Não tenho medo de altura e nem de andar de avião, no entanto, diante de uma ameaça de incêndio ou de uma turbulência um pouco mais forte, não há como não sair da linha. Falo isso para relatar o que aconteceu comigo há alguns dias.
Fui a um evento em Campina Grande o qual seria durante a manhã do sábado. Após o almoço com os amigos de escrita, hospedei-me em um hotel para, aproveitando a oportunidade, assistir, à noite, ao show do
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Enquanto esperava meu marido chegar para ficar comigo, resolvi dormir um pouco a fim de restabelecer as energias e conseguir ver o show tranquilamente.
Com uma hora de sono profundo, acordei com um barulho enorme de sirene, tipo aquelas de alerta de incêndio.
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Abri a porta feito louca e dei de cara com um corredor escuro e deserto, naquele sistema de só acender a luz quando pressente uma pessoa.
Mesmo assim, corri para o elevador, ao lado do qual havia o seguinte aviso: “Em caso de incêndio, não use o elevador”. Dei meia volta e fui à procura da tal escada com portas corta-fogo.
No primeiro lance de degraus, parei e pensei que seria complicado descer sozinha aquela enorme escadaria de onze andares. E se encontrasse a tal porta
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No corredor, nenhuma alma viva. Nem morta também! Resolvi retornar ao quarto e ligar para a portaria para saber que danado de barulho era aquele. Para alívio, o atendente disse que praticamente todo sábado, quando usavam a churrasqueira e a fumaça aumentava, o alarme disparava. Mas já iam desligá-lo. Aí pensei que, se houvesse um incêndio mesmo, o alarme estaria desligado e seríamos pegos de surpresa.
Achei melhor descer e ficar no hall do hotel aguardando o companheiro. Sozinha não dava mais para ficar naquele apartamento. Desci por um elevador, enquanto, coincidentemente, meu marido subia por outro. Ele me ligou e, quando contei do susto, resolvemos pedir para nos trocarem de quarto.
Pelo menos no térreo seria mais fácil correr do incêndio…