Mas, ao desaparecer para sempre, vem o enorme vazio, a saudade oceânica. E a coisa piora quando, no caso de um parente próximo, junto com esse sentimento de perda total, absoluta,
Quando está viva, disponível a qualquer hora, bem ou mal lá no cantinho dela, há aquela sensação de que está tudo bem, tudo em ordem. P...
Perdendo afetos
Mas, ao desaparecer para sempre, vem o enorme vazio, a saudade oceânica. E a coisa piora quando, no caso de um parente próximo, junto com esse sentimento de perda total, absoluta,
Todo jornalista tem sua tragédia profissional. Também tive a minha. No segundo semestre de 1987, no auge da carreira e com elevados índ...
Tragédia profissional
Numa época em que João Pessoa tinha apenas uma emissora de ondas médias e a Tabajara reinava absoluta, ele pegou uma rádio incipiente, ...
Ao mestre com carinho
Estou falando do jornalista, radialista e advogado Otinaldo Lourenço, o homem que provocou uma verdadeira revolução na radiofonia paraibana, entre boa parte dos anos 50 e meados dos anos 70.
[ZYX2, 1.340 KHz, Rádio Arapuan de João Pessoa] - Foi fundada em 15 de agosto de 1950, pelo radialista Orlando Vasconcelos. De início, ...
Enterrada sem velório
Na Paraíba, o governador João Agripino (31/01/1966 – 15/03/1971) foi o primeiro a perceber a importância do marketing na atividade pol...
Um pouco de história
Entre outras campanhas, mesmo sem contar com as ferramentas de hoje, deixou no inconsciente coletivo a imagem de JA como o “homem das mil obras”, inclusive a BR-230 e o Anel do Brejo, todas devidamente catalogadas no final do seu governo. Tudo começou com a criação da Secretaria Extraordinária, que funcionava em espaço localizado no pavimento superior do Jornal A União, com entrada na esquina da Praça João Pessoa com a 1817.
Penso que mantendo os atuais padrões de consumo jamais teremos uma cidade humanizada, sustentável (argh!), com mais espaços naturais pa...
A volta da cidade verde
O repórter escolhe as fontes e faz o seu relato de acordo com suas afinidades e convicções ideológicas. Muitas vezes, a mesma pauta, o ...
Você acredita na imparcialidade e isenção da mídia?
No jornalismo do meu tempo, o que vinha da reportagem ia parar nas mãos do redator, o chamado “copydesk”, que refundia a matéria, também segundo suas afinidades e convicções ideológicas.
Muitos anos atrás, lendo um desses livrinhos vendidos em bancas de jornal, cujos título e autor me escaparam da memória, dei de car...
As novas cruzadas
Na adolescência, tive uma espécie de devoção ao Botafogo do Rio de Janeiro. Era um timaço. Junto com o Santos de Pelé formava a base...
Com Garrincha e Manga, no Paraíba Palace
Os contemporâneos da gameleira do Róger sabem disso, porque se divertiam gozando da minha cara, nas derrotas (raras, é bem verdade) do time carioca.
Não há como tapar o Sol com a peneira. A velhice nos empurra para a síntese, para o essencial. Viver, simplesmente viver, respirar, é o...
Gonzaga: um pai para mim
A verdade é que o homem, que já não sabe mais conviver com o semelhante, não conhece mais os sinais da natureza. Pior: perdeu completa...
Sinais da Natureza
A violência está insuportável? Então todas as polícias, numa colossal e imbatível força-tarefa, aparecem na telinha, nas primeiras pá...
O feeling da notícia
Com todas as veras de minh´alma eu vos digo, meu único e desatento leitor: nenhum gesto de extrema brutalidade que a mídia apresente t...
Tempo escuro
Adotamos a ética da mais absoluta falta de ética. A Lei de Gérson jamais foi revogada. Deletamos da nossa cabeça, numa boa, sem nenhum remorso, todos os valores essencialmente humanos.
Penso que nasci no lugar errado. Detesto o clima dos trópicos, esse forno de siderúrgica que não respeita estação do ano, e o “barulho ...
Aguardando o tsunami, socraticamente
Nunca tive na vida um lugar que oferecesse verde, água doce, frio e silêncio, “sonho de consumo” que não consegui desfrutar. No entanto, me vi na contingência de me conformar por aqui.
Para preservar a saúde, já apresentando sinais de fragilidade, optei, na reta final da vida, por ficar em “off”, construir uma espécie de “universo paralelo”,
Aos programadores musicais da extinta Rádio Arapuan AM, Gomes Filho, Arnaldo Soares e Waldemar Paulo Esses programas policiais, no rá...
No tempo da delicadeza
Por falta de opção, a população adquiriu o hábito de sintonizar esse tipo de programa, sendo envolvida por uma atmosfera violenta, aterrorizante, desde as primeiras horas do dia. Resultado: Quem ainda está na cama, meio sonolento, se imagina na Ucrânia. Quem já está acordado, fica com receio de pegar o ônibus para o trabalho ou ir à escola.
Ninguém saberá responder onde fica o Edifício Presidente João Pessoa. Nem mesmo o mais antigo morador da Cidade. Mas o Dezoito Andares......
O 'Dezoito Andares'
Os historiadores dirão que é um endereço nobre: Rua Nova, atual General Osório, esquina com a Ladeira dos Pedroza, que também já foi Ladeira da Carioca, até se juntar ao Beco da Misericórdia para receber a nova denominação: Peregrino de Carvalho.
Ninguém vê mais terra, chão, verde, ambiente natural nas cidades de hoje. Os parques são uma espécie de "reserva" na paisagem,...
A cidade e os carros
Nonato Guedes é um jornalista completo. Ele não treme diante do papel em branco. Tem um texto primoroso e escreve como quem toma água, se...
Nonato: um jornalista de verdade
Às vésperas das eleições gerais mais importantes das últimas décadas, relembro momentos em que atuamos juntos, em clima de alta pressão.
Vinte e quatro de abril de 1984, votação da PEC 05/83, a conhecida Emenda Dante de Oliveira, que decidiria sobre o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República.
Tenho um diário. São minhas “anotações existenciais”. Volta e meia, ele me “surpreende” com histórias que mexem com a minha emoção. Vejam ...
Anotações existenciais
Durante os mais de 20 anos que morei com minha família no bairro, a gameleira foi a minha segunda casa. No seu imenso tronco, que dava bons assentos, e na sua copa, vivi belos momentos de minha existência.
Na gameleira fiz poemas, leituras e amizades. Ela foi testemunha de alguns dos meus amores secretos. Do alto da árvore, escondido de tudo e de todos, usando mímica, “namorava” com uma garota das imediações, meu primeiro amor.
Roberto Coutinho, um dos frequentadores assíduos da gameleira, me deu a notícia aos prantos.
Na foto, feita em 1997, três anos antes da gameleira desabar, estamos eu, o saudoso Mário Teixeira (já meio adoentado, de cabeça baixa, com um pequeno cipó e boné na mão) e o amigo Roberto Coutinho (à direita), ambos já falecidos. O primeiro à esquerda, nas minhas costas, é um morador mais recente do bairro, cujo nome, infelizmente, não me recordo.
Na adolescência, ainda morando no bairro do Róger, troquei cartas em inglês com uma garota polonesa. Consegui seu endereço numa seção espe...