“Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria… Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria so...

Um novo deus, avesso de Deus

“Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria… Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinhos… Essa… a alegria que ele quer” – Guimarães Rosa

Véspera da eleição, pós pandemia, afastamento social, país delirante que busca a loucura, o non sense como o caminho, a fartura de mentiras, aliás o controle quase absoluto delas, a tentativa desesperada e suja de compor e vincular como projeto pessoal e de poucos para seus exclusivos benefícios, bem relativos, que acasala política e religião.

Os beneficiados, os mesmos que se horrorizam com as composições dos Estados islâmicos, em feroz semelhança, se identificam, talvez sem burca,
mas a máscara pandêmica por ironia nos aproximou e nos maquiou.

Dane-se o passado, o presente é este, é o “novo”, justifica-se, impõe-se, é a nova ordem no vácuo do pensamento desfeito. Não falta mais nada, o “absurdo” tornou-se virtude, e somos iguais, gêmeos, na loucura como cópias e nem originais somos.

Somos o reflexo do que desprezamos e passamos a amarmos armados. A bala como solução diante da esquecida “utopia” da fraternidade. Que vençam os mais fortes, os bem nascidos, os homens de bem com Deus no comando.

Um novo Deus, um avesso de Deus, um Deus diferente, violento, não solidário, uma nova formulação de conceitos em que tudo se justifica e tudo vale, no vale tudo da adoração fanática ao novo bezerro de ouro substituindo o Deus da linhagem real.

Mas não importa, nada mais importa para as procissões obtusas e suas divindades distantes, pragmáticas, indiferentes e decaídas.

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