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No dia em que aconteceu a mudança da estação do outono para o inverno, manhã cedinho, com o sol maneiro que iluminava o jardim de...

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No dia em que aconteceu a mudança da estação do outono para o inverno, manhã cedinho, com o sol maneiro que iluminava o jardim de nossa casa, um jardim pequeno, onde há flores e plantas suculentas, quando observava de perto uma roseira, inesperadamente surge um besourinho por entre as pétalas úmidas pelo orvalho.

O lançamento do livro Com os olhos no chão de Gonzaga Rodrigues, na segunda-feira, no Jardim de Academus da Academia Paraibana de L...

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O lançamento do livro Com os olhos no chão de Gonzaga Rodrigues, na segunda-feira, no Jardim de Academus da Academia Paraibana de Letras, reafirmou o quanto ele é amado e admirado. Familiares, amigos e conterrâneos de Alagoa Nova transformaram o evento em momento inesquecível, aspergido com o perfume da amizade, que não se dissolve na menor tempestade.

Releitura de Augusto Voltei à leitura de Augusto dos Anjos com vontade de descobrir respostas às indagações do coração. Talvez...

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Releitura de Augusto

Voltei à leitura de Augusto dos Anjos com vontade de descobrir respostas às indagações do coração. Talvez buscando as minhas próprias sombras.

Augusto foi um poeta que produziu obra indomável, provocante. Por isso gostamos tanto dele. Escrevia para viver, para encontrar sua identidade. Por isso estamos todos no seu único livro.

A literatura feminina paraibana é composta de poetisas, contistas, romancistas, cronistas, ensaístas, críticas literárias ...

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A literatura feminina paraibana é composta de poetisas, contistas, romancistas, cronistas, ensaístas, críticas literárias e historiadoras que produzem em alto nível, e ocupam relevante espaço no mundo das letras na Paraíba e país afora, mesmo que algumas não tenham o reconhecimento merecido.

Para não deixar de fora involuntariamente nomes, desejo neste breve texto lembrar apenas a jornalista, romancista e crítica literária Nevinha Pinheiro, e dela fazer memória porque, nos tempos atuais, poucos a conhecem e quase não é lembrada.

Gonzaga Rodrigues selecionou uma parte de sua produção literária, composta de crônicas, para nos brindar por ocasião dos seus 90 a...

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Gonzaga Rodrigues selecionou uma parte de sua produção literária, composta de crônicas, para nos brindar por ocasião dos seus 90 anos. Como na narrativa das Bodas de Caná, quando foi servido o melhor vinho na festa de casamento, como o primeiro sinal público de Jesus, o mestre-sala ficou contente ao ver os noivos e convidados alegres. O livro que Gonzaga nos oferta como banquete é comparável às iguarias saborosas e o melhor vinho daquele casamento descrito no Livro Sagrado.

A professora Maria Auxiliadora Bezerra Borba, minha confreira no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, escreveu um livro sobre...

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A professora Maria Auxiliadora Bezerra Borba, minha confreira no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, escreveu um livro sobre a Praia de Camboinha, a mais exótica, entre todas a mais bela praia de nossa orla, que se destacava pela frequência de famílias em períodos de veraneios. Eram anos das transformações sociais e todos andavam livremente por sua areia e se banhavam nas águas sem serem importunados. Eram os anos dourados de nossa cidade vivenciados depois da metade do século passado.

O poeta Waldemar José Solha e o maestro José Alberto Kaplan, com assessoramento de Dom José Maria Pires, escreveram e apres...

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O poeta Waldemar José Solha e o maestro José Alberto Kaplan, com assessoramento de Dom José Maria Pires, escreveram e apresentaram a Cantata pra Alagamar, que se tornou um hino de louvor aos camponeses que, em 1978, impuseram a bandeira de lutas por um pedaço de terra. O padre católico, o judeu e o ateu deram voz às famílias espezinhadas na terra ensanguentada, onde antes plantavam e colhiam.

Ainda estou a indagar por que o poeta Marcus Alves me chamou para apresentar seu livro, seja como prefaciador da obra ou na noite ...

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Ainda estou a indagar por que o poeta Marcus Alves me chamou para apresentar seu livro, seja como prefaciador da obra ou na noite de autógrafo. Eu que sou um leitor comum sem se apegar aos conceitos da leitura, da estética ou da métrica das frases.

Marcus Alves não precisa de apresentação, porque todos o conhecemos pelo seu trabalho como poeta e agente público exemplar ligado à cultura. Natural da cidade de Itabaiana, ele é sociólogo, professor e jornalista. Depois de publicar livros de poemas, agora faz sua estreia como contista.

A Carta em que Pero Vaz de Caminha registrou as paisagens da nova terra que passou a ser habitada pelos portugueses, contém o regis...

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A Carta em que Pero Vaz de Caminha registrou as paisagens da nova terra que passou a ser habitada pelos portugueses, contém o registro de que “em si plantando, tudo dá”. O repórter do Reino de Portugal se mostrou admirado com a imponência da mata atlântica encontrada, com a fertilidade do chão, com árvores de muito valor comercial, com o majestoso panorama observado do cume de algum rochedo.

Há 85 anos, José Lins do Rego publicou o romance Pedra Bonita . Neste livro ele afastou-se da paisagem da cana-de-açúcar para um pass...

Há 85 anos, José Lins do Rego publicou o romance Pedra Bonita. Neste livro ele afastou-se da paisagem da cana-de-açúcar para um passeio pelo sertão de caatingas esturricadas, o mundo de coronéis, de cangaceiros, misticismo rural, padres e fanáticos religiosos. Abordou um ambiente e um tema novo na sua literatura.

Quando a madrugada se abriu ao Sol que chegava lento na manhã, foi a amiga Ana Paula Cavalcanti quem deu a notícia. A funesta n...

juca pontes literatura paraibana
Quando a madrugada se abriu ao Sol que chegava lento na manhã, foi a amiga Ana Paula Cavalcanti quem deu a notícia. A funesta notícia da partida de Juca Pontes para outra dimensão.

Ele se foi silencioso. Uma partida definitiva. Sem despedida.

Os poetas são silenciosos. Disso sabemos. Uns mais, outros nem tanto. Sabem absorver o silêncio e a tristeza do mar. Porque o mar é triste, no entender do cronista-poeta Gonzaga Rodrigues.

Quando Nabor Vilar me deu a notícia do falecimento da irmã mais nova de Ariano Suassuna, desliguei o telefone com o pensamento voltad...

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Quando Nabor Vilar me deu a notícia do falecimento da irmã mais nova de Ariano Suassuna, desliguei o telefone com o pensamento voltado às turbulências do tempo do nascimento de Germana Suassuna, quando a Paraíba estava revestida de ódio e desavenças entre agentes políticos, uma onda que se espalhou pelas famílias, sem escolha de cor ou credo.

“Devido a sua aproximação com Ariano, achei por bem avisar da passagem de Germana”, assim se expressou o amigo que carrega nas veias o calor de Taperoá.

Não faz muito tempo, no período em que nós católicos chamamos de Semana Santa, o silêncio tomava conta de nosso viver nos arredo...

pascoa comunhao quaresma
Não faz muito tempo, no período em que nós católicos chamamos de Semana Santa, o silêncio tomava conta de nosso viver nos arredores de Serraria, somente quebrado pelas antecipadas badaladas do sino da igreja ao chamar para o ato de penitência ou pela matraca durante a celebração do martírio na noite da agonia. Aliás, calmaria que começava em casa com a preparação da festa religiosa rodeada de cuidados. Os retratos dos santos nas paredes eram cobertos de pano roxo durante quarenta dias.

Neste ano de 2023, na Paraíba, algumas personalidades do mundo político e das artes completariam 100 anos de nascimento, o q...

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Neste ano de 2023, na Paraíba, algumas personalidades do mundo político e das artes completariam 100 anos de nascimento, o que merece uma atenção toda especial por parte dos órgãos ligados à cultura, isso porque foram homens que contribuíram para elevar o nome da nossa terra, nos seus campos de atuação.

No ano do centenário de nascimento do Padre José Comblin (*), é momento de relembrar sua caminhada na Igreja do Brasil e da Paraíba. U...

No ano do centenário de nascimento do Padre José Comblin (*), é momento de relembrar sua caminhada na Igreja do Brasil e da Paraíba. Uma caminhada iniciada quando aqui chegou com outros sacerdotes europeus, em junho de 1958, logo construindo amizade com destacados nomes da Igreja que buscavam novos caminhos para estar mais perto do povo.

Quando o relâmpago cortava o céu além de Arara, meu pai se animava, fazia os acertos finais com os trabalhadores, meeiros ou não, para ...

Quando o relâmpago cortava o céu além de Arara, meu pai se animava, fazia os acertos finais com os trabalhadores, meeiros ou não, para começar o preparo dos roçados.

Quando escutava dizer que chovia no sertão, e ao observar as nesgas de nuvens no céu do Brejo nos primeiros meses do ano, era sinal da proximidade de chuva. A terra já tinha recebido o trato para acolher os grãos de milho, feijão, fava e os toros de maniva. Tudo isso trazia a certeza de que seria possível colher os frutos da terra durante os festejos juninos.

Há mais 60 anos, o agente mascarado Flama, criação do jornalista Deodato Borges, iniciava suas aventuras em favor do bem, desvendava...

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Há mais 60 anos, o agente mascarado Flama, criação do jornalista Deodato Borges, iniciava suas aventuras em favor do bem, desvendava crimes e praticava a justiça. As aventuras do personagem eram ouvidas nas tardes de segunda a sexta-feira, pelas ondas da Rádio Borborema, de Campina Grande.

Desde quando meu amigo Nathanael Alves passou para o mundo desconhecido, há mais de quatro décadas, tenho me valido de nossas conver...

Desde quando meu amigo Nathanael Alves passou para o mundo desconhecido, há mais de quatro décadas, tenho me valido de nossas conversas e das imagens que guardo dele quando me recolhia ao aconchego de sua biblioteca. Foi ele quem me ofereceu alguns livros de formação, mesmo que não tenha lido os mais conhecidos.

Quando me perguntaram qual a sensação de entrar para o seleto grupo da Academia, respirei silencioso e deixei que o espírito falasse po...

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Quando me perguntaram qual a sensação de entrar para o seleto grupo da Academia, respirei silencioso e deixei que o espírito falasse por mim.

Devo ter respondido que uma Academia é aquilo que cada um deseja que seja: iluminada pelas luzes dos mais diversos saberes, desde o estudo das antigas línguas e costumes, até a moderna linguagem da informática e de todas as possibilidades científicas.

Em crônica de 1942, José Lins do Rego descreve os aperreios de famílias nordestinas castigadas pela seca que, mendigando pelas estrada...

Em crônica de 1942, José Lins do Rego descreve os aperreios de famílias nordestinas castigadas pela seca que, mendigando pelas estradas, buscavam o sustento que lhes garantissem sobreviver.