A ideia de psicopatas no poder político sempre despertou fascínio e temor, tanto nos institutos de pesquisas acadêmicas quanto na cultura popular. Psicopatas são indivíduos caracterizados por traços como falta de empatia, manipulação, charme superficial, ausência de remorso e uma inclinação para comportamentos antiéticos e até criminosos, sem que isso lhes gere culpa. Quando essas características se manifestam em líderes políticos, os impactos podem ser de terror social ou de guerras.
A psicopatia, do ponto de vista clínico, é um transtorno de personalidade antisocial, caracterizado por um padrão persistente de desrespeito às normas sociais, impulsividade, egocentrismo e manipulação. Psicopatas são inteligentes, o que lhes permite ascender a posições de poder.
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Alguns pesquisadores, entre eles o psicólogo canadense especialista em psicologia criminal e psicopatia Robert Hare (1934), desenvolveram a escala de psicopatia. Essa condição psíquica vem sendo estudada em relação a cargos de liderança. Embora nem todo líder com esses traços seja um psicopata completo, muitos apresentam níveis subclínicos que podem influenciar suas decisões e estilo de governança. Historicamente, regimes autoritários e totalitários tiveram líderes com características psicopáticas evidentes. A falta de empatia e o uso brutal do poder para eliminar opositores, controlar a população e manter o domínio são marcas registradas desses governos. A perseguição de minorias, genocídios e repressão brutal são exemplos do que pode acontecer quando o poder está concentrado nas mãos de um indivíduo que não se importa com o sofrimento alheio.
Robert D. Hare ▪️ Tlacuache de Biblioteca
Alguns traços psicopáticos podem ser vistos como vantagens em ambientes competitivos, como a política. A capacidade de tomar decisões difíceis sem se deixar levar por emoções pode ser útil em momentos de crise. A coragem para desafiar convenções e a
Josef Stalin
@politico.eu
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O poder político nas mãos de psicopatas representa um risco para qualquer país, especialmente porque esses líderes sabem explorar as fraquezas dos sistemas políticos e sociais para manter-se no controle. Compreender as características da psicopatia e seus efeitos na política é uma necessidade urgente para prevenir a ascensão desses indivíduos e proteger a democracia, os direitos humanos, a dignidade do cidadão e a paz social — ou seja, o bem-estar de todos.