oprah Winfrey e Barack Obama. Entre os brasileiros estarão nomes como Laurentino Gomes, Mario Sérgio Cortella, Mauricio de Sousa, Miriam Leitão, Conceição Evaristo e Thalita Rebouças. Os ingressos para a Bienal já estão à venda neste link.
Na próxima sexta-feira, dia 17 de junho, inicia-se o XVII Festival do Japão na Paraíba com exposições, apresentações artísticas, workshops, oficinas e mesas-redondas em torno da cultura japonesa e a influência das comunidades nipônicas no Brasil. Será uma realização da Universidade Federal da Paraíba por meio do Laboratório de Estudos Etnomusicológicos, em parceria com a Aliança Cultural Brasil-Japão na Paraíba.

O evento é aberto ao público e ficará em cartaz até o dia 19, na Usina Cultural Energisa. As mesas de debate contarão com a participação do Cônsul Geral do Japão em Recife, Hiroaki Sano, o físico Bruno Meyer, da Companhia de Eletricidade de Paris e o médico cardiologista Ítalo Kumamoto, fundador do Hospital Memorial São Francisco.

A preservação do meio ambiente é assunto do Festival com a participação de Ivaldo Gomes, presidente do Coletivo do Meio Ambiente, e do engenheiro ambiental Allan Yu Iwama, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema).

Na música, uma das apresentações mais esperadas é a do grupo musical Seiha Brasil de Koto, com a presença de Utahito Kitahara, Grã-mestra de Koto do Estilo Seiha, música clássica tradicional japonesa.

⧉ Imperdível
Tinha esse apelido por ser doido por música clássica. Arquivava e tirava dos arquivos de aço as promissórias e duplicatas sempre cantando o tempo todo, imitando, onomatopeico, na verdade tentando repetir orquestras inteiras com a boca".

O escritor WJ Solha traz lembranças do amigo "orquestral", da Sorocaba dos anos 60, no texto “O Sidney sinfônico”.
O salão de exposição dos desventurados serão as ruas, onde verdadeiras obras de Arte desfilarão sua corte de assombros ao passarem espremidos e bem pertinho dos automóveis e carrões ostentados pela elite social indiferente".

O artista e escritor Alberto Lacet faz grave alerta sobre a crônica e crescente desigualdade social, distorções salariais e enorme diferença entre os benefícios pagos aos marajás dos poderes públicos no Brasil e em países bem mais ricos como a Alemanha no texto "Lixão sem máscara”.
Fobias, transtornos, polares e bipolares, narcisismo, sonhos e histerias", tudo psico-poético analisado nos poemas inéditos de Jorge Elias, sobre a loucura de todos nós, na coletânea “Breve dicionário poético da loucura”.
Caix@ Postal
"Francisco Barreto em sua ode fala por todos os escribas e leitores desse ‘ambiente coletivo de leitura’, cuja qualidade decorre da inspiração do seu inesquecível titular, Carlos Romero. Parabéns, Barreto!"
Humberto Espínola ▪ 11.06.2022
Comentário sobre o texto “Post Scriptum”, de Francisco Barreto.


"Salve a boa crônica!! Esta que produziste, caro Flávio!, e que nosso amigo Germano Romero fez muito bem em divulgar no ALCR!! 💯👏👏👏"
Paulo Roberto Rocha ▪ 05.06.2022
Comentário sobre o texto “O poeta da alma dos sertões”, de Flávio Ramalho de Brito.


"Amiga Ângela, só agora tive oportunidade de ler este belíssimo texto. Mesmo sem haver estudado no Liceu, me emocionei com sua excelente crônica. Você continua imbatível como mestra das letras, Parabéns!!!"
Sérgio Rolim Mendonça ▪ 11.06.2022
Comentário sobre o texto “O Liceu de professor Gibson”, de Ângela Bezerra de Castro.


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  1. Ângela Bezerra de Castro13/6/22 01:08

    A Pauta Cultural se apresenta cada vez mais rica.

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