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Os médicos em minha vida

Ah... foram tantos! Cada um com suas especialidades. E tudo graças à doença. Quando criança, sofri de asma, que me levava para a cama durante muitos dias. Para a asma não foi chamado nenhum médico. Minha mãe foi a grande enfermeira, com a vantagem de me contar belas histórias, a ponto de me dar saudade da doença.

Sempre fui um homem de muita saúde, a maior riqueza da vida. A como devemos cuidar e conhecer o nosso corpo, esse santuário que Deus nos deu...

Mas vamos aos médicos de minha vida. O primeiro que examinou minha vista de menino foi o Dr. Seixas Maia. Um homem sério e muito conceituado. Ainda bem que eu não tinha nada nos olhos. E viva quem os tem sadios. Mais adiante, eles passaram a ser examinados por Dr. Tito Lívio e, recentemente, pelo oculista e imortal da Academia de Letras, Astênio Fernandes.

Meus dois filhos, Carlos e Germano não quiseram vir ao mundo sem o bisturi. Minha primeira mulher Carmen teve duas cesarianas. Carlos, o primogênito, nasceu graças ao bisturi do Dr. Bonald Pedrosa, lá em Campina Grande.E aqui na capital quem cuidou da cesariana do segundo filho foi Dr. Danilo Luna, excelente profissional que me deixou uma ótima impressão.

Vamos a outros médicos. Asdrúbal de Oliveira, apaixonado pelas ciências ocultas. Tinha um papo gostoso. E os médicos que trataram dos meus filhos? Estou lembrando do pediatra Dr. Edvard Aguiar. Homem simples, cujas receitas nunca falharam.

Mas houve outros médicos que não cuidaram de minha saúde, mas que eu admirava pela postura e pela cultura. Um foi nosso vizinho, lá em Tambiá, Dr. João Medeiros. Um homem que impunha respeito. E sabe que ele lia minhas crônicas? Muitas vezes, me convidava para o seu carro. Aí só saía literatura. Ele teve dois filhos que seguiram a profissão do pai: Jacinto e João, o que fizeram muito bem.

E os médicos literatos, com quem me dei muito bem? Oscar de Castro, ex-presidente da Academia de Letras, Higino Brito, oculista, que tive a honra de vê-lo me saudando na Academia, e Humberto Nóbrega, a quem devemos uma excelente biografia de Augusto dos Anjos. Grande pesquisador, ele – aqui para nós – me tinha grande admiração. Chegou a me convidar para secretário da Faculdade de Medicina. Vejam só. Aí foi que me tornei amigo de muitos médicos, a começar por Atílio Rota, inteligentíssimo, de um papo excelente.

E os atuais? Os que cuidaram de minha trombose na perna, da minha coluna, da minha próstrata? Sem esquecer o Dr. Marco Aurélio, que é o clínico da família Ele, como o Dr. George Pereira continuam gozando da minha preferência.

Gostaria de encerrar essas rememorações incluindo Dr. Otacílio Figueiredo, que cuidou de uma trombose na minha perna. Simpático, chegou a dar uma aula sobre trombose no hospital onde eu estava. Que facilidade de expressão!

E antes de pingar o ponto final desejo lembrar que tive dois cunhados médicos, o primeiro, cardiologista, Eleazar Machado, já falecido, e o segundo, nosso Domilson Maul de Andrade, cirurgião urologista. O nosso Domilson está, hoje, enriquecendo a aposentadoria com a leitura. É o homem que mais lê no mundo. E termino citando meus queridos e inteligentes sobrinhos, os irmãos Lúcia, Marcílio e Alexandre Machado, cardiologista, urologista e traumatologista, respectivamente, e o competentíssimo cirurgião plástico José Augusto Romero Neto.

Médicos de minha vida. Como os admiro! Mas, aqui para nós, deveríamos conhecer mais o nosso corpo. Nada sabemos dele...

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