Tua obra mais bela és tu mesmo.
(Léon Denis)Com esse iluminado pensamento do Filósofo Espírita Francês, inferimos que a maior obra que podemos ofertar à vida, somos nós mesmos. Trata-se de uma obra intransferível, gradativa, milenar, ancorada em valores eternos.
Convidamos o amigo leitor, a realizar uma viagem singela, no entanto profunda, pelas asas do pensamento e do sentimento. Queremos trazer ideias que toquem as fibras mais vibráteis da alma em seu vôo rumo à plenitude e a felicidade.
Tavis Beck
Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada:
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.
O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.
Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,
Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.
De fato “Nunca a pomos onde nós estamos”, exprime essa arraigada condição humana: a incapacidade de sermos felizes por não valorizarmos o que a vida nos oferece.
Nossa viagem imaginária avança em busca de respostas a essas perguntas: O que torna a vida feliz? Onde se encontra a Felicidade? É possível desfrutá-la na terra?
A literatura no seu afã de iluminar revela ao sedento o caminho das pedras. Há um extraordinário Livro intitulado, o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cuja inspiração reluz as máximas morais de Jesus, na sua simplicidade e beleza, permitindo ouvir os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, espalhando como estrelas cadentes, luzes nos caminhos, abrindo os olhos aos cegos.
W. Hasselmann
Continua afirmando: “Nem mesmo a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude em flor, são condições essenciais da felicidade. Diz mais: nem mesmo a reunião dessas três condições, tão cobiçadas...". Os dissabores, tribulações, dores e sofrimentos fazem parte da vida de todos os seres humanos. Todos, de alguma maneira, sofrem nesta vida terrena, o que nos leva a concluir que, de fato a felicidade plena não existe na Terra.
A razão não nos permite aceitar que a Terra seja a única morada dos seres humanos, que somente nela e, numa única existência, seja possível alcançar a felicidade que todos almejam, destino inserido por Deus na essência espiritual de cada um.
Ryan Skjervem-
E eles redarguiram:
“Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na terra”.
Desse modo, a conquista da felicidade possível na terra se dará mediante esforço ingente oferecido pelo ser em evolução que se deixe plenificar.