Chegada Eu não trago as mãos vazias. Trago-as cheias de sonhos E de flores que colhi A beira do caminho.

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Chegada


Eu não trago as mãos vazias.
Trago-as cheias de sonhos
E de flores que colhi
A beira do caminho.

Entre os paraibanos que integram o seleto grupo de referências no Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda, está ...

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Entre os paraibanos que integram o seleto grupo de referências no Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda, está o escritor e teatrólogo José Bezerra que, com o romance “Fogo”, teve seu nome gravado para na história da literatura brasileira.

A frase é meio batida, surrada até, mas foi a que me ocorreu quando da leitura do livro “Harpia”, de Aline Cardoso: “Hay que endurecerse, p...

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A frase é meio batida, surrada até, mas foi a que me ocorreu quando da leitura do livro “Harpia”, de Aline Cardoso: “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”. Seja ou não da autoria de Che Guevara, a mim apenas importa que poderia servir de epígrafe para o livro, uma vez que encerra, condensa, a atmosfera da maioria dos poemas que o compõem. Poemas fortes, incisivos, diria quase aforismáticos, e que aprofundam o conflito entre a “vida vivida e a vida pensada”, pois já não disse Oscar Wilde que, “Para a maioria de nós, a vida real é a vida que não vivemos?”

Embora eu não tenha nenhuma habilidade para tocar instrumentos, a música sempre fez parte da mim. Costumo dizer que a minha vida tem trilha...

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Embora eu não tenha nenhuma habilidade para tocar instrumentos, a música sempre fez parte da mim. Costumo dizer que a minha vida tem trilha sonora, pois quase todos os momentos da minha existência são associados a uma canção.

Fechada a última página do jornal, Leocádio apaga as luzes, e desabalamos pela escada em caracol da velha A União, Cabo Doge ou Doge Patada...

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Fechada a última página do jornal, Leocádio apaga as luzes, e desabalamos pela escada em caracol da velha A União, Cabo Doge ou Doge Patada – como tratávamos Dorgival Terceiro Neto - repicando o projeto várias vezes adiado de, um dia, descermos até as cabeceiras do rio Paraíba, ainda que de quatro, pelas encostas de Monteiro.

Em um dos últimos capítulos da série Os Bórgias, um dos personagens recita, com o acento italiano do latim, o célebre Carmen LXXXV "Od...

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Em um dos últimos capítulos da série Os Bórgias, um dos personagens recita, com o acento italiano do latim, o célebre Carmen LXXXV "Odi et amo", de Catulo. Na série italiana Baby, que mostra a vida de adolescentes romanos, com seus problemas intermináveis, uma professora do ensino médio está lendo, em sala de aula, um texto em latim e pede para uma das alunas, naquele momento desatenta, traduzir. Novamente, trata-se do dístico de Catulo, que vai aqui transcrito e de que apresento duas traduções nossas, uma operacional e outra em duplo heptassílabo:

Quem já fez ou faz análise saberá apreciar esse livro. E também os leitores que, sem terem deitado no divã, gostam de boas histórias dotada...

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Quem já fez ou faz análise saberá apreciar esse livro. E também os leitores que, sem terem deitado no divã, gostam de boas histórias dotadas de inegável interesse humano. Refiro-me à obra "Seu paciente favorito – 17 histórias extraordinárias de psicanalistas", da jornalista francesa Violaine de Montclos, recentemente publicada no Brasil pela Editora Perspectiva.

Nunca mais foram vistos os meninos com os carrinhos de rolimã. Subiam a ladeira da Borborema, aos risos, carregando os artefatos sob os bra...

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Nunca mais foram vistos os meninos com os carrinhos de rolimã. Subiam a ladeira da Borborema, aos risos, carregando os artefatos sob os braços. As geringonças primitivas: um lastro para sentar, dois eixos para sustentar as rodinhas.

Eu sou dos anos 50: ainda peguei o final do apogeu da Era do Rádio. Em Campina Grande, quem orientava o comportamento musical das massas er...

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Eu sou dos anos 50: ainda peguei o final do apogeu da Era do Rádio. Em Campina Grande, quem orientava o comportamento musical das massas era o rádio. E o rádio daquela época era universal e democrático: tocava tudo: forró, fox-trot, valsa, samba, bolero, choro, tango, rock, mambo, jazz, calipso, orquestras americanas, música francesa, italiana. Ouvia-se, também, muita versão do italiano e do inglês. E os garotos que ouviam rádio acostumaram-se a ouvir tudo, sem nenhuma discriminação.

Estações Elã havia. Visita às estrelas, Pássaros dançantes Embriagados de voos. Dias como um tapete Bordado de eternidade E noites ...

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Estações


Elã havia. Visita às estrelas,
Pássaros dançantes
Embriagados de voos.
Dias como um tapete
Bordado de eternidade
E noites de sabores e perfumes raros.
Todas as portas se abriam para o vale
Do êxtase, das vertigens,
De todas as cintilações do céu.
Um soco, quando o inverno chegou
Enterrando o sol
No gelo...
A primavera veio sem flores!
Raízes inférteis vincaram o Jardim
De cacos cortantes.

As redes sociais são uma espécie de imprensa informal. Nelas se encontra, de maneira menos elaborada, tudo que aparece nos jornais: notícia...

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As redes sociais são uma espécie de imprensa informal. Nelas se encontra, de maneira menos elaborada, tudo que aparece nos jornais: notícia, colunismo mundano, consultório sentimental e breves juízos que lembram as colunas de opinião. Têm além disso a confissão e o desabafo, o que constitui uma vantagem em relação à imprensa. Ninguém encontra no jornal relatos de doenças, malogros econômicos, fracassos amorosos e de outras ocorrências que infernizam a vida do ser humano. Como diz a letra da música, “a dor da gente não sai no jornal”.

“Jesus respondeu: Todo aquele que beber desta água tornara a ter sede, mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede.” João, cap...

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“Jesus respondeu: Todo aquele que beber desta água tornara a ter sede, mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede.”
João, cap.IV, v.13

A água que atende às necessidades da nossa organização física tem efeito transitório. Passado esse efeito, o metabolismo exige mais água para assegurar o bom funcionamento do corpo. A sede é a sensação pela qual a organização física reclama a água mantenedora das boas condições do conjunto.

Está no ar um novo episódio do ALCR-TV. A presente edição se divide em três partes: Atualidades do mundo cultural; comentários sobre textos...


Está no ar um novo episódio do ALCR-TV. A presente edição se divide em três partes: Atualidades do mundo cultural; comentários sobre textos publicados; e a participação de leitores no Ambiente de Leitura Carlos Romero. Não deixem de assistir até o final.

Cansei de ser uma gota d'agua no oceano, ou uma gota d’água no ferro incandescente, como dizem os alemães.

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Cansei de ser uma gota d'agua no oceano, ou uma gota d’água no ferro incandescente, como dizem os alemães.

Nossa cegueira a respeito de uma existência de milhões de anos é tudo que precisamos para atribuir a uma grande parte do que hoje passa dia...

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Nossa cegueira a respeito de uma existência de milhões de anos é tudo que precisamos para atribuir a uma grande parte do que hoje passa diante dos nossos olhos (enquanto passamos nós diante dela), o privilégio vertical do milagroso, do divino e/ou numinoso.

Como a mediunidade é faculdade inerente à espécie humana, a comunicação entre os dois planos da vida sempre foi conhecida, desde tempo...

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Como a mediunidade é faculdade inerente à espécie humana, a comunicação entre os dois planos da vida sempre foi conhecida, desde tempos imemoriais.

É inquestionável a importância vanguardista do compositor carioca Noel Rosa para a transformação poética da canção popular brasileira. A po...

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É inquestionável a importância vanguardista do compositor carioca Noel Rosa para a transformação poética da canção popular brasileira. A poesia de Noel se torna ainda mais relevante quando se considera o fato de que foi ele o primeiro compositor branco, de origem na classe média, com formação escolar em tradicional instituição católica (Colégio São Bento, RJ) e com passagem, embora curta, por uma Faculdade de Medicina, a firmar parcerias regulares com compositores negros, iletrados, dos morros do Estácio, Mangueira e cercanias. Para o jornalista João Máximo, um dos mais criteriosos biógrafos do Poeta da Vila Isabel,

Sou um cronista do cotidiano. Nos textos que dou publicidade procuro refletir sobre os mais diversos aspectos do comportamento humano, na t...

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Sou um cronista do cotidiano. Nos textos que dou publicidade procuro refletir sobre os mais diversos aspectos do comportamento humano, na tentativa de encontrar a compreensão para atitudes, sentimentos e emoções, que dominam nossa vivência. Sem a pretensão de me colocar como um filósofo, vagueio pela capacidade de pensar, formulando conceitos, dialogando comigo mesmo e construindo opiniões e definindo convicções sobre a vida.

Não conheço o Lobo-Guará, que está a enfeitar a nova cédula em circulação no Brasil. Ele, no entanto, a julgar pelas fotos que circulam por...

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Não conheço o Lobo-Guará, que está a enfeitar a nova cédula em circulação no Brasil. Ele, no entanto, a julgar pelas fotos que circulam por aí, me parece desmilinguido.

O personagem François Mouret, de La conquête de Plassans (Émile Zola, A conquista de Plassans, 1874) diz: “moi, je m’en lave les mains mai...

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O personagem François Mouret, de La conquête de Plassans (Émile Zola, A conquista de Plassans, 1874) diz: “moi, je m’en lave les mains maintenant” (“eu, eu lavo minhas mãos a esse respeito, agora”, Capítulo III), fingindo um desinteresse sobre o que faz o abade Faujas, seu inquilino, embora esteja ardendo de vontade de espionar a sua vida. Desinteresse ou fingido desinteresse. Esse é um dos significados que a expressão “eu lavo minhas mãos” tomou, ao longo do tempo.