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2020 está terminando e pelo visto o cinquentenário de “O nariz do morto”, de Antonio Carlos Villaça, vai passar em brancas nuvens. Mas agora não mais, pois, modesto que seja, este texto se propõe celebrar o importante acontecimento literário brasileiro.

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Singular figura a do marido de professora. Se não mais atualmente, pelo menos há até bem pouco tempo, quando as conquistas sociais femininas não tinham ainda tornado banais as afirmativas mulheres dedicadas ao magistério. Mulheres essas que, durante décadas, foram talvez as únicas a alcançar algum destaque pessoal e profissional numa sociedade brasileira atrasada e machista, que as relegava, genericamente, à subalterna e exclusiva condição de donas de casa e mães de família.

No Brasil costuma-se confundir governo com Estado. Isto mostra o quanto somos subdesenvolvidos, em todos os sentidos, o quanto ainda mist...

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No Brasil costuma-se confundir governo com Estado. Isto mostra o quanto somos subdesenvolvidos, em todos os sentidos, o quanto ainda misturamos o público com o privado, o quanto somos, sob muitos aspectos, uma republiqueta de bananas, na pior acepção das palavras.

Gosto de vinho. Sei muito pouco sobre vinhos. Não pretendo nunca me tornar um especialista em vinhos. Sobre estes três alicerces básicos co...

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Gosto de vinho. Sei muito pouco sobre vinhos. Não pretendo nunca me tornar um especialista em vinhos. Sobre estes três alicerces básicos construí minha adega imaginária e me dou por satisfeito. Não desejo mais do que isso. Deus me livre de me tornar um enochato, aquele sujeito que, ao invés de degustar o vinho, prefere fazer conferência sobre ele, entediando mortalmente os companheiros de mesa que não sejam também enochatos.

Antes da pandemia, vi numa livraria uns títulos estranhos. Tinham a ver com 1001 sugestões de filmes e livros para ver e ler antes de... mor...

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Antes da pandemia, vi numa livraria uns títulos estranhos. Tinham a ver com 1001 sugestões de filmes e livros para ver e ler antes de... morrer. Achei estranho, volto a dizer. E um pouquinho mórbido, também. Afinal, não é toda hora que somos lembrados assim de nossa mortalidade, de forma tão explícita. Será bom? Provavelmente, sim. Desconfortável? Idem. Necessário? Talvez.

Não, leitor, não tema. Não se trata de nenhuma teorização solene sobre a História. Até porque, não sendo historiador, não sou qualificado ...

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Não, leitor, não tema. Não se trata de nenhuma teorização solene sobre a História. Até porque, não sendo historiador, não sou qualificado para tal mister. O que temos aqui, como bem adverte o inequívoco título, são meras divagações – e ainda por cima diletantes, ou seja, absolutamente amadorísticas, isto é, feitas apenas por amor à reflexão descompromissada sobre um tema importante, direito de todos e de qualquer um. Mas advirta-se: a qualidade de diletante não desqualifica necessariamente a divagação. É o que espero que ocorra aqui.

Nestes tempos em que se viaja tanto e tão facilmente, às vezes alguém pergunta se conheço esta ou aquela cidade. Em muitos casos, sei que o...

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Nestes tempos em que se viaja tanto e tão facilmente, às vezes alguém pergunta se conheço esta ou aquela cidade. Em muitos casos, sei que o que o outro pretende é apenas uma oportunidade de citar a lista completa dos cento e trinta e sete países que afirma ter conhecido até o momento, já que sua meta, se Deus permitir, é conhecer todo o planeta, das ilhas Malvinas ao interior da Finlândia. Bom proveito, é o que eu digo. Aliás, boa viagem.

Quem já fez ou faz análise saberá apreciar esse livro. E também os leitores que, sem terem deitado no divã, gostam de boas histórias dotada...

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Quem já fez ou faz análise saberá apreciar esse livro. E também os leitores que, sem terem deitado no divã, gostam de boas histórias dotadas de inegável interesse humano. Refiro-me à obra "Seu paciente favorito – 17 histórias extraordinárias de psicanalistas", da jornalista francesa Violaine de Montclos, recentemente publicada no Brasil pela Editora Perspectiva.

A matéria da jornalista Lucilene Meireles sobre a professora Adélia de França, publicada em A União deste domingo, 30 de agosto de 2020, al...

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A matéria da jornalista Lucilene Meireles sobre a professora Adélia de França, publicada em A União deste domingo, 30 de agosto de 2020, além de oportuna, como resgate de uma grande profissional do ensino na Paraíba, serviu para fazer-me voltar no tempo e lembrar-me de quando, adolescente, fui seu aluno na casa da Rua Almeida Barreto, no Centro, para sempre associada, por mim, à imagem inesquecível da mestra.

A estas alturas, não importa o que digam em contrário, sei perfeitamente o que ficou – e o que ficará – por fazer na minha vida. Não adiant...

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A estas alturas, não importa o que digam em contrário, sei perfeitamente o que ficou – e o que ficará – por fazer na minha vida. Não adianta afirmarem os eternos otimistas que ainda há tempo, que enquanto há vida, há esperança, bla, bla, bla etc e tal. Sim, pode até haver tempo para mais alguma coisa, mas certamente não para aquelas a que me refiro acima, as que ficaram e ficarão por fazer. As que, já sei, constarão na coluna dos débitos no balancete final de minha passagem pelo mundo.

O Poder, ah, o Poder ... O Poder e sua força irresistível, seu fascínio desarrazoado e alucinante. O labirinto psicológico que o envolve, ...

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O Poder, ah, o Poder ... O Poder e sua força irresistível, seu fascínio desarrazoado e alucinante. O labirinto psicológico que o envolve, os sentimentos que suscita e que Shakespeare genialmente dissecou tão bem – e para sempre – em Hamlet, Macbeth, Rei Lear e Otelo, por exemplo.

Pode parecer aos mais impacientes que já não haja, a estas alturas, lugar para mais especulações a respeito da traição de Capitu, no célebr...

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Pode parecer aos mais impacientes que já não haja, a estas alturas, lugar para mais especulações a respeito da traição de Capitu, no célebre romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Realmente. Tanto já se escreveu sobre esse tema, admitindo-se ou negando-se a tal infidelidade, que talvez não se justifique voltar ao assunto, tido por esgotado. E, no entanto, volta-se. Exatamente porque essa é uma das características dos clássicos: sua inesgotabilidade, sua permanente provocação aos leitores, suscitando eternamente novas leituras e enfoques, e rejuvenescendo o que já parecia, aos mais apressados, definitivamente velho e exaurido. E Dom Casmurro, ninguém pode negar, é verdadeiramente um clássico de nossa letras, com potencial de se tornar um clássico das letras universais, caso um dia o mundo resolva descobrir nossos autores.

Fui ao Google buscar uma definição genérica para a palavra “herói”. E lá encontrei: “Herói é o termo atribuído ao ser humano que executa aç...

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Fui ao Google buscar uma definição genérica para a palavra “herói”. E lá encontrei: “Herói é o termo atribuído ao ser humano que executa ações excepcionais, com coragem e bravura, com o intuito de solucionar situações críticas, tendo como base princípios morais e éticos.”. E um acréscimo importante: a ação do herói, para ser tida como tal, há que ser altruísta, ou seja, desapegada, filantropa, dadivosa. Perfeito. Para mim, esta definição serve muito bem para o grande paraibano Manoel Dantas Vilar Filho, o célebre Manelito, de Taperoá, falecido há poucos dias.

Existem vários tipos de leitura. Todo leitor é capaz de identificar – e experimentar – a diversidade de leituras. Normalmente, é o livro qu...

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Existem vários tipos de leitura. Todo leitor é capaz de identificar – e experimentar – a diversidade de leituras. Normalmente, é o livro que determina o tipo de leitura. Assim, uma obra de entretenimento geralmente não conduz o leitor a reflexões maiores, da mesma forma que um livro de fundo filosófico, posto que exigente, não propicia uma leitura de relaxamento.

O sofrimento oriundo das adversidades é o que, no fim, pode engrandecer a vida. E engrandecendo-a, termina por elevar a biografia daqueles ...

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O sofrimento oriundo das adversidades é o que, no fim, pode engrandecer a vida. E engrandecendo-a, termina por elevar a biografia daqueles e daquelas que experimentam-lhe o gosto amargo em algum momento da existência. Este pensamento não é meu, diga-se logo, pois colhi-o no “Diário” de Josué Montello, na entrada datada de 6 de fevereiro de 1978, em que o escritor maranhense narra seu encontro em Paris com um Juscelino Kubitschek acabrunhado com o exílio que lhe fora imposto pelos militares.

Numa de suas crônicas Martha Medeiros fala no “dom de viver sem aplausos e sem plateia”. Sim, é um dom – e uma arte. Como dom, é graça conc...

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Numa de suas crônicas Martha Medeiros fala no “dom de viver sem aplausos e sem plateia”. Sim, é um dom – e uma arte. Como dom, é graça concedida pelos deuses, não depende de nós; como arte, resulta de nosso esforço deliberado em viver com sabedoria, aperfeiçoando, dentro do possível, a vida que nos coube. É fácil? Certamente que não. Pois nada é fácil, nem mesmo viver sem fazer nada.

Que inveja tenho de Eça de Queiroz que podia dizer – e disse – “Sou apenas um pobre homem de Póvoa do Varzim”. E o engraçado é que gosto de...

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Que inveja tenho de Eça de Queiroz que podia dizer – e disse – “Sou apenas um pobre homem de Póvoa do Varzim”. E o engraçado é que gosto de cidade grande. Ou, pelo menos, de cidade razoavelmente desenvolvida, que conte com algumas boas livrarias e alguns bons restaurantes. Desses dois prazeres, o dos livros e o da gastronomia, sentiria falta numa cidade onde não pudesse achá-los.

"Sub specie aeternitatis" - A expressão latina consta da Ethica, de Espinosa , e tem sido traduzida de diferentes maneiras. Há os...

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"Sub specie aeternitatis" - A expressão latina consta da Ethica, de Espinosa, e tem sido traduzida de diferentes maneiras. Há os que a entendem como “à luz da eternidade”, enquanto outros preferem “do ponto de vista da eternidade”, como o escritor Paulo Rónai. Pessoalmente, penso que as duas traduções são boas, pois expressam com razoável fidelidade o “espírito” da frase, isto é, uma perspectiva de vida eterna colocada como parâmetro, referencial ou contraponto à vida terrena dos homens.

Quem conta é Antônio Carlos Villaça em seu “O livro dos fragmentos”: o editor José Olympio Pereira Filho não lia livros; gostava de ler jo...

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Quem conta é Antônio Carlos Villaça em seu “O livro dos fragmentos”: o editor José Olympio Pereira Filho não lia livros; gostava de ler jornais, mas livros não. Vejam só.

O tal do eu, primeira pessoa do singular, é tão complicado na vida como na escrita. Salvo os vaidosos exacerbados ou os megalomaníacos pato...

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O tal do eu, primeira pessoa do singular, é tão complicado na vida como na escrita. Salvo os vaidosos exacerbados ou os megalomaníacos patológicos, normalmente as pessoas têm um certo pudor, uma certa parcimônia no uso do pronome eu. É comum um certo temor de parecermos, aos olhos dos outros, alguém autocentrado, que só enxerga o próprio umbigo. E, pensando bem, é bom que seja assim, já que costumamos, nós próprios, rejeitar os que se comportam dessa maneira reprovável. Os europeus educados são muito bons nessa arte civilizada de ocultação do eu, principalmente, creio, os ingleses, talvez a gente mais discreta do planeta. Um inglês de verdade jamais demonstra em público suas emoções, ou seja, jamais escancara o eu profundo publicamente. Isso fará bem ao corpo e à alma? Não sei. Mas que parece polido, parece, pelo menos nos livros e nos filmes.