Se os queridos leitores pensam que o tema é bobo, preparem-se para conhecer informações fantásticas sobre a fofoca. No livro “A Colorful History of Popular Delusions” os autores abordam o tema de uma maneira incrível. Fui mais além na minha pesquisa e alcancei o refinamento das definições supostamente científicas que diferenciam a fofoca do boato e do rumor. Fofoca seria o comentário sobre a vida alheia com maledicência. O boato pretende uma informação falsa, tipo fake new. Já o rumor trata de uma informação corrente, ainda não confirmada.
Ao aprenderem a fazer fogo nossos antepassados ganharam algumas horas à noite para conversas. Além das informações que trocavam durante o dia sobre temas ligados à sua sobrevivência, eu acho que deve ter sido ali que à falta de outros assuntos a fofoca evoluiu.
'Judeus culpados pela peste negra'
Pierart dou Tielt
Pierart dou Tielt
Contavam os mais velhos que aqui na Paraíba, na época do golpe militar, um fofoqueiro vivia desancando os militares, investindo contra sua honra pessoal. Um coronel soube e mandou prender o safado. Disse que ele seria fuzilado imediatamente. Colocou o pilantra num paredão e mandou os soldados atirarem com balas de festim. Em seguida soltaram o salafrário, todo borrado, e deram-lhe um tremendo esporro. Ele prometeu jamais fazer fofoca. Só que ao sair do quartel encontrou um amigo que lhe perguntou as novidades. O canalha olhou para os lados e segredou: — Meu amigo, o exército faliu. Nem bala eles tem”.
Preocupa-me o efeito que a recém chegada inteligência artificial vai provocar nas fofocas.