Para comemorar trinta anos de emancipação política, a cidade de Boa Vista (Cariri paraibano) presenteou a comunidade com o Núcleo de Atenção Integral à Saúde Mental (NAISM), uma referência na região. Na inauguração da sede, o ponto alto foi a série de depoimentos, por pessoas que tiveram suas vidas transformadas, a partir dos serviços implantados em janeiro/2017.
O amor é uma força transformadora que permeia todas as esferas de nossas vidas, desde as relações pessoais até as interações mais amplas com o mundo ao nosso redor.
Um grande jornal publica uma matéria de página inteira, com dois artigos, sobre a situação da educação. O título da matéria é “Formação dos professores: imprecisões persistentes”, tendo como subtítulo “Uma remuneração mais baixa do que a anunciada pelo Presidente levanta novas críticas”. Além da matéria com chamadas críticas a uma situação não menos crítica, há uma charge ótima, mostrando dois personagens, deliberadamente desenhados pequenos, na amplidão do majestoso espaço dos gabinetes de palácio. Um homem e uma mulher. A mulher, que está com a palavra, dirige-se a um homem com as mãos para trás, em atitude desalentadora, para dizer o óbvio, que ninguém consegue ver: “O mais incrível em tudo isso é que ainda há universitários para crer que nossos anúncios serão seguidos por atos”, com ênfase no advérbio ainda.
A vida é um fluxo eterno de criação e destruição, e o amor, nesse contexto, não é nem pode ser eterno. Não é fácil para a condição humana aceitar o fim, o encerramento de conexões profundas cultivadas ao longo do tempo, mas é preciso entender que relacionamentos, como tudo o mais na vida, não estão previamente e sem mais destinados a durar para sempre. Nossas experiências e circunstâncias influenciam sentimentos e sensações e é preciso aceitar que o amor pode passar por transformações e desafios ao longo da vida, podendo levar as pessoas, em algum momento, a optar por seguir caminhos diferentes.
Não é possível, como quando se idealiza romanticamente o amor, construir na vida real, com pessoas concretas, uma relação de fascínio e encantamento contínuos que sobrevivam às provocações esmagadoras do cotidiano. Compreender isso, bem como e principalmente aceitar, cada um, a solidão e o silêncio do outro, é sempre muito difícil, desafiador, mas é condição essencial para se fazer perene e duradoura uma relação amorosa.
A identidade é o senso de pertencimento no espaço social, na cultura, no idioma, na ancestralidade e em tudo onde uma pessoa está inserida. Existem cidadãos em situações sociais de invisibilidade geradas pelas relações interpessoais ou socioeconômicas, as quais são resultados de preconceitos, discriminações e desigualdades estruturais. Por exemplo: segregação social; etnia; status socioeconômico; religião; sexualidade; comunidades indígenas. Stuart Hall (1932 - 2014), sociólogo britânico-jamaicano, em suas obras Identidade e diferença:
O filme “Precisamos falar sobre Kevin” conta a história de Eva Katchadourian, mãe de um “garoto Columbine”, como ficaram conhecidos os meninos que assassinam colegas de escola. Seu primogênito, Kevin, assassinou friamente onze pessoas no colégio onde estudava. Eva levava uma vida tranquila, casada com um homem romântico e bem-sucedido. Porém, a maternidade a transportou para um mundo cheio de incertezas e regras.
A vida pastoral de Dom José Maria Pires, na Paraíba, foi de constante conversão. Dom José dizia que tudo o que vivenciou na Paraíba ajudou na sua conversão. Revelou que o Nordeste o fez se tornar uma pessoa mais simples.
Demorei algum tempo para compreender o verdadeiro valor do autorrespeito. Hoje, conheço o seu custo e as recompensas que traz. Tornou-se fundamental para regular as minhas interações, impedindo-me de me tornar joguete das circunstâncias e de ideias corrosivas alheias, especialmente nestes tempos em que a comunicação virtual nos expõe a um mundo de cruezas para as quais nem sempre estamos emocionalmente preparados.
O homem primitivo não usava pente. Certamente não lhe ocorria a hipótese de que os fios desgrenhados na sua cabeça poderiam se ajustar à caixa craniana de um modo, digamos, mais decente e estético. Quando isso aconteceu (com a inevitável influência da mulher, claro), ele notou que passar o minúsculo objeto pelos cabelos também propiciava um ganho adicional: retirar parte dos piolhos que lhe infestavam o couro cabeludo.
Andei pesquisando sobre o Etarismo para entender melhor o tamanho do problema que alguns se meteram. O termo ageism, cunhado pelo gerontologista americano Robert Butler, em 1969, definiu uma forma de intolerância relacionada com a idade, com conotações semelhantes ao racismo e ao sexismo, porém direcionadas às pessoas idosas.
Para conhecermos a relevância deste tema, convém lembrar que, em 1967, o congresso norte-americano promulgou o Age Discrimination in Employment Act, para proteger os trabalhadores com idade acima de 40 anos, o que foi considerado um passo muito importante no combate ao Etarismo institucional.
No facebook, o Carlos Gláucio Sabino de Farias - que foi colega meu de Banco do Brasil - discordou dos lances que eu acabara de postar como absurdos bíblicos. Respondi que discordava dele, mas... tudo bem, disse-lhe, "lutarei até a morte pelo direito que tens de discordar" - como afirmara Voltaire, ... e continuamos amigos.
O rapaz estava morando sozinho na Capital, fazendo o curso de Medicina, e o tio-avô o convidava vez em quando para comer no casarão do Cabo Branco. Bom negócio para os dois: para o rapaz que se alimentaria melhor sem gastar nada e para o tio que teria companhia em sua célebre solidão. De certa forma, um encontro. Um encontro familiar e de gerações, no qual ambos os protagonistas teriam o que trocar – e ganhar. O tempo iria mostrar – e mostrou.
É nas profundezas onde o mar guarda seus segredos mais ocultos. Quem visse, percebia como estava agitado o sono de Cilgin. Era um ser em sofrimento. Ele se contorcia, gemia, abria os braços e se encolhia. E quem fosse capaz de entrar em seu sonho, poderia testemunhar alguém penando com um pesadelo. O pesadelo de quem caía do alto de um prédio, e lutava em tormenta contra a força do vento e da gravidade, vendo o chão se aproximar como uma vertigem.
Era no trabalho que melhor nos irmanávamos. Emulações à parte, naturais, legítimas, se não se rendiam não chegavam a comprometer o companheirismo. Terminavam recônditas.
O trabalho personalizado que resulta na singular interpretação com que o regente de orquestra marca a obra que conduz vai muito além dos gestos a que assistimos durante a performance. A preparação na qual ele lapida e imprime à peça uma concepção particular tem início nos ensaios quando, ao conhecer os músicos, avalia potenciais individuais e coletivos para explorar os limites e objetivos de seus sentimentos musicais.
Fui colega de Joaquim Lins, no curso ginasial, Colégio “Lins de Vasconcelos” conduzido pelo Prof. Manoel Nery. Quinca era gordo, bigode tímido, cara arredondada, primo do famoso escritor paraibano José Lins do Rego. Um orgulho secreto do colega que não fazia alarido do parentesco com o autor de “Fogo Morto”. Este tido e havido pelo intelectual maranhense Josué Montello como o melhor romance da geração de 30.