VOZES DO VERBO Eu sinto uma dor doída, É uma dor de desamor, Contundente, amarga, Que deixa a alma sofrida. De tão...

E daí se eu não souber dançar?

poesia paraibana volia loureiro
 
 
VOZES DO VERBO
Eu sinto uma dor doída, É uma dor de desamor, Contundente, amarga, Que deixa a alma sofrida. De tão doída essa dor A alma se me amolenta E chega me dar pavor, Não ver o fim dessa tormenta. Ah coração insano! Por que foste amar assim, De forma louca e intensamente? És agora uma ferida aberta, A sangrar intensamente. E a cada lágrima que cai, A alma dolente se esvai, E a ferida aguarda um unguento, Para curar-se de vez, De tamanho sofrimento. Resta a ti coração amigo, Aprender de uma vez por todas, Que antes de conjugar o tal amar Na valente voz ativa , Esperando recebê-lo No conforto da voz passiva. Conjuga-o plenamente, Com cuidado e primeiramente, Na segurança e sapiência Da voz reflexiva.
 
CARENTE
Hoje estou carente, De um abraço, De um beijo caliente, O corpo pede, A alma sente. Hoje estou carente, De sorrisos sinceros, De olhares incandescentes, Ou seriam indecentes? De um sussurro dito docemente. Hoje estou carente, De um amor (im)possível, Desses de cinema Ou apenas aquele que acalente, De um amor que me ame docemente. Hoje estou carente, De sorrisos, beijos, De abraçar intensamente, De uma dança romântica, De amar sincera e loucamente.
GENTE FINA É OUTRA COISA
Gente fina é outra coisa, Não precisa vestir Dior, Pode estar de havaianas, E ter elegância maior. Gente fina é outra coisa, Não precisa falar bonjour, Nem tomar beber Veuve Clicquot, Basta um café e um sorriso, Pra demostrar o esplendor. Gente fina é outra coisa, Não precisa ser doutor, Destilar conhecimento, Basta conhecer o amor E viver o sentimento. Gente fina é outra coisa, Não precisa viajar o mundo Pra saber o que é beleza, Basta admirar a flor, O canto do passarinho E amar a Natureza. Gente fina é outra coisa, Não precisa se vestir De fina seda pura, Pode vestir jeans e tenis, Camiseta velhinha, Mas ter sorriso no rosto, Sinceridade na alma, E no coração ternura.
PROMESSA
Ei dor, não tente me enganar E nem me jogar no vazio, Fazendo-me acreditar Que não consigo dançar Os passos dessa dança. E daí se eu não souber dançar? E daí se eu dançar diferente? Eu vou estar de pé, Eu prometo dançar minha dança, E contar minha história. Eu prometo não cair E voar alto, O mais alto que eu possa, Até acender uma estrela do céu. Eu vou brilhar, Eu vou brilhar, Porque os dias de eclipse passam.

COMENTE, VIA FACEBOOK
COMENTE, VIA GOOGLE

leia também