Quando tudo parece escuro, a Arte traz o acalanto que precisamos para enxergar o amanhecer, mesmo que demore a chegar.
Nesses dias quando a escuridão das mentes que nos governam e a pandemia que constrói noites escuras, a Arte se junta à nossa fé como antídoto para aliviar a dor que nos sucumbe, e fatalmente deixará rastro de espinhos nos corações.
Acho que, bem ou mal, o sujeito que eu sou, a percepção que tenho de tudo, a profissão que abracei decorrem do fato de que vi meu mundo pela janela do trem.
Haveria um padrão de formosura nato, consciente ou inconscientemente consolidado no gosto da maioria das pessoas? Parece que sim, embora essa tendência tenha sofrido variações ao longo da história.
Claro que não foi apenas a terra fértil, mas dois milênios de História que deram a Londres a sua grandeza. Não vimos – eu e Ione – nenhum monumento ao apóstolo das epístolas no adro da Saint Paul’s Cathedral. Em lugar dele, deparamo-nos com uma estátua da Rainha Anne, a primeira soberana do chamado Reino da Grã-Bretanha, quando Irlanda e Escócia foram anexadas à Inglaterra.
E na hora sufocante a garganta seca, os dedos tornam-se insensíveis, o olhar embaça. No meio da noite, do deserto, a agonia indecifrável a remoer versos das entranhas, a vomitar palavras do estômago, desnudar-se das vestes e encarar o espelho de si, autorretrato, ser o seu próprio "Dorian Grey".
Nunca se pensava no ex-concertista sentado, sempre a acender o cachimbo, olhando a imensidão de seu universo musical. Era um ex-violoncelista da Orquestra Sinfônica.
Gosto da palavra “namorar”. É um dos verbos mais puros da língua portuguesa. Mesmo quando por eufemismo designa outra coisa (a ligação entre amantes, por exemplo), “namorar” sugere mais ternura do que desejo. É uma palavra tão embebida em frescor adolescente, que deveria ser proibida aos que se relacionam num nível mais avançado.
1 ou 2 Gregórios agregavam
Todas as ilhas gregas 1 atarefado Zé Crispim
Em 2 versões, rica e pobre
Às vezes trocava de mão
Mas luziavia aquele único
Luzinércio
“De certa forma, o trabalho de um crítico é fácil. Arriscamo-nos pouco; sim, gozamos com superioridade a posição sobre aqueles que nos submetem seu trabalho e reputação”. Assim inicia Monsieur Anton Ego, pitoresco personagem crítico-gastronômico, seu esperado editorial sobre o restaurante Gusteau’s no filme de animação – bem mais interessante do que se imagina... – Ratatouille, lançado pela Pixar Animation Studios, em 2007. Estas palavras não me saem da lembrança, não só porque esse filme é carregado de arquétipos e lições subjacentes aos símbolos do ‘gosto’ (ou do “augusto gosto”, que dá nome ao chefe do restaurante), e do ‘ego’, representado pelo crítico, narrado na inconfundível voz do consagrado e saudoso Peter O'Toole (1932 — 2013); mas também, porque este final me afeta profunda e diretamente.
Consultando o significado de ponte no dicionário Houaiss, encontramos no seu sentido figurado, “qualquer elemento que estabelece ligação entre pessoas ou coisas”. Trazemos o enfoque da nossa análise a questão do preconceito religioso na atualidade, sob o olhar espírita.
Afinal, quem, dentre os meus, pegou e não devolveu o dvd com “American Graffiti”, o filme há muito exibido no circuito nacional de cinemas como “Loucuras de Verão”?
A propósito, por que as casas exibidoras teimam em buscar bilheterias com títulos idiotas? Duvidam da inteligência do distinto público? “Grafite Americano” falaria menos ao interesse e sentimento dos compradores de ingresso?
Nos anos 1980 a cidade de Varginha, em Minas Gerais, tornou-se celebridade nacional ao anunciar o encontro de um ser extraterrestre no município. Nunca ficou comprovada tal existência.
A partir daí, tudo que é cidade interiorana do Brasil buscou alcançar a mesma notoriedade, e outras civilizações passaram a ser o sonho de consumo de seus habitantes. Guarabira foi uma delas.
Quando amainar a pestilência, a ânsia angustiante desanuviar e pudermos nos dar as mãos e chamar para mais perto os corações enlutados, quando isto acontecer, aí, sim, seja quando for – não importa o dia do santo nem quem seja Ele – vamos juntos celebrar o Maior São João do Mundo. Vamos subir aos céus e incendiar as nuvens com as nossas girândolas e foguetões de desafogo.