Era no trabalho que melhor nos irmanávamos. Emulações à parte, naturais, legítimas, se não se rendiam não chegavam a comprometer o companheirismo. Terminavam recônditas.
É o que sobressai, a meu ver, nesse rico trabalho confiado a Luiz Carlos Souza a pretexto de mostrar o lado de dentro desses últimos cinquenta ou sessenta anos do jornal e editora A União. O lado de dentro que dá lugar à exceção proposital de um superlativo no título da apresentação assinada pela diretora-presidente Naná Garcez de Castro Dória: Humaníssimas memórias.
“Está tão em moda falar sobre a inteligência artificial (IA) para executar tarefas, mas o Memórias A União dispensou o tão famoso conjunto de tecnologias com ‘funções avançadas e capacidade de gerar dados, conteúdos, numa grande velocidade’ e foi realizado com a humaníssima característica de dialogar com as pessoas, obter informações e respostas carregadas de lembranças e emoções” (...)
Naná Garcez de Castro Dória@A União
“Na minha opinião, o acabamento é o coração. Se você quer um livro, se você quer uma plaquete, se quer um folder, tudo começa pela gráfica.
Tudo, tudo, tudo. E termina em nossas mãos."
Você chegou a trabalhar de 7 às 22h?
"Cheguei a trabalhar de 7 da manhã às 10 da noite e ainda trabalhava no sábado, se brincasse. Se quisesse no domingo eu estava dentro. Fiz muitas amizades maravilhosas.”
Você chegou a trabalhar de 7 às 22h?
"Cheguei a trabalhar de 7 da manhã às 10 da noite e ainda trabalhava no sábado, se brincasse. Se quisesse no domingo eu estava dentro. Fiz muitas amizades maravilhosas.”
Maria do Socorro Pereira dos Santos @A União
O comportamento da redação não era diferente. Como Socorro, vem daí a maioria das minhas grandes amizades. Amizades muitas delas que se enlaçavam com nossas famílias. Solidárias não só quando baixávamos a cabeça para a pauta do jornal como no enfrentamento do problema pessoal.
A própria iniciativa de trazer à luz o testemunho “carregado de lembranças e emoções” de cada um, o que não lembro de ter visto em relação a outros jornais daqui ou de fora, associa a valorização do jornal à dos seus obreiros. Muitos se confundiam com a própria notícia. Realizava-se simplesmente com o que inseria ou inoculava nela. Como Socorro se via encantada a cada bem-sucedido acabamento.
⏤ Publicado originalmente no Jornal A União ⏤